10º Capítulo

110 5 0
                                    

Assim que vi que o carro tinha parado, olhei através do vidro e fiquei de boca aberta. Ele chama a isto de casa? É que para mim isto é uma mansão! Saí do carro e fiquei a observar a sua mansão.

- Pensei que vivias numa casa.- disse enquanto admirava cada recanto.

- Ainda não viste nada, vamos entrar?

- Sim.

Ele começou a andar e eu limitei-me a seguir-lho. Assim que entramos dentro de casa, uma mulher com os seus 30 anos entrou na sala.
Aquela era a irmã dele? Ela ainda vive com os pais? Coitada.

- Olá Justin. – disse toda sorridente.

- Oi. – disse um pouco seco.

- Não me vais apresentar...

- Selena esta é a minha mãe, Pattie. Mãe esta é a Selena uma amiga. disse interrompendo-a.

- Olá. – sorri para a suposta mãe dele.

- Olá querida!

Mas como é que é possível ela ser mãe dele? Ela é tão nova e é tão linda! Só espero que quando chegar á idade dela, que esteja assim tão bem conservada.

- Eu pensei que ias almoçar a casa do Ryan, por isso já almocei.
- Não te preocupes. Eu encomendo uma pizza.

Ele agarrou na minha mão e puxou-me.

- Nós vamos lá para cima! – disse enquanto me puxava pelas escadas a cima.

Percorremos um corredor enorme e entramos na última porta.

- Fica á vontade. Eu já venho. – disse e saiu.

Olhei á minha volta e estávamos numa sala de cinema. Também tinha um bilhar e matraquilhos. Ele devia de ser rico! Os sofás da sala eram todos sofisticados, e a televisão era enorme! E quando digo enorme, é mesmo enorme! É a maior televisão que alguma vez vi! Fui até a umas estantes que tinha e observei as várias fotografias. Tinha fotos de ele em bebé e em adolescente. Havia uma em que ele estava careca. Peguei na moldura e simplesmente parti-me a rir.

- Eu sei que sou muito lindo. tirou a moldura das minhas mãos e voltou a pôr na estante.

- Desculpa, mas sempre que olhar para essa foto vou-me partir a rir! – disse entre risos.

Ele pegou na moldura e virou-a para baixo.

- Assim está melhor?

- Sim, muito.recompus-me. Tu até eras fofo quando eras pequeno.

- E ainda continuo. – disse todo convencido.

- Só que não. – olhei para ele com uma sobrancelha levantada.

- Não me olhes assim, é verdade.

- Quando é que tu páras de ser convencido?

- Quando tu parares de dizer que eu não sou nada de especial. aproximou-se.

- É verdade. Tu não és nada de especial.

- Não mintas a ti mesma.

- Tu achas-te mesmo bom não achas? Só que não és nada de especial. E tens que te mentalizar disso. – ele riu-se.E aposto que estás habituado a comer as novas alunas, mas ficas já a saber que entre tu e eu não se vai passar nada.disse e afastei-me dele.

- Quem te disse que sou assim?

- Ninguém, mas aposto que és assim. Um come todas.

- Lamento dizer-te, mas estás completamente enganada. Não sou desses.

- Sim, pois claro.

- Porquê que não acreditas no que te digo? voltou a aproximar-se de mim.

- Porque tu és assim.

- Assim como?

- És mulherengo! Tu dizes isso só para tentar-me levar para a cama e depois de te ter contado aquilo tudo, deve-te dar mais pica. Sei lá! – olhei para o chão.

- Independentemente do que se passar, eu nunca vou contar a ninguém o que me contaste e muito menos aproveitar-me disso. Não te vou obrigar a nada. Mas se quiseres... - interrompi-o.

- Estás a ver! – dei-lhe uma chapada no peito. – Depois dizes que não és assim.revirei os olhos.

- Nunca te disseram que as aparências enganam?deu de ombros.

- Já agora, porquê que me beijas-te... - perguntei quase num sussurro.

- Não podemos mudar de assunto?pós os meus cabelos para trás.

- Não. Eu preciso de saber.

- E se eu não te quiser dizer?olhei-o.

- Eu obrigo-te!disse e ele riu-se.

- E o que me vais fazer? – disse e encostou-me á parede. – vais-me bater é?

Assim que senti as suas mãos na minha cintura, um arrepio percorreu o meu corpo e o meu coração parou de bater. Eu queria falar, mas não conseguia. O quê que se está a passar comigo?

- Se... se for preciso. – acabei por dizer.

- Tu nem eras capaz de matar uma mosca, quanto mais bater-me. – disse com um sorrisinho parvo na cara.

- Por de trás desta cara de santinha pode estar uma fera. – afastei-o de mim.

- Porquê que foges de mim?

- Porque sim.

- Tens medo de não me resistires? – disse vindo até mim.

- Nem tentes-te aproximar. – disse e apontei-lhe o dedo indicador. E ainda não respondes-te á minha pergunta. Porquê que me beijas-te? 

Depressed (Parada)Onde histórias criam vida. Descubra agora