Depressed (Parada)

40º Capítulo

- An? - Olhou-me pelo retrovisor, com uma sobrancelha arqueada. 

- O Justin. 

Ryan olhou pelo espelho e deu um riso. Ele já sabia que Justin vinha atrás de nós.

- Ele quis vir. - Encolheu os ombros. 

- Nunca pedi tanto para chegar a casa. - Ajeitei-me no banco do carro e encostei a cabeça ao vidro do carro. 

(...)

Depois de quase 10 minutos de viagem, finalmente cheguei a casa da minha mãe. Saí do carro e Ryan também saiu. 

- Valeu a pena a viagem? - Perguntou enquanto abria a mala do carro. 

- Não. 

- Vocês vão ter que falar, mais tarde ou mais cedo. - Pegou na minha mala e pousou-a no chão. 

- Se depender de mim, não. 

- Não sejas assim. 

- É verdade, e não quero falar mais disto. Amanhã eu quero ir ver a Pattie, mas como é óbvio vou precisar da tua ajuda. 

- Ele só vai a casa dormir, podes ir a que horas quiseres. 

- Nem quero pensar no que ele anda a fazer. - Suspirei. - Obrigada por tudo. - Abracei-o. 

- Não tens de agradecer. Vai dando notícias! - Sorriu. 

Acenei à Jasmine e fui até à entrada de casa. Bati à porta e 1 minuto depois a minha progenitora abriu a porta com um enorme sorriso. 

- Filha! - Abraçou-me. - Já estava com saudades!

- Foram só dois dias, mãe. - Entrei dentro de casa e fechei a porta. - Como é que tem estado a Lily? - Fui até à sala. 

- Bem, já não acorda tantas vezes à noite, o que é bom para mim. - Sentou-se no sofá e sentei-me ao seu lado. - E como é que correu a viagem? 

- Correu bem, a Jasmine levou-me ate Beverely Hills! Sempre quis ir lá, aquilo é lindo. 

- Sentes-te melhor?

- Não é uma viagem que me vai fazer esquecer das coisas, infelizmente. - Pousei a minha cabeça na parte de trás do sofá. - Tem estado tudo bem por aqui?

- Sim, dentro dos possíveis. A Pattie tem ajudado.

- Amanhã gostava de ir lá.

- Fazes bem, ela gosta muito de ti.

- Ela é uma grande mulher e um exemplo a seguir.

- Selena, eu preciso de te contar uma coisa.

Olhei para a minha mãe um pouco confusa. Esta estava séria e notava-se que estava nervosa.

- O quê que se passa? - Finalmente perguntei.

- O teu pai tem andado por aqui.

Olhei para a minha mãe surpreendida com o que acabara de dizer. Já se tinha passado tanto tempo e já se passaram tantas coisas, que nunca mais me tinha lembrado do meu pai.

- Ele já veio cá?

- Felizmente não. E espero que se algum dia se dignar vir cá, que esteja sóbrio.