Assim que vi que o carro tinha parado, olhei através do vidro e fiquei de boca aberta. Ele chama a isto de casa? É que para mim isto é uma mansão! Saí do carro e fiquei a observar a sua mansão.
- Pensei que vivias numa casa.- disse enquanto admirava cada recanto.
- Ainda não viste nada, vamos entrar?
- Sim.
Ele começou a andar e eu limitei-me a seguir-lho. Assim que entramos dentro de casa, uma mulher com os seus 30 anos entrou na sala.
Aquela era a irmã dele? Ela ainda vive com os pais? Coitada.- Olá Justin. – disse toda sorridente.
- Oi. – disse um pouco seco.
- Não me vais apresentar...
- Selena esta é a minha mãe, Pattie. Mãe esta é a Selena uma amiga. – disse interrompendo-a.
- Olá. – sorri para a suposta mãe dele.
- Olá querida!
Mas como é que é possível ela ser mãe dele? Ela é tão nova e é tão linda! Só espero que quando chegar á idade dela, que esteja assim tão bem conservada.
- Eu pensei que ias almoçar a casa do Ryan, por isso já almocei.
- Não te preocupes. Eu encomendo uma pizza.Ele agarrou na minha mão e puxou-me.
- Nós vamos lá para cima! – disse enquanto me puxava pelas escadas a cima.
Percorremos um corredor enorme e entramos na última porta.
- Fica á vontade. Eu já venho. – disse e saiu.
Olhei á minha volta e estávamos numa sala de cinema. Também tinha um bilhar e matraquilhos. Ele devia de ser rico! Os sofás da sala eram todos sofisticados, e a televisão era enorme! E quando digo enorme, é mesmo enorme! É a maior televisão que alguma vez vi! Fui até a umas estantes que tinha e observei as várias fotografias. Tinha fotos de ele em bebé e em adolescente. Havia uma em que ele estava careca. Peguei na moldura e simplesmente parti-me a rir.
- Eu sei que sou muito lindo. – tirou a moldura das minhas mãos e voltou a pôr na estante.
- Desculpa, mas sempre que olhar para essa foto vou-me partir a rir! – disse entre risos.
Ele pegou na moldura e virou-a para baixo.
- Assim está melhor?
- Sim, muito. – recompus-me. – Tu até eras fofo quando eras pequeno.
- E ainda continuo. – disse todo convencido.
- Só que não. – olhei para ele com uma sobrancelha levantada.
- Não me olhes assim, é verdade.- Quando é que tu páras de ser convencido?
- Quando tu parares de dizer que eu não sou nada de especial. – aproximou-se.
- É verdade. Tu não és nada de especial.
- Não mintas a ti mesma.
- Tu achas-te mesmo bom não achas? Só que não és nada de especial. E tens que te mentalizar disso. – ele riu-se. – E aposto que estás habituado a comer as novas alunas, mas ficas já a saber que entre tu e eu não se vai passar nada. – disse e afastei-me dele.
- Quem te disse que sou assim?
- Ninguém, mas aposto que és assim. Um come todas.- Lamento dizer-te, mas estás completamente enganada. Não sou desses.
- Sim, pois claro.
- Porquê que não acreditas no que te digo? – voltou a aproximar-se de mim.
- Porque tu és assim.
- Assim como?
- És mulherengo! Tu dizes isso só para tentar-me levar para a cama e depois de te ter contado aquilo tudo, deve-te dar mais pica. Sei lá! – olhei para o chão.
- Independentemente do que se passar, eu nunca vou contar a ninguém o que me contaste e muito menos aproveitar-me disso. Não te vou obrigar a nada. Mas se quiseres... - interrompi-o.
- Estás a ver! – dei-lhe uma chapada no peito. – Depois dizes que não és assim. – revirei os olhos.
- Nunca te disseram que as aparências enganam? – deu de ombros.
- Já agora, porquê que me beijas-te... - perguntei quase num sussurro.
- Não podemos mudar de assunto? – pós os meus cabelos para trás.
- Não. Eu preciso de saber.
- E se eu não te quiser dizer? – olhei-o.
- Eu obrigo-te! – disse e ele riu-se.
- E o que me vais fazer? – disse e encostou-me á parede. – vais-me bater é?
Assim que senti as suas mãos na minha cintura, um arrepio percorreu o meu corpo e o meu coração parou de bater. Eu queria falar, mas não conseguia. O quê que se está a passar comigo?
- Se... se for preciso. – acabei por dizer.
- Tu nem eras capaz de matar uma mosca, quanto mais bater-me. – disse com um sorrisinho parvo na cara.
- Por de trás desta cara de santinha pode estar uma fera. – afastei-o de mim.
- Porquê que foges de mim?
- Porque sim.
- Tens medo de não me resistires? – disse vindo até mim.
- Nem tentes-te aproximar. – disse e apontei-lhe o dedo indicador. – E ainda não respondes-te á minha pergunta. Porquê que me beijas-te?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Depressed (Parada)
FanficMais uma rapariga vítima de Bullying. Mais uma rapariga que se corta; Que sofre em segredo; Que toma comprimidos em excesso; Que chora todos os dias; Que tenta o suicídio; Que se acha gorda; Que deixa de comer; Mais uma rapariga com depressão. Mai...