Missão grupo II - fase 1 : Lixão e deposito de drogas

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— Você tem certeza que não está perdido ou algo do tipo? — perguntou Diego já perdendo um pouco de sua paciência ao ver que a indicação do vampiro novamente os levava em uma rua na contramão ou em um beco sem saída.

—Não estou perdido! Sei aonde estamos indo! Acho... — resmungou Alexander — Olha, no meu ponto de vista é o caminho correto! Tipo, eu ando a pé, não ligo para que direção os carros estão seguindo e se tiver algum obstáculo, posso saltar... Sei lá....

Di soltou um suspiro, talvez estivesse abordando o problema do modo errado. Se aproximou do painel onde se encontrava o GPS do veículo, lá se podia ver a posição aonde estavam no plano 3d do mapa da cidade. O lobo curandeiro tentou mexer no dispositivo para ter a visão do mapa como um todo...Talvez assim, Alexander pudesse indicar o local aonde tinha interceptado a droga.

— Você pode dizer um ponto de referência? — sugeriu Jack.

— Bem... Era perto aonde caço a noite. — informou relutante.

— Caçar? — Diego arqueou as sobrancelhas, sim, não podia esquecer que estava diante de um vampiro, o significa que ele precisa de sangue para sobreviver... Logo, não pode resistir e perguntar:

— Quando você se refere a "caçar"...Seria a humanos?

— N-não! Não! Eu nunca caçaria humanos! Não desse tipo de vampiro, sabe?! — se defendeu o rapaz fazendo gestos negativos com os braços e mãos.

— Então?

— Eu caço ratos...

— Hã? — agora Diego, que estava no banco da frente do carro, se virou para encarar o passageiro sanguessuga com interesse — Ratos?

— Sim... Nas cidades sempre tem muitos ratos... Não é algo gostoso de se alimentar, mas me manteve vivo ao longo dos anos sem necessitar buscar um humano para me satisfazer. — falava aquilo com certo orgulho, apesar de assumir que se alimentar de uma praga suja e disseminador de muitas doenças, mas talvez Alexander estivesse fazendo um ato altruísta controlando a população dos ratos urbanos.

— Engraçado... Pela quantidade de vampiros que vimos adentrar no clube, imagino que devia ter um maior índice de mortes, de humanos...Mas não vejo nada disso no jornal. — analisou o curandeiro observando a tela de seu smartphone, a qual buscava por notícias referentes a noite anterior, só encontrando que um dos clubes famosos da cidade tinha evacuado seus clientes devido uma alerta de incêndio provocado por um curto circuito, mas que tudo estava bem e hoje já haveria outro show... A morte do lobisomem sendo totalmente esquecida. Isso lhe causou um grande pesar, afinal, mesmo que não o conhecendo achava que o justo era dar um funeral apropriado.

— E não vai encontrar... Esse negócio de matar humanos é fora de moda. — explicou Alexander — normalmente os vampiros compram sangue de bancos de sangues ilegais, ou têm acompanhantes.

— Acompanhantes seria o que?

— Humanos ou outros seres sobrenaturais dispostos a fornecer pequenas quantidades de sangue a um vampiro por livre espontânea vontade.

—Hã?! E por que alguém iria fazer isso?!

— Ouvi dizer que a mordida de um vampiro é afrodisia... — interpôs Jack — Que ao sentirem as presas romperem a carne e o sangue começar a verter...A temperatura corporal aumentaria, além de sentir êxtase como se tivesse ao ponto de gozar.

— Lógico que você teria guardado em sua mente esse tipo de informação. — ralhou Diego dando um soco no ombro do agente que apenas riu.

Sangue de Lobo (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora