Capitulo 3 - O ponto de encontro

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As demais aulas do dia para a turma foram mais tranquilas, nada de especial aconteceu, sendo suas matérias seguintes história e português, as dez o intervalo, com uma macarronada bem feita sendo servida, o que fez com que vários dos alunos comessem até se fartarem. Ao retornarem à sala tiveram novamente aula de história e por fim física, que como já de conhecimento de todos, também era ministrada por Donna Parker.

A última aula contudo saiu um pouco da rotina, a excêntrica professora teve de se retirar da sala, ficando afastada por quase todo o período, fora chamada a diretoria para resolver assuntos referentes à viagem de sua turma, que aconteceria naquela mesma noite. Como se já não bastasse para a sala vê-la a semana inteira, também teriam de ir com ela a viagem, de qualquer forma todos esperavam que ela não estragasse o divertimento do passeio.

A viagem era na verdade uma excursão para Atenas, capital da Grécia, e que contaria com toda a turma já que a mesma era gratuita. Foi um prêmio concedido à escola após um de seus alunos ter ganhando uma feira de mecatrônica em nível nacional, com um projeto inovador de um raios-X portátil, um aparelho leve de pequeno porte, com poder de alcance de até dez metros, e com potência para enxergar objetos com obstáculos de até um metro de espessura. O grande inventor foi Carlos Moyer, um dos garotos do orfanato e aluno do terceiro ano assim como Camila, Eduardo e todos os outros do grupo de amigos, doze era o número correto de membros, tendo cada um seus próprios trejeitos e habilidades, mas com coisas em comum, como o fato de todos serem do Bergamonte Filho e de que todos eram mutantes. Juntamente com a viagem a escola recebeu uma nova sala de informática, e Carlos ganhou uma bolsa de estudos numa grande universidade de mecânica.

Donna Parker retornou à sala apenas às 11h50min, ou seja, faltando dez minutos para o fim da aula, com isso não teve tempo de passar matéria e os alunos agradeceram o fato. A única coisa que fez foi à chamada e distribuir as autorizações, para serem assinadas pelos responsáveis e entregue até a hora do embarque, fato que ocorreria por volta das seis da tarde, sem elas o aluno estaria impedido de embarcar. Quarenta alunos iriam nesta viagem sendo destes dezoito do orfanato, além, é claro, de três professores para acompanhar.

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– Cara to surdo ainda com aquele grito de cedo – reclamou Gabriel, atirando sua mochila sobre uma grande mesa de pedra que ficava no pátio da escola. Cutucava a orelha como se a mesma estivesse tampada, para azar do garoto ele sentava-se nas cadeiras da frente, e por isso recebera mais fortemente o impacto sonoro do que os demais amigos. Era um rapais baixo e entroncado, um tanto desleixado e com cabelos negros levemente encaracolados, seus olhos eram castanhos e possuía um leve queixo duplo que era sua marca, também possuía algumas espinhas no rosto revelando assim sua adolescência.

Raquel chegou por traz do amigo e assoprou fortemente em seu ouvido.

– Que isso?! – exclamou o garoto recuando instintivamente.

– Estava te ajudando ué – proferiu a garota com um incrível sorriso sincero estampado no rosto, que quase se fazia acreditar ser verdadeiro, era uma jovem lúmenes, mutante da luz, e por isso era extremamente simpática e bondosa, mesmo aprontado às vezes, mas dentro do normal. Seu poder parecia se espelhar em seu corpo, que quase sempre irradiava uma leve luz, notada apenas pelos mais chegados, além disso era muito bela, seu porte era alto e seu corpo esculpido com curvas perfeitas, cabelos lisos e loiros decaiam até próximo a seus quadris e uma boca pequena lhe era característica, seus olhos azuis eram capazes de transmitir paz a qualquer um que os olha-se, e pra completar ela sempre buscava vestir-se com roupas da moda, a deixando ainda mais bela.

Paladinos - Crônicas da história impossívelOnde histórias criam vida. Descubra agora