23- please, kiss me

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    Ela encostou seus lábios sedosos no meu ouvido e sussurrou:

    — please, kiss me — (por favor, beije-me)

     — não precisa pedir duas vezes — disse e envolvi seus cabelos pelas minhas mãos, a guiei, e nossos lábios se encontraram lentamente.

       Eles dançavam harmoniosamente um com o outro. Senti tudo mais lento, ouvi o lírico canto dos pássaros, senti o sol acariciar meu rosto, e meu coração bateu tão forte e desesperado que pensei ter saído de órbita. Não havia outro lugar que eu queria estar senão ali, vivendo aquele momento. Queria protegê-la, amá-la acima de qualquer coisa. E nunca, eu nunca viu deixá-la ir embora, pois Gabriela é exatamente tudo o quê não sou, e isso me faz estar completamente, perdida, e assustadoramente apaixonado por ela. Pois agora sei, que se passar um dia sem esse sorriso, vou enlouquecer estar com ela, me faz sentir mais vivo, ver seus olhos brilhantes, fazem com que toda a dor que passei, tenha válido a pena. O mundo poderia acabar e desmoronar sob mim, mas ainda terei a ela, e as estrelas, e a essa lembrança.

        Nos beijamos até meu fôlego acabar. Ela olhou dentro dos meus olhos, viu minha alma, e viu todos os fragmentos do que eu estava sentido. Gabriela repousou a cabeça em meu peito, e eu fiz carinho em seus lindos cabelos longos. O silêncio poético, deixava tudo ainda mais romântico, pois aquele beijo falou mais do que tudo que poderíamos tentar dizer.

       Do lado dela, sentia que finalmente, poderia ser quem sempre quis, ou melhor, eu poderia ser qualquer coisa, com seu amor, poderia ir até a lua, ou atravessar o sol e voltar intacto. E se ela pedisse, eu iria até o mais infinito horizonte e roubaria a estrela mais brilhante para entregar em suas mãos. Morreria por mais um beijo, e desejaria estar eternamente doente se soubesse que ela estaria aqui para cuidar de mim.

Assistimos ão pôr-do-sol calados. Mas uma hora o silêncio seria quebrado, e eu fiquei encarregado de desfazê-lo:

    — isso deveria ter acontecido antes.

    — Não, porque então, não seria perfeito. — Gabriela disse, sorriu e esticou um pouco a cabeça para me dar um selinho.

    — é. Você está certa.

    — sempre estou. — ela disse convencida

    — quanto a isso, há controvérsias, minha cara. — disse e ri. — quando você disse que sou fugaz, estava errada. Eu apenas precisava pensar, e refletir sobre o quê queria.

    — e agora já sabe? — Gabriela me perguntou e olhou para mim.

    — você é tudo o quê eu quero, e eu daria qualquer coisa para viver pra sempre esse momento. — disse sincero

    — provavelmente, você iria enjoar, não acha?

    — nunca! Pois tudo pode continuar igual, mas seus olhos sempre mudam, porque eles refletem o quê você é. E Gabriela, você pode ser tudo, menos singular e previsível. — disse, e novamente a beijei para relembrar o gosto de seus lábios.

   — posso saber da onde venho tanto romantismo? — Gabriela perguntou e lançou um sorriso no canto da boca.

    — de poemas.

    — não sabia que curtia esse tipo de coisa.

    — comecei a ler ainda criança e me apaixonei, mas ninguém, menos você agora, sabe disso. — disse sincero

    — mas porque? Nem sua mãe sabe?

    — ela é a última pessoa que deveria saber. Sempre escondi isso da Ana. Eu já sou problemático o suficiente como filho. — disse, mas não com tristeza, estava feliz de mais para deixar que qualquer coisa roubasse isso de mim.

    — ou! Você não é assim, e não a chame de Ana, chame de mãe! — Gabriela me repreendeu um tanto severa.

    — então ok: minha MÃE, já tem um filho problemático o suficiente. — corrigi.

    — não vejo aonde, e em qual circunstâncias você seria problemático. A duas horas atrás percebi que você é doce e profundo. Você só é uma pessoa que passou por coisas difíceis, e que teve problemas para enfrentar.

    — problemático — afirmei.

    — você não é problemático, e não se fala mais nisso, tudo bem? — Gabriela perguntou sem esperar resposta — não sei você, mas estou morrendo de fome e sono.

    — não mais que o normal — brinquei e ela protestou:

    — ou! Estou em fase de crescimento, ok?

    — fase de crescimento? — questionei.

    — é claro! Até os 21. No meu caso 25. Sabe, as asas contam com tempo. — ela argumentou e deu de ombros — vou lá em baixo, comer alguma coisa. Você vem?

    — não, vou ficar aqui mais um pouco.

    — você quem sabe — ela disse e desceu as escadas.

    Admirei o frescor do luar e, me senti orgulhoso por tomar 10 minutos de coragem. Meu coração doía de felicidade. Não acredito em amor a primeira vista, porque isso é uma grande bobagem inventada por tolos. Mas dizer que eu não senti absolutamente nada quando vi Gabriela pela primeira vez naquele laboratório, seria mentira. De fato, durante o tempo, eu soube que ela era diferente pra mim, mas não tinha me dado conta que era tanto até beijá-la.

       Praticamente virei a noite olhando para o céu. Quando decidi dormir, passei no quarto de Gabriela que já estava no décimo quinto sono. Fiquei encostado na arco da porta por trinta segundos, pensando nos acontecimentos anteriores. Depois fui para o meu quarto, mas não consegui sonhar, porque todos os sonhos já haviam sido realizados...

"Desejo falar pra ela o quê eu sinto,
Mas com palavras
Eu não sei dizer
Meu amor,
Eu não minto
Mas do quê nunca
Tá difícil de viver."

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Hello! Hi! Olá! Oi!

Vejam só como eu sou legal, nem deixei vocês na curiosidade muito tempo❗

E aí, cê acha que esse é o primeiro passo para um futuro promissor de Mabi?

Música/trecho: rock, amor e canção- Pequeno John

👇🌠Clica aí na estrela, moço 👏

Espero que tenham gostado do último e desde capítulo >.<

<Da Terra para Marte. Câmbio Desliga>

   

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