EIGHT

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Senti seus olhos queimarem em cima de mim, olhei em sua direção e observei um ligeiro tom de surpresa em sua face. Ele olhava de mim para a criança em meus braços, como se não acreditasse que Malfoy estivesse tão a vontade comigo. E para falar a verdade, eu também estava surpreso com isso. Na minha mente, quando Malfoy era bebê ele era insuportável, não obedecia ninguém e não se aproximava de pessoas que não conhecesse. Mas nesse pouco tempo ele se mostrou ser totalmente ao contrário do que eu imaginava.
- O diretor Dumbledore quer vê-lo imediatamente em sua sala, Sr Potter. Ele irá contar-lhe, em detalhes, o que irá acontecer com os dois, e qual será o seu castigo. A senha é feijãozinhos de todos os sabores. Agora saia de minha sala que tenho aulas para dar.
Mal ele terminou sua fala, eu já estava saindo de perto dele. Me dirigi devagar para a sala do diretor, tentando não acordar o pequeno em meu colo, e quanto mais eu andava mais ele se ajeitava em meu colo, abraçando meu pescoço com seus bracinhos minúsculos e deitando sua cabecinha em meu ombro. Queria muito ter uma câmera nesse momento para tirar uma foto e depois esfrega-la na cara do Malfoy quando ele voltasse ao normal.
Mesmo andandando devagar, consegui chegar na diretoria em menos de trinta minutos. Disse a senha e em seguida subi para a sala.
Nem ao menos precisei bater na porta, bastou pisar em frente a esta que escutei a voz fe Dumbledore falando "entre" Dentro da sala, além do diretor, estava a professora McGonagall que olhava indignada para Albus.
-Harry meu querido, como você está ? Sente-se, sente-se. Se quiser pode colocar o Sr Malfoy naquele berço e depois iremos conversar sobre o que aconteceu em sua ultima aula de poções.
Andei até o berço e tentei colocar o loiro lá, mas ele não queria me soltar por nada nesse mundo. Quanto mais eu puxava, mas ele se apertava em meu corpo e precionava seu nariz fininho em meu pescoço, me causando cócegas. Decidi então ficar com ele em meu colo, e sentei-me em uma cadeira ao lado de minha chefe de casa. Após estar confortável, ajeitei o pequeno para que ele também ficasse confortável, e olhei para o diretor, esperando por seu sermão.
-Harry, precisamos que você nos diga o que os dous fizeram exatamente naquela poção que lhes foi pedida. Pelo histórico de notas nesse matéria dos dois percebemos que existe uma chance grande do erro ter sido seu, pois, como todos bem sabem, o Sr Malfoy possui uma das notas mais brilhantes em poções de todas as turmas da escola e é impro...
- Injusto, Dumblodore, isso é completamente injusto. Não é porque o Sr Malfoy possui notas perfeitas em poções que ele não poderia ter errado uma vez! Por que a culpa tem que ser de um.aluno de minha casa? Isso é completamente injusto!
Os dois estavam discutindo na minha frente, e o tom de voz da professora Minerva demonstrava a quantidade de raiva que a mesma estava sentindo. Estava muito alto, e o pequeno loiro que eu levava em meus braços começou a se mexer desconfortável, dando a ideia de que estava prestes a acordar. O diretor aparentava que ia continuar a discussão, então cortei logo, para que o Malfoy não acordasse. Algo me dizia que ele ficava muito manhoso quando era acordado sem ter tido um bom descanso.
-Mesmo que aparente injusto, Professora McGonagall. - comecei a falar enquanto ajeitava os fios loiros do bebê, tirando de cima de seus olhos - O professor Dumbledore tem razão, durante quase toda a fabricação da poção o Malfoy ficou responsável por ela, e o mesmo seguia rigidamente as regras ditas pelo Professor Snape e que estavam em seu livro. Mas na parte final ele me deixou responsável, e foi tirar um cochilo. Na minha vez, eu segui o que estava escrito em minhas anotações e adicionei oito asas de morcegos e mexi seis vezes em sentido antihorário. Assim que terminei, acordei o Malfoy e ele foi inspecionar a poção. Ele sabia que tinha algo errada nela, sua face demonstrava isso, e me perguntou o que fiz várias vezes. Mas em nenhuma delas eu disse, não queria que ele brigasse comigo. Então me manto calado.
Quando terminei de contar o que ocorreu, levantei meus olhos para os dois e ambos me olhavam chocados, como se eu fosse algum tipo de idiota.
- Bem, Harry. Agora que sabemos o que ocorreu, precisamos que você saiba o que irá acontecer agora. De acordo com o professor Snape, ele não possui nenhuma poção que faça o senhor Malfoy voltar ao normal, então ele terá que fabrica-la, mas ela terá que ser administrada em varias doses, e demorará muito para que ele volte a sua idade normal. Consequentemente terá que ser cuidado por alguém, e escolhi como esse alguem você. Você ira cuidar do senhor Malfoy, e como ele aparenta estar bastante confortável com o senhor, pelo visto não será difícil a convivência. E não adianta reclamar - falou quando percebeu que eu ia falar alguma coisa - estou inredutível sobre esse assunto. A professora Minerva irá mostrar-lhe seus novos aposentos, onde terá um quarto de criança, um quarto para o senhor, cozinha, banheiro, sala e tudo mais que se precisa para cuidar de uma criança. E sim, você pode passar o dia no salão comunal da Gryffindor, mas é preferível que durmam no quarto particular, onde ninguém poderá incomodar vocês. Agora podem ir.

An Inexplicable LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora