.::.8.::.

77.4K 6.1K 1.6K
                                    

Quando estávamos chegando perto da chácara, André parou em um posto de gasolina e pediu que eu aguardasse no carro. Um tempo depois ele voltou com um pedaço de torta de morango e um salgadinho de saquinho.

-Você precisa experimentar essa torta! Ela é surreal! E já vou te avisando: você nunca mais vai encontrar outra igual!

-O que ela tem de tão especial?

-Você vai ter que comer pra saber! - olhei para ele desconfiada.

-Você cuspiu na torta? - ele gargalhou.

-Claro que não! Você acha que eu ia estragar algo tão saboroso com um cuspe?

-Vai saber ne?!

Ele tirou a colher do saquinho e abriu a embalagem da torta. Pegou uma colherada e colocou na minha boca. Assim que senti o sabor fechei os olhos. Ela era magnificamente divina.

-AI MEU DEU!

-Não falei?

-Isso é feito de que senhor?

-Eu não faço a mínima idéia, mas você precisava comer ela!

Ele me deu outra colherada e mastiguei devagar para sentir todo o sabor.

-Hummmm. Isso é melhor do que um orgasmo André! - falei de olhos fechados.

-Isso porque você não fez sexo comigo.

Abri os olhos e encarei ele.

-Você sempre se acha assim?

-Eu não me acho! Só estou sendo realista!

-Ok!

-Come logo essa torta antes que eu mude de idéia e coma sozinho!

-Se você tentar pegar a torta, nós iremos ter uma briga muito feia!

Ele gargalhou e deu partida no carro. Dei duas colheradas para André, mas só pra ele achar que eu não sou mesquinha. Se tem uma coisa que vocês precisam saber sobre mim, é que eu não divido comida! Pronto falei!

Trinta minutos depois, chegamos na chácara. O lugar era absolutamente maravilhoso. André estacionou o carro onde estavam os outros carros, desceu do carro e me ajudou a descer. Ele segurou em minha cintura enquanto eu deslizava até o chão. Segurei em seus ombros e cochichei em seus ouvido.

-Posso por uma calcinha agora? - ele gargalhou.

-Pode!

André segurou em minha mão e abriu a parte de trás da picape. Abri o bolso lateral da minha mala e peguei a primeira calcinha que consegui. Ela era de renda preta, fio dental e completamente minúscula.

-Se for pra por uma coisa tão pequena dessa era melhor ficar sem!

-Vai à merda!

Me apoiei na picape e passei uma perna e depois a outra na calcinha e por fim a vesti. O alívio foi imediato. Suspirei e André deu risada.

-Onde que entra?

-O quê? O que... que.. entra o que?

-Na casa!

-Ah...Eu não sei.

Olhamos a redor e vimos que depois da cerca, tinha uma casa imensa, mas eu não sabia onde era a entrada principal. André pegou as malas e começamos a andar. Ele segurou minha mão mais uma vez. A dele era gigante então cobria quase a minha toda. Ele entrelaçou os dedos nos meus e percebi o quanto eu sentia falta de um gesto daquele.

NAMORADO ALUGADO (DEGUSTAÇÃO) Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora