Paladinos - Crônicas da história impossível

Capítulo 39 - fase de testes

Os dias que se seguiram foram bem produtivos, os Stelgas aperfeiçoaram bastante seus poderes, tornando-se de grande ajuda para a construção do foguete, as peças do cemitério foram de grande valor ao projeto poupando boa parte do trabalho, tudo foi seguindo segundo os planos de Carlos.

Após terminarem de colocar as chapas metálicas e adaptarem as novas peças, além de reformarem o ônibus espacial e o posicionarem nos propulsores, foi à vez de trabalharem na parte de propulsão do foguete, o estágio que elevou ao máximo a genialidade do "engenheiro", provido das turbina dos aviões, da combotita, e de vários equipamentos, Carlos conseguiu fazer algo que surpreenderia até mesmo grandes cientistas, como o colar se tratava de um artefato magico, e como já foi notado pelo jovem gênio ele conseguia gerar eletricidade sem o menor esforço, a partir de testes feitos também se descobriu que a energia não tinha limite, tal energia deveria ser direcionada as turbinas dispostas em pares em cada modulo, e após alguns ajustes as mesmas teriam um poder de aceleração centenas de vezes maior que o normal, tal movimento conseguiria gerar um incrível campo magnético em ambas as turbinas, que dispostas em extremidades oposta causariam um efeito de atração e repulsão, este sendo direcionado para duas tubulações especiais em formato espiral com um ponto comum em sua extremidade superior e inferior onde se cruzavam, dentro de tais tubos a força magnética seria tão intensa, que poderá separar molécularmente substancias metálicas ali depositadas, o fluxo de moléculas então ganha velocidade enquanto percorre o tubo, até dado momento que as moléculas de cada tubulação se chocam na encruzilhada, gerando uma explosão de estrondosa energia, que segundo a teoria, seria o suficiente para retirar o foguete do chão.

Tal teoria foi comprovada em um teste de campo, em que Carlos equipou um módulo base extra com mesmo tamanho e seguindo os mesmos planos dos construídos no foguete, este sendo levado por teleporte até o meio do deserto.

Deserto do Saara – 08/12/1012 – 12 h15min.

Todos foram presenciar o teste, aquele dia poderia indicar se teriam sucesso ou não em sua missão, descobriram um monte de pedras pontudas que emergiam do solo e geravam uma leve sombra, era pouca, mas já aplacava o calor de 35° do lugar. As pedras ficavam a cerca de um quilometro de onde o modulo estava, era uma planície, e por isso poderiam ver tudo que acontecesse mesmo que de longe, com eles um painel onde Carlos iria colocar a combotita para abastecer as turbinas, deste um emaranhado de fios surgia e logo desaparecia em um portal os direcionando ao modulo, e assim o abastecendo com energia.

Tudo preparado para o teste, Carlos e Thiago que estavam fazendo os ajustes finais no módulo já retornaram saindo de um portal na pedra logo atrás deles.

– Bom gente, hora da verdade – disse o garoto com o colar em mãos. No centro do painel havia uma pequena abertura onde a combotita se encaixava perfeitamente, como se fosse um tipo de chave o garoto colocou-a e girou, logo o painel se energizou, números letras e gráficos começaram a aparecer nas telas, indecifráveis para a maioria, mas aparentemente simples para o técnopata, no canto superior direito um grande botão vermelho que daria a partida. Com um certo receio que ficou oprimido pela força que os amigos lhe passavam Carlos o apertou. Ao longe nem um sinal de que havia funcionado, pelo menos de imediato, o que mudou 15 segundos depois. Uma grande nuvem de poeira se elevou e cobriu toda a planície, da mesma forma um canudo de poeira se precipitava céu acima.

– Funcionou! – comemorou Camila.

– Espere... – proferiu Carlos sem tirar o olho da poeira, a coluna poderia ser resultado da explosão e não o modulo em si, seu coração batia acelerado esperando o desfecho, até o momento que alegrou a todos. De dentro da poeira o modulo já podia ser visto rumo ao céu, após vários metros contudo ele começou a cair – consegue pega-lo? – perguntou ele empolgado.