Uma típica manhã de primavera

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As manhãs de primavera normalmente eram frescas. O cheiro de flores misturado com incontáveis frutos maduros adentrava pelas frestas da janela caracterizando perfeitamente o que chamam de "ar primaveril". Aquela época era associada ao amor e a procriação, um marco do reinicio de um novo ciclo. Para os lobisomens não seria diferente, também sentiam uma espécie de força oculta que os impulsionavam a deixar que seus instintos aflorassem. Era uma época em a razão as vezes era deturbada e abafada pelo o desejo. A necessidade de se transformar em sua forma lupina era mais intensa. Uivar. Correr pelos bosques sem um destino... Com a boca aberta e com a língua para fora sentindo o gosto da estação em suas papilas gustativas. Além disso, como já fora mencionado anteriormente, trata-se da época do amor.

— Ah... — Tentava em vão reprimir os gemidos que persistiam em escapar de seus lábios. Contudo, a tarefa se tornava cada vez mais árdua, pois como poderia se controlar se tinha um ser sentando sobre os seus quadris, rebolando e persistindo em deixa-lo louco? Somado a tudo isso, a sensação estonteante que sentia em seu membro, afundando dentro de uma cavidade quente e apertada fazia com que todo o seu corpo e sentidos estivessem no limite da sanidade. Sua mente estava prestes a derreter devido a tantos estímulos.

— Quieto, Eric... — A voz rouca e ao mesmo tempo autoritária sussurrou em seu ouvido — Não quer acordar a casa toda, não é? Não esqueças que nós lobisomens temos uma audição prestigiosa.

"Não precisa me lembrar disso!".

Eric, com seus cabelos castanhos escuros, agora empapados do se suor, colados a sua pele morena, tentou emitir algum sinal de protesto. Mas o seu amável parceiro fez um novo movimento provocador, causando mais uma explosão de prazer na região sul de seu corpo.

— P-Pablo! — Ralhou, sua voz mais parecia um ganido do que um rosnado. Pablo, o seu sádico amante deixou que um sorriso malicioso se desenhasse em seus lábios. Era impressionante como alguém com aqueles cabelos castanhos encaracolados, olhos cor de mel, nariz afilado e delicado, rosto igualmente afilado dando uma falsa ideia de delicadeza e inocência, podia parecer um anjo latino, mas na verdade era a personificação de um perfeito demônio.

—Shhh... — Pablo levou o dedo indicador aos lábios de Eric, o sinal para silencia-lo, entretanto não para de se movimentar fazendo com que o pênis grosso e pulsante do outro lobo adentrasse e saísse de dentro de si em uma velocidade cada vez mais rápida. Como Pablo podia parecer tão tranquilo? Se podia ver que ele também estava excitado. Seu próprio membro balançava ereto e úmido de gozo a cada estocada. Aquela era uma visão quase hipnótica. Pablo, com as gotículas de suor escorrendo por seu corpo musculoso descendo lentamente, passando por sua virilha, indo para a área do sexo. Toda aquela visão fazia Eric salivar — Se continuar a fazer tanto barulho assim, teremos que parar — Ao falar isso, Pablo teve a audácia de fazer exatamente o que tinha dito: parou.

— Pablo... — Desta vez conseguiu emitir um rosnado. Suas mãos, agora quase transformadas em patas dotadas de garras se postaram na cintura do amante presunçoso.

— Já imaginou se eles nos vissem assim... — Disse isso enquanto seu dedo brincava, fazendo círculos no peitoral de Eric. Enrolando, as vezes, em algum dos pelos castanhos escuros ali existentes — Seria um grande embaraço, não achas?

Eric não queria imaginar aquela possibilidade. Na verdade, devia sentir repúdio por aquela perspectiva, mas...

— Isso te deixa excitado, não? — Pablo, de forma certeira, disse o obvio. O calor que se alastrava pelo o rosto de Eric só denotava a dura a verdade: estava corando e seu membro mais do que ereto. Iria gozar logo...

"Droga! Quando eu me tornei tão pervertido?".

O lobo-demônio deve ter lido o seu pensamento, pois deixou que um grande sorriso se formar em seus lábios. Deixou seu corpo tombar de encontro ao peitoral suado de Eric, sem perder a conexão que os ligava. O membro rígido ainda se perpetuava no interior de Pablo. Os dois estavam ofegantes. Agora que tinham maior contato, podiam sentir como os seus corações batiam praticamente em sincronia.

Sangue de Lobo (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora