A Promessa

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No porto as pessoas corriam para todos os lados, alguns fugindo enquanto outros poucos tentavam seguir seu caminho sem se envolver em qualquer tiroteio ou batalha enquanto alguns poucos mercenários contratados como guardas do porto observavam a uma distância segura o combate esperando a melhor hora pra invadir o navio e tentar conter a confusão.

Dentro do deque inferior Glingolt encarava um de seus adversários caminhando para os lados enquanto balançava e girava suas facas na mão esperando uma abertura pro primeiro ataque, seus dois companheiro encaravam recuados os outros quatro mantendo uma posição defensiva, Alisa se levantou lentamente e encostou suas costas em uma das colunas do deque, passou a pressionar seu ferimento com apenas uma das mãos enquanto com a outra pegou sua faca e esperou seus inimigos atacarem, ficaram todos em silêncio, nenhuma palavra, nenhum ataque até que foi escutado um grito vindo do deque superior.

-GAROTO!- gritou Raskanarys ao ouvir o tiro, o rosto de Damian ficou coberto de sangue que espirrou em sua cara e ele soltou o muro do convés superior deixando que seu corpo caísse para trás, na queda ele fechou seus olhos e em um mísero segundo ele pode relembrar cada momento feliz e triste de seu passado, ver novamente o rosto bondoso de sua mãe, o sorriso feliz e exagerado de seu irmão e a expressão séria e imponente que lhe inspirava de seu Pai, o Demônio Rubro e nesse segundo, Damian viveu toda sua vida novamente até cair na água negra quando lutou ao lado de se pai e assim que seu corpo tocou na água ele soube, era o fim, seu corpo já estava no chão.

Quando ouviram o grito Alisa tomou a iniciativa gritando a ordem a todos-AGORA!-e arremessou sua faca no peito do homem que correu em sua direção, Glingolt avançou na direção de seu inimigo enquanto ele fez o mesmo, ambos fizeram balanços para os lados tentando desviar dos golpes um do outro enquanto lançavam estocadas e cortes que acabavam batendo faca contra faca, os outros dois se embolaram em uma luta desengonçada com os três inimigos restantes tentando manter uma linha de defesa, Alisa que já havia matado o seu atacante avançou anda desarmada na direção dos cinco, passou por seus dois companheiros puxando uma faca presa ao cinto de um deles e correu na direção dos três inimigos em um ataque suicida, sem opção e sabendo que não podiam deixa-la morrer, os dois avançaram junto a ela golpeando seus inimigos, Alisa desviou um golpe em sua direção com sua faca mas o sabre mais longo e pesado não era tão fácil de se defender e a lamina escorregou por seu ombro fazendo-lhe um pequeno corte mas ela não se importou, bateu com o outro ombro no peito de seu inimigo impedindo um segundo ataque e o fazendo tombar para trás, sem perder tempo se jogou sobre ele e tentou cravar a faca em seu peito mas o homem soltou seu sabre e segurou sua mão, os outros dois bateram espada contra espada e fizeram força contra seus inimigos os fazendo recuar forçadamente, assim que os tiraram do alcance de Alisa começaram a golpear seus inimigos que respondiam cada golpe a altura.

