- você promete que vai ficar bem ? Que vai me ligar e mandar mensagem ? - Rômulo me perguntava em quanto puxava minhas malas. Era mais um dia frio e ele usava um casaco de moletom fino que ficava insignificante comparado ao meu de malha.
- todo o santo dia. Você está mais preocupado do que a mãe do Matheus, ela tá super calma - eu disse em meio a risos que foram abafados pelas conversas paralelas no aeroporto.- porque você drogou a mulher ne senhorita Gabriela ! - Rômulo me "repreendeu"
- Ou ! Olhem o respeito por favor, obrigada - Matheus reclamou ferozmente.
- desculpe - Rômulo e eu falamos em uníssono.
- Eu acho que vou indo embora, ainda tenho muita coisa pra fazer. - Rômulo disse soltando as malas - Até breve Gabriela - Rômulo se despediu e andou até seu carro sem esperar respostas. Ele tinha um rosto fechado, escondia lágrimas. Saiu em passos largos e pesados. Rômulo não gosta de despedidas, eu tenho medo que sem mim ele se feche para as pessoas. Pelo o que eu soube, antes de me "adotar" Rômulo era muito solitário e não falava com ninguém da nossa rua e nem das redondezas.
- Gabriela estão chamando nosso vôo. Vamos ? - Matheus me perguntou pondo a mão em suas malas.
- vamos. - andei em passos largos até o avião tentando esconder uma ou duas lágrimas que insistiram em cair. Mas ninguém percebeu.
***
- boa tarde ! Eu gostaria de dois quartos por favor. - disse em inglês com um sorriso para a mulher de meia idade, loira e cordialmente simpática que estava sentada do outro lado do balcão do hotel.
- infelizmente está acontecendo um festival esportivo na cidade, ou seja, todos os hotéis estão lotados. Eu só tenho um quarto com uma cama de solteiro. - a loira disse simpática. Temos um problema ! Eu sou um anjo, mas eu preciso dormir gente.
- poderia me dar só um minuto ? - disse e ela assentiu.
- só tem um quarto - eu disse baixo para Matheus que estava um pouco atrás de mim, aparentemente olhando para todos os cantos da recepção.
- vamos procurar em outro lugar então. - ele respondeu como se fosse a coisa mais simples. Na verdade até seria se não fosse por esse tal festival.
- todos os hotéis estão lotados por causa de um festival. Provavelmente só esse vai ter algum quarto. - disse enquanto olhava o vem e vai de pessoas pelo salão e recepção.
- então não tem jeito - Matheus disse e eu já sabia o quê fazer.
- vou querer o quarto por favor - disse para a recepcionista na língua de Boston.
***
Entramos em um quarto relativamente grande, com papéis de parede rosa chá em uma parede, e noutra papéis brancos. Uma cama de solteiro ficava no meio do quarto acompanhada de duas escrivaninhas de madeira escura que faziam contraste com as paredes claras. Do lado esquerdo havia um pequeno e bem decorado banheiro. O espaço do quarto era separado por finas paredes de gesso que faziam divisa para uma pequena sala com duas poltronas, um sofá cama bem pequeno e uma TV de 40 polegadas. Era bem aconchegante. Revirei os olhos para esquerda e Matheus estava alojando suas malas e mochila pelo chão. Estávamos, nós dois, inexpressivos, com medo e ansiosos, e isso transparecia nós nossos olhos. Quem poderia nós dizer se estamos prontos ? Por onde começar ? Quem nós diria qualquer coisa ?
- Bom, acho que agora temos que pensar no que fazer. - Matheus tocou nas palavras que nós dois queríamos que não tivesse que acontecer.
- Primeiros vamos saber mais da vida do Klaus. Vou jogar o nome dele no Google. - disse tirando meu velho notebook da mochila e imediatamente o ligando.
- Gabriela, pessoas anônimas não aparecem assim do nada na internet, - Matheus falou em quanto eu apertava as teclas - duvido que você vá achar algo aí.
- bingo ! - comemorei vitória ao achar a seguinte página: Celestia investimentos tecnológicos e ao entrar no link, ver bem grande a direita: fundador e dono: Klaus Miller. - você poderia repetir o que disse Matheus ? Eu não ouvi direito querido. - provoquei e ele imediatamente veio ao meu lado e fixou os olhos na tela do notebook.
- não é possível !
- se tem uma coisa que eu aprendi com Dean e Sam é: sempre pesquise muito antes de ir a caça. - disse cheia de orgulho próprio espalhado na testa.
- você sempre vai resolver problemas tirando idéias de livros e séries ? - Matheus perguntou.
- De livros, séries e livros. - disse e sorri mostrando os dentes. - mas vamos ao que interessa, issa empresa não fica muito longe da qui, pelo menos é o que diz no mapa, então nós podemos ir lá amanhã, falar com alguém quem sabe até com o Klaus. Precisamos entender mais sobre onde estamos nos enfiando.
***
Já era tarde é soprava um vento frio que invadiam o quarto de hotel e passeava pelo meu corpo. Meus olhos já estavam se fechando involuntariamente e eu sentia o quanto precisava de energia, já que não sabia o que iria encontrar amanhã. Passei com os olhos pelo quarto e desejei muito estar em casa, ao lado de Rômulo, tomando chocolate com marshmallow.
- Matheus não sei você, mas eu vou dormir. Ok ?
- Tudo bem, você dorme na cama e eu no sofá - Matheus disse se levantando da cama e vindo a minha direção. Ele acha que vou deixa-lo dormir no sofá.
- negativo ! Você cama. Gabriela sofá.
- claro que não ! Minha mãe me deu educação. Você cama. Matheus sofá.
- Deixa de ser burro ! Eu sou um anjo, você um humano. Me regenero e me recomponho muito mais rápido do que você. Por isso eu durmo aqui ! Agora tchau, tô com sono ! - disse e ele voltou para a cama sem abrir a boca.
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Hello anjos !
Antes de qualquer coisa sorry por ter demorado tanto pra postar capítulo novo, eu quero passar mais emoção e detalhes e deixar a escrita menos corrida. E eu ficaria grata se vocês pudessem me dizer se ficou bom !
Queria também agradecer MUITO por estarem lendo meu livro, por votarem e por fazer comentários que eu adoro ler e responder, obrigada também por estarem adicionando o livro as suas listas de leitura *-* É claro que eu ainda estou longe de chegar aonde eu quero, mas acreditem quando eu digo que vocês são maravilindos. Estou quase me casando com vocês haha ❤
Obs: esperem beem atentos pelo próximo capítulo em. Haha ❤
<Da Terra para Marte. Câmbio Desligo>
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Entre Anjos & Guardiões
FantasyGabriela sempre acreditou na humanidade e na bondade, ela tinha fé, mas durante aquela jornada a sua fé foi roubada aos poucos. Matheus sempre foi cético, acreditava no prático e no comprovado, ele não tinha fé, mas durante aquela jornada ele...