Cartinha para o papai Noel

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- mãe. Não acredito - suspirei desapontada ao ver que quem estava na porta era minha mãe e não quem eu queria que fosse.

Não que eu ficasse triste por ela ter vindo me ver, mas eu realmente pensei que poderia ser Killian voltando para casa.

- Nossa. Bom te ver também - falou ironicamente passando por mim e entrando em minha casa - Não fecha a porta seu pai ta estacionando o carro - avisou se sentando no sofá.

Deixei a porta aberta para que meu pai pudesse entrar sem ter que tocar a campainha e então fui em direção ao sofá onde minha mãe estava sentada.

- O que você tem querida? - perguntou ao notar minha expressão de tristeza.

Me sentei no sofá e a encarei demoradamente, não conseguia achar palavras pra falar algo ainda. Estava me sentindo uma daquelas mulheres melodramaticas que não conseguia parar de chorar a cada vez que lembrava o motivo da minha tristeza. A abracei fazendo com que ela ficasse surpresa e me permitir desfrutar do colo de mãe que ela podia me dar.

- O que houve filha? - perguntou preocupada enquanto alisava os fios dos meus longos cabelos loiros. Mas eu só queria chorar um pouco mais.

Papai entrou na sala já fazendo barulho.

- Cadê meus netinhos? - gritou animado entrando na sala.

- David! - mamãe chamou a atenção de meu pai sem tirar suas mãos macias da minha cabeça.

- Emma -papai se sentou do meu lado e eu senti sua mão acariciar meu ombro - O que aconteceu minha cisnezinha?

- Killian foi embora - falei finalmente, soluçando com o choro.

- O QUE? - meis pais perguntaram em unissono.

- Como assim Emma? - mamãe pergubtou confusa.

- O que houve? - dessa vez meu pai perguntou.

- Eu explico - Regina disse descendo as escadas de casa - Posso? - Ela olhou pra mim e pediu permissão, eu apenas balancei a cabeça em afirmativo - Killian descobriu a verdadeira razão por trás da viagem que Emma planejou para eles.

- Verdade? Como assim? -papai franziu o cenho confuso olhando para mim.

- Eu... descobri que Gold pode estar escondido no Brasil - confessei finalmente.

- Não acredito Emma - papai balançou a cabeça reprovando o que tinha acabado de ouvir.

- Filha assim não tenho como te defender - mamãe disse.

- É eu sei... mas ele ir embora por não ter um pedido de desculpas é demais - falei demonstrando um pouco de irritação com a situação.

Me levantei do sofá e fui sentar na poltrona. Olhei para o nada e continuei a falar.

- Não vou correr atrás não.

- Não? - papai perguntou surpreso enquanto Regina revirava os olhos e murmurava a frase " Nem é teimosa" em tom de ironia.

- Não - respondi um pouco mais firme no tom de voz - Eu estou certa, não vou me rebaixar - falei como se fosse óbvio.

Meus pais trocaram olhares de cúmplice antes de minha mãe começar a falar.

- Muito bem.... vamos supor que você esta certa.

Revirei os olhos mostrando não estar confortável quanto ao "supor"

- Mas mesmo estando certa, você deixaria seu orgulho decidir seu casamento?

- Ele quis assim pai.

A herdeira- Nova vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora