Capítulo 3

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Eu pensei que poderia encontrar qualquer coisa nesta festa mas nunca imaginei que encontraria uma pessoa tão incrível quanto o Raul é como se nos conhecêssemos desde sempre,com cada palavra que ele fala eu queria ouvir outras, eu estava encantada pela pessoa que ele estava me mostrando, até agora, só espero não me decepcionar depois.

- é sério, você não acredita?- ele falava e eu só conseguia rir da sua cara.

- não é que não acredite só estou tentando imaginar a cena de você correndo com uma mão cheia de manga e a outra tentando segurar as calças e uma senhora atrás de você com uma vassoura na mão.

- aquela velha é louca o que custava deixar eu e meus amigos ficarem com as mangas, o pé estava carregado nem se ela quisesse conseguiria consumir todas elas.

- talvez ela não tenha deixado porque vocês não pediram, foram logo passando a mão boba.

- e qual a graça de pedir pra pegar as frutas.

- não sei, nunca pedi e nem roubei frutas.

- você não teve infância então.

- não, não tive.- falei e abaixei a cabeça por minha alta dose de sincericidio.

- ei não precisa ficar triste
meninas não costumam ter esse tipo de aventura.

E meu lado indignado toma conta de mim.

- como é que é?meninas não costumam ter esse tipo de aventura? o que você pensa que é? o todo poderoso que diz o que as meninas podem ou não fazer.

- não.

- não o quê?

- eu não sou o todo poderoso, na verdade eu estou longe disso já que não consigo entender o que se passa na cabeça de uma menina que ao mesmo tempo que me confundi e frusta me deixa maravilhado com sua beleza e delicadeza.

E com essas palavras ele levanta e vai em direção a festa me deixando com uma sensação de solidão que só senti quando perdi minha mãe e como a medrosa que sou corro e agarro seu braço.

- fica.

- pra quê, ja que cada vez que tento me aproximar você se afasta.

- eu não sou boa nisso tá bom, mas eu quero tentar.

- não é boa em quê?

- em fazer novas amizades e eu posso provar já que a única amiga que tenho eu fiz quando ainda estava na creche.

- você não entendeu né?

- entendi o quê?

- eu não quero ser seu amigo.

- não?

E como se uma lâmpada tivesse acendido em minha cabeça vem a realização.

- claro, claro que você não quer me conhecer eu devo ser mesmo uma idiota, o quê um garoto igual à você iria querer comigo, você é lindo e rico, inteligente e ainda deve ser popular e eu uma reclusa em minha própria casa que só tem uma amiga e concerteza várias dividas.

- meu Deus para de falar um pouco e olha pra mim eu não quero ser seu amigo, quer dizer eu quero ser seu amigo mas também quero ser mais que isso quero poder te beijar, abraçar dar carinho e amor e isso só vou conseguir se você deixar eu derrubar o muro que você construiu e que não deixa ninguém ultrapassar.

- ok!

- ok?

- eu quero ser sua amiga e eu quero que você me abrace e me beije e eu prometo que aos poucos vou tentar derrubar esse muro que está ao meu redor mas você tem que ter paciência comigo eu não sou boa em relacionamentos mas eu prometo tentar.

Eu vou te encontrar.Onde histórias criam vida. Descubra agora