Capitulo 13: Conselho emergencial

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Washington (EUA) – Pentágono – 12 de junho.

– A quanto tempo Victor? – proferiu Robert cumprimentando o amigo de longa data, tratava-se de um homem baixo, levemente gordo, trajando um jaleco branco, o distinto senhor tentava a todo custo proteger seus cabelos, brancos e ralos, com uma maleta de couro do vento que existia em abundancia, vindo de dois helicópteros militares recém pousados, que ainda mantinham suas hélices em movimento.

– Há seu bode velho! – exclamou Victor batendo gentilmente nas costa do homem – não nos vemos desde aquele congresso em Nova York – ressaltou ele, diferente do amigo Vitor era bem jovem, tendo apenas 30 anos, mas ambos eram parceiros de profissão, matemáticos de renome e até trajavam as mesmas vestimentas, seus cabelos por outro lado, volumosos e negros praticamente nem se agitavam com o vento, que por sinal já estava diminuindo pois as hélices nesse momento se afastavam já que os helicópteros decolavam novamente, deixado os dois cientistas em meio aos jardins acompanhado por dois soldados – tem ideia de no que nos metemos desta vez? – indagou ele olhando confuso ao redor.

– Quem sabe? – proferiu Robert em tom alto devido ao estremo barulho das aeronaves – não posso imaginar o motivo de estarmos aqui, mas me chamaram de um jeito tão especial que não pude recusar.

– Sério?! – surpreendeu-se Victor já falando normalmente, os helicópteros nesse momento jaziam longe no céu, devolvendo a calmaria ao local – por que no meu caso apareceram três homens armados com fuzis, as duas da manhã, e me enfiaram num helicóptero sem nem uma explicação.

– Exatamente igual a mim – disse Robert rindo – não dá para rejeitar um pedido com tanta delicadeza como este.

– Com licença senhores – proferiu seriamente um homem fardado, se aproximando subitamente deles sendo escoltado por outros dois soldados – por favor queiram me seguir, estão sendo aguardados.

– Claro tenente, mas antes não poderia nos passar o motivo desta reunião? – indagou Victor já esperando a resposta com descrença.

– Não tenho permissão de fazê-lo, mas Tudo será explicado em breve, por favor, sigam-me – disse o homem inflexível começando a caminhar em direção a uma das entradas do prédio.

– É claro que não tem – cochichou ironicamente Victor ao ouvido de Robert enquanto começavam a seguir o homem.

Os jardins do pentágono eram recobertos por uma grama bem aparada de forma uniforme sem falhas visíveis, o lugar era cortado por várias ruas asfaltadas de limpeza impecável e onde alguns jipes militares se locomoviam, o sol finalmente começara a esquentar o chão onde pisavam, em pouco tempo o prédio já estava ao alcance do pequeno grupo.

Ao adentrar na monumental construção passaram caminhar por inúmeros corredores e salas, soldados das cinco divisões militares eram vistos por todo o lugar, ignorando-os porem a escolta seguiu em frente, até saírem novamente do prédio, agora porem em um jardim interno com uma pequena construção no centro.

Finalmente chegaram ao seu destino, uma pequena sala em mesmo formato que o prédio, paredes cinzas e sem nem uma outra abertura além da porta. No local, tirando uma grande televisão em uma parede, havia apenas uma grande mesa de reuniões, em formato retangular e feita em vidro temperado. Um leve cheiro de café recém saído do fogo emanava na sala vindo de duas garrafas térmicas sobre a mesa.

A sala não estava vazia, várias pessoas ali estavam e seus ânimos jaziam alterados, parte pelos cientistas convocados, que estavam apreensivos com tudo, mas o principal motivo da confusão era que os cinco líderes das forças militares, que também foram convocados e estavam igualmente avulsos ao assunto.

Paladinos - Crônicas da história impossívelOnde histórias criam vida. Descubra agora