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Lucas me ajudou a arrumar o tapete de onde não deveria ter saído. Depois que arrumamos os móveis de forma correta, parecia que o tapete pertencia aquele lugar.

-Ai como eu amo!

Lucas olhou pra mim e sorriu.

-Também te amo muito!

-Eu estava falando do tapete, mas obrigada!

Lucas gargalhou e balançou a cabeça como se tivesse escutado a coisa mais absurda do mundo.

-Se eu soubesse que você ia amar mais um tapete do que eu, nem teria apresentado vocês dois!

-Você nunca amou tanto algo assim?

-Sim!

-O quê?

-Uma figurinha.

-Sério?

-Sim! Eu fiquei meses comprando pacotes de figurinhas na banca de jornal só pra conseguir aquela.

-E você conseguiu?

-Consegui! Eu carregava ela para todos os lugares! Eu dormia com ela embaixo do travesseiro.

-Você ainda tem ela?

-Não... meu irmão rasgou quando brigamos uma vez.

-Ele foi um idiota!

-Sim. Na maior parte do tempo ele era um idiota.

-Devia ser inveja!

-Claro!

Lucas sorriu, mas um sorriso triste. Mudei de assunto e comecei a falar sobre a vinda de Pedro aqui.

-Eu não quero mais me sentir daquela maneira. Foi horrível não dizer nada!

-Você devia ter falado que eu estava trabalhando.

-Não! Isso é quebrar uma das regras! Já quebrei quase todas, não podia quebrar mais uma!

Lucas riu e me beijou. Me afastei dele quando o beijo começou a ficar mais intenso.

-Continuando... espero que você não faça eu ne sentir assim de novo!

-Me desculpa pequena. Mas eu não fiz nada com ela! Ela me contratou somente pra acompanhá - la alo. Nós nem beijamos na boca. Eu juro!

-Sério?

-Sério! Eu não quero fazer você se sentir assim! Eu sinto muito mesmo!

-Tá bom!

-Então foi por isso que você me ligou falando igual vitrola?

-Vitrola uma ova! Só falei um pouco mais rápido que o normal!

-Você parecia uma matraca! Eu não sabia se ria ou se corria até a sua casa pra te socorrer.

-Você é um idiota!

-Acho que fico assim perto de você! Deve ser contagioso!

Dei um tapa em seu braço e fui para a cozinha. Minha barriga estava roncando de fome.

-A gente podia pedir uma pizza o que você acha?

-E uma de chocolate também?

-Sim! Se você quiser!

-Eu quero!

Lucas pediu uma pizza de quatro queijos e uma de brigadeiro com morango. Enquanto esperávamos a pizza, Lucas foi ao banheiro e na mesma hora a campainha tocou. Peguei o dinheiro que ele deixou em cima da mesa e fui atender a porta. Ao abrir a porta, fui surpreendida com Pedro grudando sua boca na minha. Comecei a esmurrar ele, mas ele era bem mais forte que eu. Mordi sei lábio com tudo fazendo de gritar de dor. Senti gosto de sangue em minha boca e cuspi jo chão.

-Eu não consigo ficar sem você Nati! Preciso de você comigo! Aquele filho da puta não te merece!

Pedro segurou meus ombros e começou a chacoalhar.

-O filho da puta não merece ela mesmo, mas está fazendo o possível para merecer. Tira sua mão imunda dela antes que eu te arrebente interino seu pedaço de merda!

Lucas falou atrás de mim e meu corpo até arrepiou com sua voz grossa e dominante. Pedro soltou meus ombros olhando para Lucas e para mim.

-Que porra ele tá fazendo aqui? Ele tava com outra ontem!

-Não estava não! -Lucas respondeu.

-Eu vi seu filho da puta! Vai ter coragem de negar na frente dela? Ela mesma te viu!

-Exatamente! Ela viu e você é a última pessoa que tem a ver com alguma coisa disso! Então eu sugiro que vá embora agora antes que eu não consiga me controlar mais!

-Você vai aceitar isso nati?

-Vai embora! Quem é você pra falar de fidelidade?

Pedro olhou surpreso pra mim e foi caminhando pra fora da casa

-Você vai se arrepender de estar fazendo isso Nataly! E ei vou ser o primeiro a te ver cair!

Pedro saiu andando com pressa e Lucas fechou a porta. Ele me abraçou e a campainha tocou mais uma vez. Abri a porta furiosa.

-Vai à merda seu filho da puta! Seu covarde! Eu te odeio! Quero que você exploda seu bosta!

O motoqueiro que estava com a pizza na mão, me olhou com olhos arregalados. Lucas me empurrou pra dentro de casa e tirou o dinheiro da minha mão. Entregou ao rapaz e pediu desculpas. Disse que eu tinha problemas mentais e que tinha esquecido de tomar meus remédios. Ele entrou rindo em casa e eu quis bater nele inteiro.

-Qual a porra do seu problema?

-O quê? - ele olhou com uma cara de sonso.

-Foda-se!

Fui para para a cozinha pegar os pratos. Comi igual uma pessoa que não vê comida à muito tempo. Lucas tentou me convencer a deixar ele dormir em casa,mas bati o pé falando que não! Se elege tinha regras, eu também tinha! Ele só passaria a noite comigo depois que me esclarecesse toda a história!

Tá achando o que? Eu sou difícil!

NAMORADO ALUGADO (DEGUSTAÇÃO) Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora