As perdas

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Acordei com Killian me chacoalhando e me chamando pelo meu segundo nome. Eu havia dormido durante o caminho de volta para a casa.

- Amor! Chegamos - ouvia ele falar.

Abri os olhos devagar, para poder me acostumar com a claridade, a Sol já estava brilhando de maneira mais forte pelo fato de ser umas sete, quase oito da manhã. Depois de todos aquele alvoroço convenci a mim mesma que eu merecia um pouco de atenção, fiz uma cara de manha e estiquei meus braços em direção a Killian, mostrando que eu queria que ele me carregasse. Ele me olhou de maneira incrédula mas logo soltou uma risada.

- Acho que acostumei você mal - ele disse enquanto me carregava. Nem liguei, eu sabia que ele estava brincando.

- Até parace que você não gosta de carregar a cabeça quente - falei em tom provocativo e ele então abriu a porta com dificuldade.

- Agora admite? - arqueou as sobrancelhas - Surpresa - falou ainda com os olhos fixos nos meus e então um barulho de uma fraca explosão tomou conta do local. Estava chovendo confete na minha sala.

- OLHA ELA! - Regina gritou vindo correndo em minha direção, Killian me colocou no chão mesmo hesitando um pouco, para que eu pudesse abraçar minha amiga - Sei que esse comentário estraga o momento mas - ela começou a falar ainda abraçando minha pessoa - Não faz mas isso, se quer ir a uma missão suicida, ao menos se despeça da sua melhor amiga.

- Eu não podia, você ia me trancar até eu mudar de ideia. O que seria uma péssima ideia pois nós duas sabemos que eu ia passar o resto da minha vida trancada - falei rindo - Me desculpa majestade? - fiz minha melhor cara de arrependida.

- Desculpada, dona teimosia - ela riu e me deu mais um abraço. Foi então que eu me toquei que Aurora e meus pais estavam em casa.

- Aurora? Mãe? Pai? - perguntei retoricamente ainda do lado de Regina.

- Não, a liga da justiça - mamãe ironizou revirando os olhos e depois sorriu.

- Tia Margaret seria a super fofoqueira - Regina murmurou e minha mãe apenas revirou os olhos.

- Que bom que está bem filha - ela me abraçou de maneira protetora, mesmo que fosse raras as demonstrações de afeto de minha mãe, ela não me desapontada - Você nos deixou preocupados.

- Mas eu estou aqui - Falei deixando algumas lágrimas de felicidade escaparem de meus olhos - Eu te amo.

- Eu também te amo - ela disse acariciando meus cabelos.

Então mais dois braços nos envolveram me dando mais afeto e proteção, os de meu pai.

- Minha cisnezinha - ele disse querendo segurar o choro, mas suas voz estava falha demais.

- Ficamos muito preocupados com a senhora - Aurora disse ainda de pé perto a parede da sala.

- Aurora - Sai do abraço de meus pais e fui até ela - Sabe que pode me chamar de Emma - falei danso um abraço nela, mas mesmo assim ela ainda estava sem graça - Ou se você se sentir mais confortável, use "Você "! - completei saindo de seu abraço e a encarando.

- Tudo bem - ela disse com um sorriso tímido, mas cheio de alegria - Que bom que a senhora está de volta.

- Bom -me virei para Regina - Cadê o Robin? - perguntei curiosa.

- Ah, está com o Roland - Ela disse Maia relaxada e brincalhona - Agirá ele sentiu na pele o que é dormir com o Roland depois que ele faz o menino assistir filmes de terror.

- Mãe! - Henry desceu as escadas com um sorriso de orelha a orelha e quase me fez cair no chão com seu abraço.

Meu Deus, como eu estava me sentindo leve, poder abraçar meu filho depois de tudo isso, é como ter participado de uma premiação e ter ganhado o prêmio principal da noite. Me lembrei de meus dois pequenos, mas por causa da hora e da época de férias? Com certeza estavam dormindo, já que não sabiam que a mãe deles tinha saído pra uma "missão suicida".

A herdeira- Nova vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora