Boa leitura!
Frederick.Depois que o médico saiu, as garotas começaram a fazer gestos uma para outra. Aiden, ficou fitando o teto por um bom tempo. Christopher estava com raiva do tal médico e eu, bem, eu estava observando os outros, até que resolvi quebrar o silêncio.
-Vamos conversar.- eles me olham confusos e continuo- Tenho certeza de que estão curiosos para saber do passado de algumas pessoas aqui dentro- digo olhando para Aubrey.- Que tal? Assim podemos nos considerar amigos.-digo.
-Acho bom.Podemos começar por você. Como ou melhor por que você matou alguém, fede fede?- Tessa me pergunta.
-Foi questão de vida ou morte, e entre a minha e a dele, eu preferiria a minha.-disse grosso tentando encerrar o assunto, acho que eles perceberam pois Forest olhou para Aubrey que estava de cabeça baixa.
-Aubrey.- disse Forest.
-Tentei suicídio porque não aguentava mais viver naquela casa, é como se eu não existisse, como se eu fosse um fantasma. Não valia a pena viver.-disse.
-Com quantos anos você tentou o primeiro suicídio?- perguntou Christopher.
-Nove. Depois da minha décima crise da pânico.- disse Aubrey.
-Ta, acho que a ideia do Fede fede não foi tão boa assim, a começar por ele que não quis falar nada.- diz Tessa.
Acho que todos esquecemos do que aconteceu e continuamos sem falar nada, sem fazer nada. Olho para o lado para falar com Aubrey e percebo que ela dormiu. Fico a observando, tão serena, tão linda.
-Você gosta dela?- pergunta Forest me olhando.Hesito por um instante mas respondo.
-Não sei. Talvez, daqui a uma mês eu lhe responda.- digo.
-Não me esquecerei de perguntar novamente.- ela diz e sorri- Vocês formam um casal legal. - ela diz ainda sorrindo.
-Obrigada pelo apoio.- digo rindo também.
Somos interrompidos pelo barulho da porta. Lá entram três enfermeiras, cada uma com duas bandejas de comida. Provavelmente o almoço.
Em minha bandeja tinha arroz, batata e cenoura. Realmente comida de hospital é uó! Olho para os outros e eles tem as mesmas expressões que eu. Aubrey que acabara de acordar observava sua comida perplexa. Christopher foi o primeiro a começar a comer. Meio irônico.
Já havíamos comido, Tessa, Forest e Christopher dormiam. Aiden fitava o teto pensativo. Aubrey mexia com uma das mechas de seu cabelo e eu, bem, eu os observava. Ouço a porta do quarto ser batida fortemente, então o doutor o qual não me lembro o nome entra no quarto acordando os que estavam dormindo.
-Faremos testes em vocês durante essa semana, dependendo do resultado, semana que vem vocês serão transferidos para um hospital nas Ilhas Diomedes,Chukotka. Do mais é só o que precisam saber, amanhã, os teste são com você Aubrey. Ficará de jejum até amanhã, passar bem.- dito isso se retirou.
-O que vocês acham que tem nas ilhas Diomedes e não tem aqui, e o que vão fazer com a gente?- pergunta Forest atordoada.
-Não sei. Não sei.- diz Auden pensativo. Ele, era sem dúvidas o mais superior, não denonstra seus sentimentos e está sempre assim, analisando as coisas. Ela sem dúvida é um pouco estranho.
Deixo isso de lado e me viro para falar com Aubrey.
-Que azar, sem comer até amanhã ein?- pergunto tentando tirar o ar pesado que ali estava. Ela esboça um pequeno sorriso e volta ao normal.
-Alguma coisa é boa nisso, eu vou ser a primeira e sendo a primeira eu Adianto o pior.- ela diz.
-Você acha que os testes vão ser dolorosos.- pergunto.
-Para me manterem em jejum, é porque terei que fazer exame de sangue, e para cada um ter um dia de exame, então é porque serão muitos exames, e não um ou dois.
-Mas achei que era só uma convulsão.- digo.
-Eles estão escondendo algo de nós, isso é certo.Para não nos contarem, é algo importante, muito importante.-ela diz e termina com um suspiro.
O que será que aconteceu, o que será que nós somos? Tudo começa a girar na minha cabeça e uma voz estridente a preenche.
"Está na hora, está na hora, assim tudo será nosso, tudo!"
Meus olhos estão cerrados em uma fina linha e uma dor de cabeça insuportável continua me atordoando. Apenas o que vejo são os outros da mesma forma que eu. Menos um loira. Ela é a única que olha para todos e suas mãos estão tremidas, então ela me olha e apenas vejo um escuro, um escuro profundo.
Flechas, sangue, drones, corpos. O verdadeiro caos. Então percebo que estou apontando uma arma para uma garotinha. Deveria ter uns dez anos ou menos.
-Você é uma humana.- digo e atiro. Agora, ela está caída ao chão com um poça de sangue se formando ao seu redor.
Acordo de susto e me sento na cama arfando. Tudo está escuro. Deve ser noite. Olho para Forest, dormindo. Tessa, dormindo, Christopher acordado, Aubrey dormindo e Aiden acordado.
-Vocês viram a Aubrey, quando estávamos com dor de cabeca?- pergunta Christopher.
-Sim.- respondemos eu e Aiden em coro.
-Ela estava com os olhos pretos, completamente pretos.- diz Christopher.
- O que vocês acham que aconteceu com ela? Será que era ela que estava fazendo isso com a gente?- pergunto.
-Algumas pergunta não tem respostas.- diz Aiden.
-Ta mas quando vocês estavam com dor de cabeça vocês não ouviram uma voz?- pergunta Christopher.
-Sim.- digo.
-Sim.- diz Aiden e continua.- "A hora está chegando você não deve fraquejar"
-"Você saberá o que fazer, na era da destruição vocês são os dertruidores, para conseguirmos dominar os destruídos."- diz Christopher.
-"Está na hora, está na hora, assim tudo será nosso."- repito o que eu vi.
-"Está na hora da humanidade cair de joelhos por quem merece"- diz Tessa se levantando.- Foi isso que eu ouvi.
-"A era da destruição, da nossa salvação, são vocês"- diz Forest também se levantando.
Por um impulso todos olhamos para Aubrey, ela estava se revirando na cama e dizendo palavras sem nexo. Até que ela se levanta e diz ofegante.
-"Este, é o começo do Fim"
*
Espero que tenham gostado!
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Infectados
Science FictionPara a ciência, tudo tem uma solução, por mais difícil que seja, mas e se ao invés de uma solução, encontrassem outra forma de vida? Uma mutação genética que seria capaz de disponibilizar habilidades incríveis ao ser humano. E se essa mutação desse...