Aproximação, palavras, gestos, caricias, amor. Seriam capaz de tirar alguém da depressão? O amor pode ser um refúgio?
Enquanto uma garota presa em si mesma, se perdia cada vez mais em um buraco fundo no qual, segundo ela, não conseguiria jamais sair...
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Logo a porta se fechou deixando as duas a sós novamente. Demetria passou as mãos sobre a testa da prima sentindo-a suar.
- Amy quer tomar um banho? – Amy assentiu se levantando. - Vou pegar uma vassoura e limpar essa bagunça, ok?
Demi viu que Amy entrou no banheiro e desceu as escadas indo pro quintal pegando uma vassoura e pá, passou no quarto da avó pegando dois lençóis e um travesseiro no armário.
Varreu o quarto, jogou os pedaços de vidro fora e trocou o lençóis, deixando tudo bem arrumado.
Amy sentia a água gelada ter contato com sua pele. Mais uma vez havia se deixado levar pela cabeça, aquelas malditas palavras que a deixavam louca. Ela queria mais que tudo, ter uma vida melhor, sair daquela loucura. Mas toda vez que diziam que a levariam pra algum lugar, seu corpo inteiro tremia da ponta dos pés até o ultimo fio de cabelo, não queria de modo algum que a prendessem em algum lugar, já bastava estar presa nela mesma.
Amy fechou os olhos colocando a cabeça debaixo do chuveiro, o cabelo molhado batia até o final das suas costas. Terminou seu banho, se secou e colocou a roupa que havia pegado no armário antes do banho. Olhou-se no espelho, e se lembrou das palavras da avó. Perguntou a si, como ela mesma poderia se permitir ficar boa. E o porque da avó ter dito "Eu também", Demetria acreditava nela? Como podiam acreditar em algo que nem ela mesma acreditava?
Despertada com batidas na porta e a voz de Demetria perguntando se estava tudo bem. Colocou a toalha no gancho da parede e abriu a porta vendo Demi sentada na ponta da cama, na mesinha ao lado havia uma bandeja com algo que não conseguiu distinguir o que era.
- Trouxe algo pra comermos. – Demi sorriu.
Amy pra não fazer desfeita se sentou na cama junto a prima, que aparentemente mantinha uma ponta de felicidade no rosto.
- Tudo bem? – Demi perguntou.
- Sim.
- Sei que não.
Amy na verdade, gostaria mesmo de dizer que não estava realmente bem, nunca esteve. Talvez se dissesse a Demi iria ser mais fácil, ela poderia ajudá-la, mas não era fácil, não sabia como se expressar e dizer seus problemas.
Demetria, e qualquer um, mesmo sem as palavras de Amy, saberia ver naqueles imensos olhos verdes, a tristeza, inquietude, e a dor que escapava deles.
- Então porque perguntou? – Amy a questionou.
- Porque me preocupo com você. – Demetria segurou a mão de Amy, acariciando-a com o polegar.
Os olhos claros fitaram as mãos juntas, ali, sentindo o carinho, pode fechar os olhos para sentir o contato suave e afetuoso que recebia. Era difícil receber uma caricia daquelas, sua avó sempre fazia isso, mas com ela não sentia o que sentiu com Demi. Amy puxou a mão um pouco devagar, tentando recusar o toque que por alguma razão algo impedia. A prima segurou um pouco forte a impedindo de se desvencilhar.