No chão o adversário de Alisa empurrava sua mão com a faca para longe de seu peito enquanto ela pressionava a faca contra o mesmo tentando perfura-lo, a força do homem era obviamente maior do que a dela por isso a jovem estava levando a pior, era necessário mais força para vencer aquela disputa e por isso ela parou de pressionar seu ferimento e usou as duas mãos para por peso sobre a faca e finalmente começou a tomar vantagem na disputa forçando a faca que se aproximava cada vez mais do peito do homem mas as coisas ainda podiam ficar piores, o homem focou sua força somente na mão direita e afastou a outra deixando que só q direita segurasse a faca, com a mão esquerda livre ele fechou o punho com força e golpeou Alisa bem perto do ferimento a bala em sua barriga a fazendo perder as forças, com a dor insuportável ela se jogou para o lado para que o homem não pudesse inverter a situação da faca e se contorceu berrando de dor, seus companheiros tentavam derrotar seus inimigos para poderem ajuda-la mas eles rebatiam cada golpe em igualdade, o mesmo ocorria com Glingolt que buscava uma abertura nos movimentos de seu inimigo para enfim derrota-lo e correr ao auxílio da jovem, insatisfeito com a dor que causará em Alisa deu inimigo rolou se jogando pra cima dela, ainda sem forças ela tentou mais uma vez golpeá-lo com a faca porém dessa vez era ela quem estava por baixo, o homem segurou suas mãos com mais facilidade e a fastou de seu peito sem se esforçar tanto quanto o fizera antes, com a faca afastada de seu coração ele tentou toma-la de Alisa mas a jovem já recuperava suas forças e ela segurou a faca com toda força que tinha, frustrado por não conseguir arrancar a faca das mãos de uma simples mulher - como pensava - ele se enfureceu e resolveu golpeá-la com as mãos nuas, mais uma vez segurou a mão de Alisa com a faca com apenas uma de suas mãos enquanto com a outra mão livre ele golpeou o rosto da jovem com dos socos fortes, tão fortes que sua cabeça bateu contra o chão a cada soco, um dor de cabeça muito forte tomou conta de toda sua cabeça e uma forte tontura quase a fez desmaiar mas a jovem era uma guerreira de corpo e alma, já havia provado seu valor durante a batalha que deu fim a vida de seu pai, ao período que ficou sozinha no mar negro, agarrada a destroços sem perder as esperanças e ao atacar Damian quando a resgatou acreditando que o mesmo fosse um possível inimigo, ela não havia desistido fácil em nenhum dos problemas anteriores, não poderia desistir dessa vez também principalmente por que carregava o bem mais precioso de seu pai do qual ele de a própria vida e de toda sua tripulação para defender. respirando fundo ela manteve o foco por mais difícil que fosse e mais uma vez forçou a faca em direção ao peito do homem, ele forçou contra ela com uma das mãos enquanto com a outra preparou mais um soco porém quando estava prestes a lança-lo ela deu uma joelhada em suas costas aproveitando-se da posição que estava, o impacto não foi forte pra causar muita dor no homem mas foi forte o bastante pra empurrar seu corpo pra frente o fazendo se curvar o que o fez consequentemente bater com o peito na ponta da faca, quando seu peito foi penetrado pela ponta da lamina ele gritou e forçou as costas pra trás mas Alisa o travou com os joelhos o empurrando para cima da faca, a faca penetrou mais dois centímetros e o homem foi tomado pelo desespero, sacudiu-se, berrou e forçou a faca para longe voltando a utilizar as duas mãos até que a solução veio a sua mente, soltou novamente a mão esquerda com o dedo indicador pressionou o ferimento feito a bala na barriga de Alisa, deu dedo penetrou alguns centímetros no ferimento e ele forçou para cima visando causar-lhe o máximo de dor o possível e conseguiu, a jovem gritou tão alto que pode ser escutada por todos que estavam no porto, Perdeu complemente suas forças e soltou a faca, Glingolt e seus dois companheiros se enfureceram ao ouvi-la gritar, os dois se jogaram com seus sabres na direção de seus adversários que mesmo bloqueando o ataque com suas espadas foram empurrados para trás dando passos desengonçados que quase os derrubaram, já Glingolt tomou uma estratégia mais drástica, golpeou seu adversário aumentando em muito sua velocidade de golpes mas o adversário ainda as rebatia com maestria, mas Glingolt não parecia mais se importar, ele estava focado e furioso, assim que viu uma abertura golpeou com sua faca contra a de seu adversário o fazendo jogar as mãos para o alto e recuar dois passos para recompor a postura de combate, Glingolt deveria fazer o mesmo para que o duelo de facas continuasse mas ele tinha outros planos, assim que seu inimigo recuou ele arremessou a faca na direção do inimigo de Alisa que por puro reflexo rolou pro lado quase saindo da rota da faca que acertou seu braço próximo do ombro, sem perder tempo Glingolt avançou de seu inimigo recuando e puxou dois bisturis de seu cinto, o homem ainda descia suas mãos quando aquele par de bisturis cruzaram com uma tremenda velocidade sobre o pescoço do mesmo que não conseguindo defender o golpe tombou cobrindo o próprio pescoço que já jorrava sangue sem parar.

Filhos do Mar - O DespertarOnde histórias criam vida. Descubra agora