16º Capítulo

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Olhei para ele e ele nesse momento estava a tirar a toalha que se encontrava na sua cintura. Virei a cara o mais rápido possível e fiz de conta que não tinha visto nada. Na verdade eu não tinha visto nada.

- Escusas de virar a cara.

Olhei discretamente para ele e graças a deus ele estava de boxers.

- Vais-me explicar o que realmente aconteceu?

- O Brooklyn deu-te alguma bebida?Perguntou enquanto se sentava á minha beira na cama.

- Sim, porquê?

- Porque ele pós uma droga na bebida, etu adormeces-te. Depois ele ia abusar de ti.Quando ele disse a última frase o seu maxilar contraiu.

- Ele o quê? Disse num guincho.

- Depois a tua amiga veio ter connosco a perguntar por ti. Como já conheci uma rapariga que esteve na mesma situação que tu, eu sabia muito bem o que ele ia fazer. Só que tu tiveste sorte e eu consegui chegar a tempo.

- Na mesma situação que eu? Como assim?Olhei para ele confusa.

- És nova na escola, na cidade, és inocente, és bonita e tens um bom corpo. Disse olhando-me nos olhos.

- Tu também achas isso sobre mim?

- Toda a gente acha isso sore ti. Tu és linda.Acariciou-me a bochecha.

- Tu só dizes isso me engatares.Virei-lhe a cara.

- Porquê que tudo o que te digo achas que é para te engatar?

- Porque é verdade! Tu só me queres levar para a cama. Olhei-o.

- Se eu só te quisesse levar para a cama achas que ontem tinha ido á tua procura e tinha partido os cornos á quele filho da puta?

- Sim!

- Vê se perceves que eu não sou assim. Sim, até posso ter tido muitas gajas e que já curto com muitas gajas, mas...

- Mas... - Incentivei-o a falar.

- Mas quando é que tu perceves que eu não te quero só levar para a cama, e sim ter alguma coisa séria! Olhou para mim com um olhar sincero.

Será que ele está a dizer a verdade? Os olhos dele parecem sinceros. Parece que ele está a dizer a verdade, mas por outro lado... Eu não percebo nada disto! Em toda a minha vida ninguém gostou de mim. Ninguém se declarou a mim. Eu sou só uma menina virgem que mudou de país e que toda a gente a quer tirar a virgindade. Neste momento eu só queria ir para minha casa, fechar-me no meu quarto e chorar. Eu não fui feita para isto. Não fui feita para ninguém. Eu não sei como lidar com um rapaz. Provavelmente ele ia-se fartar de mim e trocar-me por outra.

- Eu vou-me embora. Levantei os lençóis que estavam em cima das minhas pernas e levantei-me da cama.

Peguei nas minhas Vans e abri a porta, mas o Justin interrompeu-me. Ele fechou a porta ferozmente e encostou-me á mesma.

- Não vais embora até me dizeres o que sentes por mim. – Disse contra os meus lábios.

Ele estava demasiado perto de mim. Demasiado perto! O seu corpo estava colado ao meu, mais junto era impossível. Ele apertou-me mais contra a parede e senti o seu membro contra a minha intimidade. O meu deus! Uma onde de prazer (?) percorreu-me pelo corpo.

- Fala. Sussurrou.

- Eu não sinto nada por ti. Disse no mesmo tom que ele.

- Não me acredito.

Ele tinha razão. Por mais que eu queira negar, eu sinto alguma coisa por ele. Ele mexe comigo.

- Vais dizer que não ficas toda caidinha quando eu te faço isto.agarrou a minha cintura e beijou-me o pescoço.

- Justin pára... - Tentei afasta-lo mas não deu em nada.

- Vais continuar a dizer que não sentes nada por mim?

Fiquei em silêncio e ele beijou-me. Começou por ser um beijo feroz e logo passou a ser um beijo calmo. Ambos estávamos a desfrutar. Meti os meus braços á volta do seu pescoço e ele desceu as mãos até às minhas coxas, agarrou-as e pegou em mim. Prendi as minhas pernas á volta da sua cintura e ele voltou a empurrar-me contra a porta.

- Justin... - Disse entre o beijo.

- Shiu... - Disse e voltou a beijar-me.

Senti as minhas costas a separarem-se da porta e em seguida a baterem contra um tecido macio e mole. Justin deitou-se por cima de mim e começou a deixar leves beijos no meu pescoço.

Se eu estava preparada para isto? Não sei. Se estou nervosa? Sem dúvida! Se quero mesmo fazer isto? Não. Sempre pensei que ia perder a minha virgindade com o amor da minha vida. Que ia ser tudo com calma. Ia ser tudo perfeito... O Justin sem dúvida alguma é o amor da minha vida. Eu não quero perder a virgindade com um qualquer que só quer me levar para a cama. Por mais que ele diga que gosta de mim, eu vou estar sempre de pé atrás. Eu sou assim. Não confio nas pessoas. E á medida que o tempo passa fica mais difícil, eu confiar nas pessoas e me aproximar de alguém. Cada vez me refugio mais. Prefiro mil vezes estar o fim-de-semana fechada no meu quarto do que ir sair com uns amigos e apanhar uma bebedeira.

Enquanto Justin me dava leves beijos no pescoço e passava as mãos pela lateral do meu corpo, eu admirava cada gesto seu. As suas mãos foram até á beira do meu top e ele olhou para mim como se me tivesse a pedir autorização para tirar.

Estarei eu preparada para isto?
Será a altura certa?
Ele será o tal?   

Depressed (Parada)Onde histórias criam vida. Descubra agora