Capítulo 9 - Vozes.

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Para Amy, ela nunca mais iria vivenciar o passado com alegria e mesma intensidade de antes, a vida que levaria seria essa, infeliz e vazia. Pensava que perder sua mãe havia sido o pior sentimento do mundo, tinha perdido o chão, sim, mas depois de todo este tempo pode perceber que o pior sentimento do mundo foi se tocar que se perdeu de si mesma. Não existia mas um "Eu", Amy não se reconhecia mais.

A loira levantou-se da cama, puxando os cabelos que ficavam rente a sua nuca, suas mãos tremiam demonstrando tamanho nervosismo. Apertou os braços com força queria fazer parar, queria parar tudo aquilo que sentia, queria parar a dor, tira-la pra fora, arrancá-la com as próprias mãos e vê-la agonizar diante dos teus olhos. Ouvia vozes sussurrando dentro da sua cabeça, era assustador, batia com as mãos espalmadas na cabeça querendo arrancar aquilo, arranhava sua pele tentando passar a dor pra fora.

- Para, para, para... – Falava Amy com voz abafada pelo choro, tapando os ouvidos, não aguentava mais. Andava pra lá e pra cá, se batia, balançava o corpo.

O espelho que havia na parede do quarto foi jogado sobre o chão, estilhaçou-se em pedaços, o barulho estrondoso chamou a atenção das duas garotas que conversavam no andar de baixo. Amy sentada perto dos cacos, abraçava as pernas chorando descontroladamente, cada dia que se passava ficava mais difícil o convívio com ela mesma, aquelas vozes e falações tomaram conta da sua cabeça a deixando louca.

As duas garotas que a pouco instante estavam na sala, abriram porta presenciando a cena, Miley parada na porta apenas observou, enquanto Demi se aproximou de Amy encolhida no canto do quarto.

- Hey Amy o que houve? – Demi se abaixou até altura da prima, colocando as mãos em seus ombros.

- Faça eles pararem. – Amy pediu, mas saiu mais como se estivesse implorando. Olhava com os olhos arregalados e completamente assustados, as lágrimas não paravam de descer dos olhos.

Demi sentiu uma pontada no peito por ver a prima daquela forma que poderia chorar, engoliu um seco na garganta.

- Eles quem? – Perguntou curiosa sentindo o coração acelerado.

Give me love (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora