Capitulo 30: plano de fuga

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– Enfim chegaram – proferiu Mefisto em tom áspero – quero todos na minha sala agora!

Os garotos se entreolharam amedrontados, nunca tinham visto o diretor se comportar daquele jeito, sem falar que por terem sidos convocados para seu escritório, significaria que estavam com grandes problemas.

Depois de guardarem suas bicicletas subiram receosos ao terceiro andar, onde ficava o escritório, lá se ajeitaram como podiam, já que eram muitos e o espaço reduzido. O lugar possuía um estilo comum, uma grande escrivaninha, duas prateleiras cheias de livros e algumas plantas, contudo o que chamava mais a atenção na sala era um antigo computador sobre a escrivaninha, este sendo motivo de chacota dos alunos com comentários como, "aquele foi o primeiro computador inventado" ou "o computador é tão antigo que você não escreve nele, desenha pinturas rupestres", mas apesar das brincadeiras ninguém queria ver aquele monitor, pois significava que estavam em uma grande encrenca.

– Sinceramente vocês me decepcionarão – começou a falar Mefisto sentado em sua cadeira, sua expressão era inflexível – os dose eram alguns dos melhores internos, nunca tinha tido problemas com vocês antes, por isso tinham mais liberdade aqui dentro, podiam trabalhar para poder comprar suas coisas como bicicleta ou celular, tinham liberdade para sair do orfanato e dar um passeio, mas parece que vocês saíram da linha de vez.

– O que fizemos? – perguntou Thiago com medo de ouvir a resposta.

– Chegando tarde todo noite, matando aula, passando o dia inteiro fora sem avisar onde estão, nem se quer aparecem para almoçar, nas primeiras vezes eu ignorei, deve ter acontecido alguma coisa eu pensei, mas vocês continuaram. Tudo começou depois dessa viagem a Grécia, aconteceu alguma coisa com vocês lá?

Os garotos se entreolharam, não podiam revelar o segredo respondendo com silencio a pergunta.

– Ok, não vão responder tudo bem, eu não queria fazer isso, mas vou ter que botar vocês de castigo.

– O que?!!! – gritaram todos.

– Eu não tenho escolha, a partir de agora será casa escola, escola casa, sem saídas durante o dia.

– Mas..., mas... – tentou dizer Camila.

– Não tem escolha, a não ser que me contem o que anda acontecendo – disse ele encarando cada um.

Camila até tentou explicar, contudo Andreia pegou em seu braço e fez sinal para não dizer nada.

– Tudo bem, estão de castigo, e só saíram dele quando eu ver que já voltaram a ser como antes, agora para seus quartos, pensem bem em suas ações.

O grupo, se retirou calado e desanimado, desceram um andar e se reuniram no corredor, para discutir o que fazer, tomando cuidado de checar se alguém os ouvia.

– E agora, o que faremos? – perguntou Rafael na esperança de uma resposta.

– Não temos escolha, vamos ter que fugir – disse Andreia.

– Não fugir não, seria pior, deve haver outro jeito – opinou Carlos.

– Silencio, aqui não é lugar para discutimos isso – concluiu Thiago vendo que nos quartos começava a haver certa movimentação – amanha vemos o que fazer.

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Naquela noite só saíram dos quartos para jantar, na hora de dormir muitos não conseguiram pegar no sono de preocupação, principalmente Thiago que ficou pensativo, até que quando já tinha passado das dez se levantou, olhou ao redor para ver se tinha alguém acordado, como todos já dormiam podia agir calmamente, cobriu a cabeça com o cobertor e invocou o colar, nessa hora usou um poder de uma mutação rara chamada espírita, que como o nome já diz, tem poderes que derivam do mundo espiritual, a técnica se chamava levitação astral, e separou seu espírito do seu corpo.

Paladinos - Crônicas da história impossívelOnde histórias criam vida. Descubra agora