Salsichas...

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Quando se fala em reunião para discutir algo importante, como tipo: a existência de uma droga mortal capaz de transformar lobisomens em verdadeiros monstros irracionais e que essa mesma droga estava sendo desenvolvido por vampiros, o que poderia provocar uma provável guerra entre as duas grandes raças de sobrenaturais, se imagina algo sério... Mas Gabriel já devia imaginar que seriedade e alfa Jean não andavam de mão dadas. Oh! Não! A reunião, no conceito do musculoso alfa, significava comer incontáveis hot-dogs com pipocas, além de deixar a Tv ligada com algum filme de terror trash passando ao fundo. Ver um furacão formado por distintos tipos de tubarões atacando humanos... Sem dúvida, elevava ainda mais a seriedade da reunião.

— Então...Muhhoah. — o grande alfa começou a falar, ou pelo menos tentou, pois ao mesmo tempo que abriu a boca enfiou o hot-dog nela — Mahumha!

E ele continuava a tentar falar, soltando farelo para todo lado.

— Céus! Tenhas o mínimo de educação! Primeiro coma e depois fale! — reclamou Marco, já pegando um lenço (deve-se enfatizar que devia ser de seda) e começou a limpar o rosto sujo do lobisomem, segurando fortemente o seu queixo para evitar que o mesmo escapasse. Era como observar a Mama dando sermão no filhinho. Algo interessante de ser ver.

Gabriel sorriu, talvez Marco seja o parceiro ideal para o desleixado alfa, sendo capaz de preencher as falhas do parceiro e ressaltar suas qualidades. Falando de par ideal... Mirou de relance Akira que estava sentando ao seu lado. Tinha um hot-dog nas mãos e estava prestes a comer, parecia tão inocente, o grande safado! Qualquer um não iria acreditar que a minutos atrás aquelas mesmas mãos estavam segurando algo de formato muito semelhante a uma salsicha localizado dentro das calças do inocente curandeiro! Que descarado e...

— Humm? — os olhos dos dois se encontraram, Akira sorriu, levou o hot-dog a boca, mas...Não o comeu, na verdade ele abocanhou a salsicha, de tal modo que o cilindro de carne escorregou parcialmente para fora do pão. O que o agente fez depois disso quase provocou um infarto em Gabi.

Akira lambeu a "cabeça" do condimento, depois abocanhou, sugou... Fez movimentos de vai-e-vem. Ali, diante de todos, mas seus olhos estavam cravados em Gabriel que no momento já estava hiperventilado.

— Pelo amor da lua! — exclamou Diego estarrecido — Eu não acredito que você está fazendo isso enquanto estamos comendo!

Gabriel devia também falar algo... Criticar! Fazer que ele parasse, mas... Tinha um problema a mais a tentar resolver. Cruzou as pernas e roubou uma tigela de pipoca que colocou sobre o colo escondendo a sua excitação! Por que isso sempre ocorria? Akira devia ter algum tipo de magia especial capaz de atiçar os desejos mais ocultos do curandeiro, trazendo à tona sentimentos que Gabia nem imaginava que tivesse! Diego acompanhou todo aquele alvoroço com evidente interesse que logo se transformou em critica. Gabi sentiu como uma criança pega no flagra... Cadê a sua autoridade como mestre? Seu pupilo (de 17 anos, deve-se enfatizar) parecia exercer muito mais esse tipo de função naquela estranha relação de mestre-aluno.

— Er...Cara...Isso é nojento de se fazer com a comida. — comentou o segundo vampiro do grupo que afastava o prato de hot dog de si, depois se voltou para uma das poucas mulheres do grupo, ela também devia estar estarrecida com a cena, ledo engano— Você está filmando a cena?!

Cassandra, utilizando um livro aberto como esconderijo, detinha em sua mão trêmula o seu celular e de fato estava filmando a demonstração de sexo oral na salsicha. Por que? Ora, quando teria outra oportunidade como essa?! Ler e imaginar cenas nos livros era uma coisa, ter a prova real e a cores dos fatos era, sem dúvida, bem melhor.

Sangue de Lobo (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora