Pílula vermelha

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Diego tinha prioridades, digamos que o jovem lobisomem encarava a vida de forma diferente, sempre fora um rebelde contra o sistema e os padrões sociais, por isso preferiu usar aquele tipo de roupa e até pincergs que para muitos lobisomens era um símbolo da alienação humana que flagela o seu próprio corpo esperando alcançar uma beleza. Seu foco era os estudos e a rebelião. Seria sempre o "do contra" ou ovelha negra da família e teria orgulho disso. Talvez, devido a isso estivesse solteiro? Na verdade, nunca pensara muito sobre romances e essas coisas... Pelo menos até encontrar Gabriel e seus malditos livros. Não que lesse eles! Ok... Talvez desse uma folheada em alguns volumes que ,de forma misteriosa, foram entregues a sua residência. (Não que ele tivesse comprado por acidente! Impossível!). Enfim, não sabia muito bem qual seria o seu tipo ideal, mas uma coisa tinha certeza: não seria aquele pervertido lobisomem de nome Jack!

Pela a segunda vez conseguiu interceptar a mão do dito agente do conselho, essa mesma mão tinha um alvo preciso: a bunda de Diego.

— Qual é o seu problema? — O garoto não conteve o rosnar que emitiu, sim, o clube a qual estavam podia ter como público alvo seres sobrenaturais, mas isso não significava que humanos também adentrassem, totalmente alheios a clientela nada comum do local, logo, uma regra básica existia: ocultar sua natureza sobrenatural, sobre toda e qualquer circunstância! Bem que Diego nunca fora alguém de seguir esses tipos de regras ainda mais tenho um safado lobo para controlar.

— Meu problema? Alguns disseram que tenho hiperatividade e deficiência de atenção, mas Akira acredita que tenho uma translocação cerebral! — Falou todo orgulhoso.

— Translocação cerebral?

— Sim... — Sorriu animado e como sua mão ainda estava sendo segurada por Diego, aproveitou para guia-la para baixo — Ele acredita que eu penso mais com a cabeça de baixo do que com a de cima. Ou seja, que meu cérebro se encontra mais ao sul do que o norte do meu corpo, sacou? — E para demonstrar o fato fez com que o outro lobo tocasse o espaço entre suas pernas aonde residia sua "cabeça pensante".

Diego soltou um misto de gemido e grito surpreso. Que descarado! Fazer uma coisa destas assim! Do nada!

— Pois, eu acho melhor você soltar a minha mão se não quiser que eu lhe cause uma morte cerebral! — Disse isso enquanto deixava que suas unhas crescessem se tornando garras e perfurando as calças jeans de Jack quase acertando o seu membro.

— Eu disse que o gatinho tinha garras. — Para a surpresa de Diego, Jack não retrocedeu, apenas lhe ofereceu um grande sorriso encantador.

Qual é o seu problema? — Perguntou novamente o mais novo se afastando do estranho lobisomem.

— Para começar, meu problema atual seria que devíamos estar dançando e não conversando. Ao não ser que queira pular para a próxima fase? — O tom malicioso em sua sugestão deixava bastante claro que tipo de "fase" ele deveria se referir.

— Olha aqui, não sei se você está no cio ou simplesmente é assim sempre. — Começou a dar sermão, Diego — Mas eu não sou esse tipo de cara que por um rosto bonito faz qualquer coisa, ouviu bem?

— Então, você me acha bonito?!

Diego rosnou frustrado. Puxou o grandalhão (sim, Jack deveria ter um 1,90 o que contrastava com os míseros 1,70 do jovem lobisomem) para um canto da boate.

— Oh! Oh! Estão já estamos indo para a próxima fase? Ter uns amassos no escurinho? — Jack parecia um filhote animado para o início de alguma brincadeira. Diego o ignorou e apenas o lançou de encontro a parede.

Sangue de Lobo (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora