O Ryan sentou-me no banco do avião e logo em seguida o Justin sentou-se do meu lado. Pegou no mp4 e pós os fones nos ouvidos. Provavelmente para não falar comigo.
Se estava a ser difícil estar novamente ao lado dele? Sim estava.
Porquê? Também não me perguntem. Talvez eu precise de um abraço dele e de umas palavras de conforto, vindas da sua boca. Sei que a razão de eu estar assim, é um pouco culpa dele, mas não consigo estar ao lado dele, sem lhe dizer uma única palavra. Parecemos desconhecidos. Um virado para o seu lado. E quem sabe a pensar um no outro. Estúpido, não é? Mas a vida é assim. Não pode haver sempre bons momentos."Maus momentos que só existem porque tu queres!" – A minha consciência falou.
Há maneira de calar esta voz que tenho dentro de mim? Perguntei e suspirei ao mesmo tempo. Senti alguém a olhar para mim, e olhei em direção a esse alguém. Justin estava a olhar para mim com o maxilar preso. Fuck, ele ficava tão hot assim!
Ficamos a olhar um para o outro durante uns 3 minutos. Ele esticou a sua mão para perto de mim e sem pensar em mais nada, pousei a minha sobre a dele. Ele entrelaçou os nossos dedos e puxou-me para perto de si. Apesar de termos o ombro do acento no nosso meio, o Justin abraçou-me com força.
- Desculpa por tudo. Não te queria magoar, juro. – Sussurrou conta o meu cabelo.
Não consegui-me controlar e desatei a chorar. Eu sou sensível e o Justin acabou de pedir desculpas, na maneira mais fofa. É impossível não chorar!
- Se pudesse voltar atrás, acredita que faria tudo de maneira diferente. Nada disto te tinha acontecido e nesta altura podias estar bem.
- Eu estou bem, Justin. Ao pé de ti eu estou bem. – Olhei para os seus olhos já molhados. – E a culpa foi minha. Se eu tivesse tido mais cuidado, não tinha sido atropelada. – Limpei algumas lágrimas.
- Se eu não tivesse dito aquilo, não tinhas saído de casa. Estavas livre de perigo!
- Não quero falar mais nisto. E além disso eu vou ficar bem. – Forcei um sorriso.
- O quê que o médico disse?
- Que com fisioterapia eu volto a andar. – Ambos sorrimos.
- Eu quero-te acompanhar. - Disse convicto.
- Não é preciso, Justin. Alias, a minha mãe deve ir comigo.
Quando pronunciei a palavra mãe, notei que o Justin ficou tenso.
- O quê que se passa?
- A tua mãe nem me deve querer á frente. Prometi-lhe que nada de mal te ia acontecer. – Desviou o olhar.
- A minha mãe só sabe que fui atropelada. Não sabe de mais nada. E nem precisa de saber.
- Eu adoro-te, miúda. – Puxou-me para perto de si e pousei a minha cabeça no seu peito.
- Também te adoro, miúdo. – Disse e ambos demos um riso.
E assim foi o resto da viagem. Fui encostada ao Justin, enquanto o mesmo me dava leves beijos no topo da minha cabeça.
Todos pensam que o Justin é um rapaz rude, frio, sem compaixão e sem caracter. Mas quase ninguém conhecia este lado do Justin. O seu lado carinhoso e apaixonado. Este era sem dúvida o lado que eu mais gostava no Justin. O seu lado carinhoso.
(...)
- Odeio-te ver assim. – Justin disse enquanto empurrava a minha cadeira de rodas.
- Já falamos sobre isso Justin. – Suspirei. – Não vai ser por muito tempo.
- É por causa dessas coisas que eu começo a pensar que talvez seja melhor estarmos separados. – Virei-me o mais rápido que pude, em sua direção.
- Justin, tu andas-te a beber?
- É verdade, Selena! Eu sei que vai voltar a acontecer. Eu sei que vou voltar a magoar-te e eu não quero isso. Não te quero ver sofrer, muito menos por minha causa.
- Odeio quando és negativo! Não podes pensar assim, Jus.
- É a verdade. – Parou e virou-me costas.
- Não, não é! Se tu gostares realmente de mim não é verdade! – Ele suspirou e passou a mão pelos seus cabelos.
Ele virou-se e veio em minha direção, agaichando-se.
- Nunca questiones o amor que sinto por ti! – A sua voz saiu fria e rouca.
- Desculpa... - Disse num sussurro.
Este era um lado que eu menos gostava no Justin. Será que ele não pode pensar positivo?
Estávamos os dois a olhar nos olhos um do outro, até que eu desvio o olhar, suspirando. Numa fração de segundos, umas mãos frias rodearam a minha cara e fizeram-me encarar o ser de olhos cor de mel. Aos poucos ele aproximou-se de mim e finalmente juntou os nossos lábios.Que saudade...
Vocês não imaginam as saudades que eu tinha de sentir os seus lábios contra os meus. O beijo era calmo, cheio de saudade. Era um beijo simples. Nada de língua.- Desculpem interromper. – Uma voz feminina disse depois de tossir.
Senti os seus lábios a afastarem-se dos meus e já sentia saudades. Queria mais.
- Senhora Gomez. – Ouvi a voz do Justin um pouco tremida.
- Olá Justin. Trata-me por Mandy. – Sorriu.
- Mãe! – Quase gritei, chamando a atenção dela.
- Filha... - Disse já com algumas lagrimas.
Ela veio até mim o mais de presa e abraçou-me fortemente.
- Filha, como é que tu estás? Estás melhor? Quem te fez isso? Porquê que não me telefonas-te? – Perguntou super depressa enquanto limpava algumas lagrimas.
- Não te preocupes mãe, eu estou bem. – Sorri para lhe tranquilizar.
- Quem é que te fez isso?!
- Eles ainda não apanharam o culpado. E por este andar nem vão apanhar, mas isso agora não importa. O que importa é que estou bem.
- Eu sempre te disse para teres cuidado ao atravessares a rua!
- Mãe... - Revirei os olhos.
- Eu vou querer saber melhor essa história toda!
- E o pai? – Tentei mudar um pouco o assunto.
- Eu pergunto o mesmo. – Suspirou. – Desde que foste para o Dubai que ele não aparece em casa.
- Já tentas-te ir ao trabalho dele?
- É claro que já tentei. Ou não estava lá ou estava a fazer um serviço fora da empresa.
- Vais ver que ele vai aparecer. – Tentei acalmar-lhe.
Pelas olheiras que ela tinha, ela já não dormia á uns bons dias.
Apesar de tudo o que o meu pai já lhe fez, eu sei que ela continua a gostar dele. E também sei que quando ele aparecer em casa vai estar todo bêbado e vai voltar a pedir para ter relações sexuais com ela, mesmo ela não querendo. Mas não se pode contrariar aquele filho da mãe, se não é ainda pior.
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Depressed (Parada)
FanfictionMais uma rapariga vítima de Bullying. Mais uma rapariga que se corta; Que sofre em segredo; Que toma comprimidos em excesso; Que chora todos os dias; Que tenta o suicídio; Que se acha gorda; Que deixa de comer; Mais uma rapariga com depressão. Mai...