- Demi, se importa de levar a janta da Amy, por favor? – A senhora falou enquanto colocava o prato sobre bandeja.
Demetria assentiu já pegando a bandeja com cuidado. Subiu as escadas, no andar de cima tentou equilibrar a bandeja em uma mão só, com a outra livre girou a maçaneta e por fim segurou a bandeja como antes, empurrou a porta com o cotovelo.
O quarto estava claro apenas pela iluminação da lua, que aparecia perfeitamente na janela. Amy como de se imaginar, dormia de bruços na cama, Demetria colocou a bandeja na escrivaninha e foi em direção a cama, se debruçou sobre Amy, passou as mãos sobre seus cabelos e sussurrou chamando seu nome. Os olhos verdes se abriram, encarando Demi da mesma forma de antes, elas se encararam por alguns minutos.
- Trouxe seu jantar. – Demetria, a garota dos cabelos castanhos que ficavam acima dos ombros, sorriu sem mostrar os dentes, com as bochechas levemente rosadas tirou a mão que ainda se encontravam rente aos fios loiros claros da prima.
A dona dos olhos verdes fechou as pálpebras lentamente, Demi pode ver a vermelhidão que ficaram assim que se abriram. Qualquer um que estivesse ali notaria que Amy segurava as lágrimas com força para que não as deixassem cair. Demi se aproximou da prima que com dificuldade quase caindo se levantou da cama cambaleando com as pernas bambas. Amy como um vulto já estava no banheiro, se trancou deixando a prima aflita do outro lado da porta, tentando entender o que acabara de se passar ali.
Demetria levantou-se como um pulo, praticamente abraçando a porta do banheiro a procura de algum som que saísse dali de dentro. Respirou fundo com o coração aos pulos não queria chamar a avó nem a mãe para não preocupa-las. Espalmou as mãos sobre a porta dando leves tapas na mesma.
- Amy, o que esta havendo? Me responde, estou preocupada!
Enquanto Demi esperava ansiosamente uma resposta, Amy se encontrava sentada no chão do banheiro, abraçando as próprias pernas, sentindo o peso das lágrimas. Até Amy se perguntava o que estava havendo com ela mesma, não sabia o porque de estar chorando, ou porque estar sentindo aquela sensação dentro dela mesma só por sentir a pele da prima em contato com a dela. Se sentia louca, se odiava tanto por ser assim, que chegava a morder os braços e belisca-los até vê-los mudar de cor, respirava pesadamente aumentando o ritmo e sentindo as mãos tremerem, estava com medo, mas não sabia a causa...
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Give me love (Concluída)
FanfictionAproximação, palavras, gestos, caricias, amor. Seriam capaz de tirar alguém da depressão? O amor pode ser um refúgio? Enquanto uma garota presa em si mesma, se perdia cada vez mais em um buraco fundo no qual, segundo ela, não conseguiria jamais sair...