Quando os meus pais me disseram que eu ia mudar de cidade, não tive reação. Os meus pais estavam a olhar para mim um pouco receosos com a minha reação.
- Não queres ir, pois não? - Perguntou o meu pai.
- Eu disse-te para não aceitares! Nós podiamos arranjar outra maneira de nos sustentar-mos!
- Parem. - disse e ambos olharam para mim. - É mesmo verdade que vamos sair desta cidade?
- Sim. -A minha mãe confirmou.
- É a melhor notícia que vocês me podiam dar! - disse e abracei a minha mãe.
Eu estava mesmo contente por ir mudar de cidade. Finalmente vou poder mudar de cidade! Pessoas novas, escola nova, professores novos e pessoas que não conhecem a minha história. Esta era a melhor noticia que me podiam ter dado.
- Asério? Tu queres mesmo ir para o Canadá?
- Sim! - disse como se a resposta fosse obvia. E era.
- E os teus amigos? - perguntou o meu pai.
- Não te preocupes. Eles não vão sentir a minha falta.
- Sendo assim, amanhã vou tratar de tudo.
- E quando é que vamos?
- Primeiro temos que falar com o diretor da tua escola.
- Mas mais ao menos quanto tempo?
- Duas semanas mais ao menos.
- Duas semanas?! Mas não podemos ir já amanhã? - sugeri.
- Nem penses! - disse o meu pai autoritário.
- Porquê?!
- Nem penses que vais reprovar este ano!
- Ás vezes és mesmo chato! - Revirei os olhos em protesto.
Saí da cozinha, peguei na minha mochila e fui para o meu quarto.
- Selena tu não me falas assim! - ouvi o meu pai gritar, enquanto eu subia as escadas.
Ingnorei completamente o meu pai e fechei-me no meu quarto. Finalmente em paz!
Este dia estava a correr muito bem. O que é de admirar, porque o normal desta casa é discuções e na escola sou gozada por toda a gente. Este é um daqueles dias raros. Quando tudo corre bem para o meu lado.
Tranquei a porta do meu quarto e liguei o computador. Deitei-me na cama e começei por pesquisar a minha futura cidade. Também procurei escolas e universidades e, pelos vistos tem uma boa universidade lá. Uma das mais conhecidas.
(...) Duas semanas depois (...)
- Selena, já estás pronta? - gritou a minha mãe no outro lado da porta.
- Estou quase! - gritei no mesmo tom que ela.
Na verdade eu ainda estava na cama, mas também não demoro muito tempo a preparar-me. Uma meia hora, mais ao menos.
Hoje era o dia da viagem. Duas semanas depois, finalmente vou partir para o Canadá. Finalmente vou deixar esta cidade e conhecer pessoas novas. Até pode ser que finalmente consiga fazer amigos.
Levantei-me da minha fiel amiga cama e fui direta para a minha casa de banho. Tomei um duche rápido e voltei para o meu quarto. Vesti umas calças pretas, um pouco rasgadas nas coxas, uma camisola de maga cumprida preta e o meu casaco á tropa. Fui até ao espelho e arranjei o meu cabelo. Passei lápis, rímel e pús um colar com um coração e meti quatro aneis. Sentei-me na cama e calçei os meus botins pretos. Vi se tinha tudo nas malas e desci.
- Finalmente chegaste! Pra quem já estava quase pronta. - A minha mãe disse enquando mexia na mala.
- Bom dia também para ti. O pai?
- Foi buscar o carro.
- Já está tudo pronto? - perguntei.
- Sim, não precisas de te preocupar. Mas agora que o teu pai não está aqui, está tudo bem na escola?
- Porquê que perguntas isso? - perguntei preocupada.
Será que quando ela foi á escola falar com o diretor ele contou-lhe alguma coisa? Eu juro que o mato!
- É que estou admirada de não te ires despedir de ninguém.
- Eles para mim não passam de colegas de escola. As pessoas só se aproximam de ti por interrese. As pessoas querem sempre algo em troca.
- Ok. - a porta da entrada abre-se e eu dou graças a deus.
- Já estão prontas? - o meu pai perguntou entrando dentro de casa.
- Sim. - Disse feliz por finalmente me ver livre desta cidade.
- Então vamos!
O meu pai pegou nas minhas malas e eu peguei na minha mala. Tirei os meus óculos de sol e pus-lhos. Saí de casa e entrei dentro do carro. Enquanto o meu pai punha as malas no carro, eu peguei nos meus fones e pus-los nos ouvidos. Liguei a minha música e encostei-me no banco.
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Depressed (Parada)
FanfictionMais uma rapariga vítima de Bullying. Mais uma rapariga que se corta; Que sofre em segredo; Que toma comprimidos em excesso; Que chora todos os dias; Que tenta o suicídio; Que se acha gorda; Que deixa de comer; Mais uma rapariga com depressão. Mai...