-Daco pensou que algo tinha acontecido com titio arry, pu que titio arry não respondia Daco, do memo jeito que vovô Abaxas fez uma vez. Mas vovô Abaxas nunca acodou pa Daco, e Daco pensou que arry também num ia acordar mais, e deixar Daco sozinho. Ai Daco ficou muito tiste. Daco num gota de fica sozinho.
Com essa resposta eu entrei em choque, esperava qualquer coisa, um ataque de malcriação, birra, tudo menos isso.
Não conseguia acreditar que o avô de Malfoy tinha morrido na mesma cama que o pequeno, e essa descoberta me fez finalmente entender algumas das ações de Malfoy adolescente. Ele era possessivo e protetor com as coisas e pessoas que considerava ser suas. Draco não permitia que nenhum de seus amigos saíssem de sua vista, e embora aparentasse aos outros, inclusive a mim mesmo, que ele só queria ser protegido, na verdade era ELE que protegia todos eles.
Só acordei de minha divagação quando senti os braços em meu pescoço estreitarem-se, e duas perninhas se cruzarem em minha cintura, fazendo o pequeno sentar em meu colo.
Senti ele roçar a ponta de seu nariz em meu pescoço, deixando um rastro molhado pelo caminho. Uma parte de minha camisa estava molhada de suas lágrimas, e embora eu soubesse que um dia eu teria desmaiado de prazer ao imaginar Malfoy chorando, hoje eu não tinha sentido nem um pingo dessa sensação. A última coisa que eu queria era ver aquele rostinho maculado pelas lágrimas de tristeza.
Pus um de meus braços no bumbum do bebê para apoia-lo e me levantei, indo em direção à uma das cômodas que tinham naquele quarto. Na primeira gaveta que abri achei roupas intimas e lenços. Peguei o último e levei ao rosto de Draco, com a intenção de limpar seu narizinho.
Logo após saí do quarto de Malfoy, com este ainda em meu colo, e me dirigi em direção à outra única porta que ali existia. Abrindo-a vi o cômodo que seria o meu quarto, com uma cama de madeira negra e lençois vermelhos com almofadas negras. As paredes eram de cores neutras para dar destaque as estantes cobertas de livros dos mais diversos assuntos. Do lado direito tinha uma porta que provavelmente seria o banheiro, e minhas suspeitas se provaram corretas quando pouco tempo depois abri tal porta para descobrir o que ela escondia, e do lado.esquerdo, além das estantes, possuia outra porta, que descobri ser um closet.
Com uma mão comecei a alisar as costas do loirinho, enquanto beijava o topo da cabeça do mesmo e o chamava baixinho, recebendo como resposta um aperto mais forte no pescoço e resmungos de bebê.
Me dirigi ao banheiro, e nele vi todos os materiais necessários para dar banho em uma criança. E foi o que resolvi fazer.
Liguei as torneiras para enxer a banheira, e enquanto esperava a mesma estar com a quantidade de água certa, puxei Malfoy para tirar sua roupa.
Para minha surpresa o loirinho me soltou de seu agarre facilmente, e me permitiu, sem nenhuma discussão, tirar sua roupa.
Depois que ele já estava nu, e a banheira já estava cheiq, derramei alguns sais na água e coloquei Malfoy dentro desta.
O banho durou pouco tempo, já que o pequeno não me deu trabalho nenhum. Depois que enrolei o loiro numa toalha me dirigi ao quarto do mesmo e o deitei na cama.
Ele estava muito calado, não parecia que tinha uma criança deitada na cama.
Escolhi um pijama e o vesti no loirinho, que estava começando a tremer. Logo apois me deitei na cama e fiquei observando Malfoy. Ele se virou em minha direção e ficou me olhando com um biquinho no rosto. Não aguentei essa carinha e abri meus braços, chamando-o para estes.
Em menos de dez segundos eu já tinha um bebê jogado em cima de mim, fios loiros fazendo côcegas em minha mandíbula, uma perna entre as minhas e uma mão agarrando uma das minhas. Me virei pro lado e fiquei encarando os olhinhos acinzentados do meu bebê, e quando vi já estava recebendo um beijo de esquimo do próprio.
Quando escutei um barulho de ronco percebi que eu não podia mais esperar o inevitável, e tive que levantar para ir ao salão principal para comer.
Peguei o loiro no colo e tirei o seu pijama. Logo em seguida fui até a cômoda e peguei uma calça de tecido preta, uma camisa de tecido branca e mangas compridas e vesti o pequeno, abri mais gavetas e vi uma gravata slytherin pequena, um sobretudo infantil, também preto, cachecol slytherin e na última gaveta um sapato social. Quando terminei de vestir Draco e olhei pro conjunto tive certeza que ali na minha frente estava um Lucius Malfoy versão mirim e fofa. Ele estava muito fofo. Passei uma escova macia em seus fios loiros e, ao invés de coloca-los para trás, deixei alguns fios caírem em seu rostinho, deixando-o ainda mais fofo.
Em seguida me dirigi a saída do nosso quarto. Quanto mais nos aproximavamos do salão principal, com mais medo da reação dos outros alunos eu ficava. Tentando acalmar meus nervos, enfiei meu nariz nos fios loiros e apertei meus braços ao redor deste, tentando receber algum conforto. Eu não queria entrar lá, algo dentro de mim me dizia para não fazer isso, mas eu sabia que tinha que o fazer.
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An Inexplicable Love
FanfictionDepois da guerra contra Voldemort, Hogwarts é reconstruída e todos os alunos voltam para recomeçar seu ultimo ano letivo. Numa aula de Snape, a poção de Harry com Draco dá errado e um dos dois sofre uma mudança surpreendente, cabendo ao outro cuidar...