Capitulo 15: a mansão assombrada

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– Quando entrei pela primeira vez na mansão não notei nada de estranho, "apenas uma antiga casa abandonada" pensei ao ver o hall, como tinha de cumprir a aposta arrumei um lugar ali mesmo e preparei meu saco de dormir, criei uma esfera de luz, e a usando como lanterna fui explorar a casa. Andei por tudo, tomando cuidado para não pisar em nada pontiagudo ou podre, mas ate então minha opinião inicial não mudara, apesar de sentir leves calafrios, tinha em mente que era apenas meu cérebro pregando peças, o lugar estava cheio de moveis velhos e empoeirados, nas paredes alguns quadros dos antigos moradores além de teias de aranha em todo lugar – Thiago se livrou de Anderson e foi sentar-se em um banco de pedra ali perto – continuando a exploração acabei encontrando uma escadaria, decidi descer e ver o que tinha lá, depois de alguns degraus me deparei com uma porta entreaberta que dava acesso ao porão – o garoto parou momentaneamente a narração e deu um leve sorriso, como se fosse algo nostálgico – foi a partir daí que as coisas começaram a ficar estranhas. Assim que entrei no lugar me assustei ao ver que as paredes, o chão, e até mesmo o teto estavam cheios de diagramas, na época não sabia de que se tratava claro, fiquei olhando curioso e a minha primeira ideia era ser algo demoníaco, assim como vocês também pensaram na necrópole. Comecei a ficar assustado e resolvi sair daquele lugar, antes porem avistei em cima de uma pequena mesa um colar, sua corrente era de ouro puro, e tinha um pingente muito bonito feito em um tipo de pedra extremamente lisa, assumindo a forma de uma espada colorido com pó de prata e safiras. Quando o vi não resisti e peguei.

– Então foi aqui na mansão que você conseguiu o tal colar, que dá às pessoas a habilidade de realizar magias – exclamou Rafael olhando para a casa na esperança de ter algum outro para ele.

– Sim foi aqui na mansão, e não, não é o colar que me permiti fazer magias, mais pra frente eu explico sobre ele, agora vamos seguir com a história. Como disse não resisti e o peguei, a reação foi quase instantânea, pois embaixo dele encravado na mesa de madeira havia um octagrama, uma armadilha presa ao colar, este começou a emitir uma forte luz que tomou conta da casa inteira, era tão forte que parecia que já era dia. A luz me segou por um instante, quando finalmente meus olhos voltaram ao normal eu pude velo, parado em minha frente estava um homem imóvel, de cor acinzentada e transparente, era um fantasma.

– Você deve ter morrido de medo, não é? – comentou José tirando sarro.

– Claro que eu estava, afinal sou humano também – disse Thiago levantando do banco – já estou bem vamos até Arcana, lá eu acabo de contar a história.

O grupo então se deslocou para o novo mundo seguindo a ideia de Thiago, era outro planeta, mas um campo ensolarado era bem mais acolhedor que aquela velha casa assombrada caindo aos pedaços. Caminharam até o portal desenhado no chão, no diagrama existia uma pequena falha em um dos ideogramas, que se parecia muito com um V com uma curva em uma das pernas, nesta falha Thiago colocou a mão e o ato completou a magia fazendo eles desapareceram daquela terra.

Quando abriram os olhos novamente já puderam se ver em Arcana, todos intactos e sem se sentirem grudentos. Thiago agora já conseguia andar sozinho, contudo Camila ainda estava desmaiada, devido ao susto com o fantasma, e teve de ser carregada até a sombra do Pau-Brasil.

– Adoro portais de luz – comentou o garoto sentando-se escorado no tronco da arvore – bem retomando novamente a história... Assustado com a aparição eu sai correndo e acabei esbarrando na porta, lá havia um decagrama, uma espécie de gatilho que se ativou logo em seguida.

– Afinal o que são esses gramas que você fala tipo decagrama, ou octagrama? – Perguntou Gabriel.

– Quer dizer o número de pontas que os diagramas mágicos possuem – começou a explicar Thiago – elas são de no mínimo três pontas e vão até dez, porem existem maiores, algumas raras magias possuem 12, 15, ou 20 pontas. Quanto maior o número mais poderoso é a magia realizada, com algumas exceções em que mesmo com poucas pontas são poderosas, os mais comuns são os pentagramas de cinco pontas e também os mais famosos.

Paladinos - Crônicas da história impossívelOnde histórias criam vida. Descubra agora