An Inexplicable Love

FOUR

NOTAS DA AUTORA
Tá aí gente, o segundo att do dia (como eu prometi). E se tudo der certo daqui pra meia noite eu posto mais um. Espero que gostem... Boa leitura!

Os trinta minutos de espera, designados por Malfoy, passaram se arrastando. A sala estava tão silenciosa que se uma agulha caísse no chão seria capaz de escutar o barulho.
As únicas coisas que eu tinha pra fazer eram: Ficar olhando a hora ou observar Malfoy dormindo. A segunda opção pareceu-me mais proveitosa.
E foi o que eu fiz. Logo após lançar um feitiço na poção, que faria um barulho de despertador assim que passasse os trinta minutos, comecei a observar Malfoy.
Seu peito levantando levemente enquanto ele respirava, o cabelo caindo sobre seus olhos acinzentados, que estavam fechados naquele momento, dando-lhe um ar angelical. O leve bico manhoso que tinha se formado em seus lábios e suas mãos cobertas por seu moletom. A palavra que definiria Draco Lucius Malfoy naquele momento definitivamente seria 'adorável'.
Quem diria que um dia eu, Harry James Potter, iria descrever Draco doninha Malfoy como 'adorável'. Se Rony e Hermione escutassem meus pensamentos desde que a aula de poções começou, com certeza iriam rir-se de mim e me chamariam de louco. Mas não existia qualquer outra palavra que descreveria Malfoy de modo correto, talvez 'fofo' descrevesse.
Ouvi um baixo barulho de despertador e rapidamente dirigi minha atenção para a poção. Rapidamente peguei as asas de morcego, e lendo minhas anotações adicionei oito delas à poção e em seguida mexi em sentido antihorário seis vezes. Assim que terminei de fazer o que me foi pedido tão educadamente pelo loiro aguado, me virei em sua direção e toquei em seu ombro levemente, chamando baixinho seu nome.
Demorou um pouco mais do que o esperado para Draco acordar, mas assim que acordou ele bocejou e espreguisou-se lentamente, me fazendo lembrar de um filhote de gato. Logo em seguida ele me olhou de lado e voltou sua atenção para a poção, desligando o fogo e mexendo o conteúdo do caldeirão com a testa franzida.
-Quantas asas de morcego você colocou aqui, Potter? E quantas vezes você mexeu nela?- perguntou-me virando-se em minha direção.
Confuso com a pergunta, respondi-lhe.
-A quantidade que estava escrita nas instruções do Professor Snape, Malfoy, o que você acha que eu iria colocar? - levantei minha sobrancelha e o observei corar levemente e virar o rosto em outra direção.
-É só que a poção está mais grossa e com a cor mais forte do que está descrito no livro. Mas... Bem... Deve ser coisa da minha cabeça. Esquece, Potter.
Mas a expressão em seu rosto mostrava que ele não tinha tanta certeza de que estava errado sobre suas conclusões, e algo no meu subconsciente me dizia que eu devia contar-lhe o que fiz exatamente na poção, que se eu não lhe contasse algo que mudaria completamente minha vida ia acontecer. Mas não ia dar o braço a torcer. Não daria à Malfoy o gosto da vitória.