Capítulo 29 - Far Away

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Nesse capítulo a Sara vai cantar uma música e eu preciso que vocês leiam ela inteira sem pular partes, não vão se arrepender. Boa leitura :3

Faz exatamente quatro semanas que o Jeydon esta no hospital, quase um mês. Todos os dias depois da escola, eu ia visita-lo. Assim como Matt e os outros. Sua mãe, que descobri ser a Rosie minha cabeleireira, estava abalada, chorava junto a Melissa e Milena.

-Boa tarde, senhorita Smith. - a enfermeira, Sabrina me cumprimentou.

-Boa tarde. - sorri.

Entrei no quarto 158, vendo Jeydon na cama. Me aproximei com a rosa que segurava, tirei a rosa velha do pequeno vaso e me sentei na cadeira ao lado da cama.

-Hey, Jey. - peguei na sua mão. Ela estava gelada, assim como todo seu corpo, também estava pálido e um pouco magro. Os olhos fechados com sua franja caindo em seu rosto, os lábios que antes eram rosados estavam roxos.

Ele parecia estar morto, mas não estava. Seu coração ainda batia e ele respirava através de aparelhos. O eletrocardiograma apitava e captava as batidas de seu coração.

-Daqui a alguns dias é nossa formatura, sabia que você se formou? Você tem que me levar ao baile seu idiota, e para fazer isso você tem que acordar. - fiz carinho em sua mão. - Só abra os olhos, Jey. Mostre que está lutando para viver.

Logo as lágrimas encheram meus olhos, mas eu não vou chorar. Não há motivo para isso, ele está vivo.

-Eu preciso de você aqui, comigo. Por favor, abra os seus lindos olhos azuis. - passei a mão em suas pálpebras. - Core como você sempre faz quando eu digo algo bonito ou me aproxime muito de você. - passei pelas suas bochechas. - Conte suas piadas sem graça. - e seus lábios. - Eu queria te beijar, mas para isso você precisa movimentar sua boca também, não é?

Beijei sua mão em forma de carinho.

-Estão todos de esperando, querendo ouvir sua risada de hiena parindo novamente. - sorri. - Eu quero ver as estrelas com você igual aquela vez, lembra?

*Flashback On*

-Vem! - Jeydon puxou minha mão.

-Jeydon, já passa do horário de recolher. Se alguém nos pegar estamos ferrados. - digo.

-Pelo menos vamos ter um ao outro. - sorriu.

-Não se morrermos.

-Exagerada.

Caminhamos até o jardim que sempre fomos, o vendo gelado mais calmo bagunçando meus cabelos, a grama rala penicando meus pés descalços e a mão quente do meu colega de quarto na minha.

-Chegamos. - ele se deitou no chão, me puxando junto.

-O que você qu- Uau. - olhei para cima, milhões e milhões de estrelas nos olhando, com a lua minguante iluminado e o céu tão azul quanto os olhos do garoto ao meu lado.

-Lindas não é?

-Muito. - concordei.

-As vezes eu fico pensando de cada uma delas é uma pessoa, e elas ficam nos olhando, observando cada movimento nosso e brilhando quando uma coisa boa acontece. E imagino se quando eu morrer, vou ser uma delas. - disse.

-Isso foi muito bonito para alguém como você. - virei minha cabeça para encara-lo. - E se você morrer, eu vou ficar triste, então não vai.

-Mas se eu morrer, vou poder observar você e sempre vou brilhar porque você é uma pessoa boa para mim. - virou-se também, seus olhos lendo minha alma.

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