Capitulo 22

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Risos, brincadeiras, abraços e alegria era o que mais estava sendo visto dentro da casa de Anthony,  o amor estava reinando, uma sensação de paz e harmonia tomou conta de todas as pessoas que ali moravam ou passavam grande parte de seu dia.

As meninas estavam mais sorridentes e o Anthony tinha perdido toda aquela arrogância e soberba e um sorriso, o mais lindo que tinha visto, tomou conta de seu rosto, estávamos cada vez mais próximos, conversávamos muito sobre nossas vidas, nossa infância, os amigos e experiências que tivemos, mas não era boba sabia que ele guardava um segredo de mim, alguma coisa que o afligia e o deixava pensativo, muitas vezes ao entrar no seu escritório de casa, o pegava olhando para o jardim através das janelas de vidro que tomava toda uma parede daquele ambiente austero e tão masculino, mas não era para as árvores que realmente olhava e sim para o passado, para algum assunto inacabado que o tirava de órbita, muitas vezes o perguntei no que tanto pensava, ele ficava sério, mas logo depois balançava a cabeça em negação e sorria para mim, parecia que fazia de propósito porque o seu sorriso tinha o poder de me desconcentrar em qualquer situação e logo embalavamos em suas aventuras ou nas minhas.

Não poderia obriga-lo a se abrir afinal meu telhado também era de vidro e isso me assustava bastante tinha medo de que ao descobrir ele não quisesse que ficasse em sua vida ou na de suas filhas, afinal no começo essa família foi apenas uma ponte para me aproximar do meu pai, mas agora eles estavam se tornando muito importantes para mim, ele me beijou muitas outras vezes depois do escritório.

Sabia que não era algo sério o que estava acontecendo entre nós por isso evitava trocas de carinho na frente das meninas, mais a noite quando elas estavam dormindo me infiltrava em seu escritório e ora me deixava de pernas bambas com seus beijos lascivos e intensos, ora me deixava com o coração na mão pronto pra entregar a ele com seus gestos carinhosos e gentis e eu sentia cada vez mais que estava me aprofundando naquele relacionamento sem rótulos mais que me fazia sentir à mulher mais especial do mundo.

- Ana! Ana!

Sofia e Luiza entram em meu quarto onde estou a meia hora pensando nos últimos dias que passei nessa casa e que foram tão felizes nem parece que a uma semana essas meninas falavam o estritamente necessário com o pai.

- Posso saber o porquê de tanta energia.- falo sorrindo para elas

- venha, você precisa ver com seus olhos.

- Ver o quê? E não era para as senhoritas estarem na escola uma hora dessas?- olhei no relógio para confirmar e ainda faltava duas horas para elas serem liberadas do colégio.

- Nosso pai foi ao colégio nos buscar e disse que tinha uma surpresa nos esperando.- Luiza fala, enquanto as duas me puxam pelo corredor.

- E qual é essa surpresa? - pergunto enquanto descemos as escadas.

Quando chegamos no último degrau meu coração acelera, será que vai ser assim toda vez que o ver, sera que sempre vou ter um pré-infarto toda vez que ele se aproximar de mim, eu sorrio quando ele se aproxima e ele sorrir pra mim de um jeito que sabe que está mexendo comigo.

- Oi! - ele fala

- O..Oi.- não consigo deixar de gaguejar, nem parece que o vejo todos os dias, que o beijo todas as noites, quando seus olhos me fitam parece que eu virei uma adolescente de treze anos que encontra sua paixonite no corredor do colégio e fica com cara de boba.

- Como passou a noite? - Ele me pergunta de um jeito ardiloso como se soubesse o que seus beijos fazem comigo.

- Muito bem. - eu respondo sentindo minhas bochechas queimarem, tenho certeza que estou corada.

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