Capítulo 3 - Lembranças.

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A porta do quarto estava entre aberta

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A porta do quarto estava entre aberta. Demi puxou o ar, aspirando a procura do perfume doce que sua prima usava quando era mais nova, mas não o sentiu. O que nunca acontecia quando ficava próxima a porta.

Abriu a porta com cuidado, viu logo a claridade que vinha da janela. Demi olhou ao redor do quarto, antigamente era de hospedes, já havia dormido tantas vezes ali com Amy que perdera a conta de quantas foram. Se aproximou da cama olhando pra figura loira e magra que dormia pesadamente sobre a cama, em seu rosto não demonstrou, mas por dentro ela sentiu uma pontada no peito por ver a prima tão abatida. A avó havia contado como Amy se comportava ultimamente, algo que realmente assustou Demi, a garota que era tão alegre e extrovertida, não era mais a mesma.

Enquanto se sentava na beira da cama se lembrou da vez que ela e Amy haviam se beijado, um beijo tão inocente, soltou um leve riso se lembrando do ato. Não sabia se Amy se lembrava, fazia mais de dez anos desde o ato...

A casa da vovó era sempre o melhor lugar para brincar, quando a família se reunia todos os sábados e domingos, elas sempre inventavam de brincar na casa da árvore que havia no quintal enorme com o gramado mais verde da rua. Amy e Demi que sempre preferiam brincar a sós, ficavam a tarde toda por lá, contavam segredos e prometiam coisas, que segundo elas, sempre existiriam. Demi havia acabado de completar seis anos quando seus país se separam.

- Porque não quer mais brincar Demi? – A garotinha de cabelos loiros encaracolados e os olhos sempre enormes e verdes, encarava a prima que estava sentada no banco balançando as pernas pra lá e pra cá. O olhar entristecido focando para baixo, cabelos presos bem no alto e os óculos um pouco arredondados escorregaram até a ponta do nariz da pequena.

- Quero meu papai de volta. – Falou ela com os olhos marejados.

- O seu papai vai voltar. – Amy passou as mãos nas costas da garotinha que já era tomada pelas lágrimas. Sem saber o que fazer, espalmou as mãos uma em cada lado do rosto da prima e lhe olhou nos olhos, beijou seus lábios em um selinho e depois a encarou novamente. – Se sente melhor?

Demi afirmou com a cabeça, mostrando um sorriso banguela para outra que sorria também.

Ainda sentada na cama da prima, Demi se pegou sorrindo largamente, sempre se sentia abobalhada ao se lembrar da sua infância, podia até se lembrar da mais pura inocência, dos tantos sorrisos sinceros que trocavam e a felicidade que sentiam.

Seus dedos deslizaram entre os fios de cabelos loiros de Amy que ainda dormia, passou as pontinhas dos dedos nas bochechas da garota, sentindo sua respiração quente bater contra sua mão lhe causando um calafrio, se mexeu com o ato fazendo com que Amy acordasse, dando um pulo da cama, arregalando seus olhos se assustando ao ver Demi a encarando.

Give me love (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora