Paladinos - Crônicas da história impossível

Capítulo 57 - Restauração do Inor

Daniela cruzando o espaço já estava se aproximando do foguete americano, ela também era uma das mais velozes dentre os dose, e levou tempo praticamente igual a Thiago para ir de um lugar a outro.

Ao chegar se deparou com Rafael do lado de fora da nave, remendando os buracos no casco, pouco mais cedo ele já havia substituído a asa quebrada, materializado para tal uma nova, fazendo-a de metal que fez surgir usando seus poderes metalpatas, técnica avançada já que maioria consegue apenas manipular o metal, vários dos buracos já estavam vedados, inclusive a fenda no fundo da nave.

– Estão acabando já? – perguntou ela se aproximando de Rafael.

– Acho que em meia hora eu termino de tampar todos esses buracos – respondeu Rafael se virando para falar com a amiga – o que faz aqui?

– O Thiago me falou pra ajudar vocês – respondeu a garota – cadê o Carlos?

– Ta lá dentro refazendo os circuitos da nave.

– Nessa parte eu posso ajudar – sorriu a garota – como eu vou entrar?

– Se vira, antes tinha uma enorme fenda na lataria, mas eu já a fechei – disse o garoto indo para outro buraco.

– Mais educação por favor – resmungou ela começando a vasculhar a nave atrás de uma entrada, notou então um pequeno buraco de onde saia alguns fios, uma ideia surgiu em sua cabeça e resolveu experimentar, voo até os fios e agarrou em suas pontas descascadas, imaginou-se sendo uma correte elétrica que pudesse os percorrer, e foi exatamente isso que ela virou.

A garota começou a navegar pelos sistemas elétricos da nave, indo parar exatamente na sala de comando, escapando por um fio descascado que havia no painel, a corrente percorreu uma pequena distância no ar e se transformou em uma garota no centro da sala, Carlos que estava de em uma abertura abaixo do painel de controle, se assustou com a amiga e acabou batendo a cabeça.

Todos os tripulantes agora estavam conscientes, e pareciam aceitar a presença deles, mesmo com a desconfiança não demostravam maldade, e acima de tudo se ofereceram para concertar a nave.

– Ai, essa doeu – disse Carlos coçando a cabeça – como fez isso? E o que está fazendo aqui?

– Estou aqui pra ajudar – respondeu a garota – o Thiago falou que seria útil, e quanto ao ocorrido parece que é um dos meus novos poderes – riu ela.

– Pelo menos nisso ele pensou – resmungou Carlos meio revoltado, se enfiando em baixo do painel novamente.

– Por que diz isso? – perguntou Daniela estranhando as palavras do amigo.

– Não é nada, só que ele tinha feito uma magia para nos comunicar com os americanos...

– Aquela que usou no Anderson?

– Parecida – respondeu ele retirando alguns fios e passando uma fita isolante – o que importa é que ele foi embora e levou a magia junto.

– Quer dizer que não vamos conseguir falar com os tripulantes?

– Felizmente não – respondeu Carlos – eu vi ele fazendo a magia antes e consegui realiza-la.

– Você é fera em – brincou Daniela – mas ta, o que eu vou fazer aqui?

– Vai para o motor da nave, e quando eu disser você carrega ele com energia – comandou Carlos retornando para baixo do painel – acha que consegue? – indagou puxando alguma coisa com força.