Capitulo 33: a colmeia elétrica

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– Eletricidade? Como assim?

– De algum modo à vespa está lançando energia contra o pano – explicou Daniela – e não é pouca energia, se não fosse uma eléctron teria levando um choque forte.

– Como isso é possível – questionou Raquel.

– Como vou saber, pra começo de conversa olha o tamanho dela, uma colmeia de vespas deste tamanho poderia até matar.

– Então vamos correr por que o enxame está chegando – gritou Anderson descendo desesperadamente da arvore.

– São vespas elétricas? – perguntou Andreia.

– Sim, corram para o castelo – exclamou o garoto desatando a correr – deve ser o lugar mais seguro.

Um alto ruído agora podia ser ouvido, ecoando por toda extensão do jardim real, não era o som de um enxame comum de insetos, se parecia mais com a energia passando pelas redes de alta tensão, ou o ouvido perto de transformadores. Agora já podiam ver o enxame se aproximando, milhares de vespas saindo do meio das arvores voando baixo e indo em à direção a eles.

– Não vai dar tempo – gritou Rafael.

Em uma tentativa de se salvar a si e a seus amigos, José colocou as duas mãos no chão, fazendo erguer uma parede de terra com seus poderes, com três metros de altura e cerca de dez centímetro de espessura a parede tinha forma de L e protegia a frente e a lateral esquerda do grupo, do outro lado havia a parede do castelo, o que deixava apenas a retaguarda desprotegida, exausto o garoto caiu de joelhos, sendo socorrido rapidamente por Eduardo que o apoiou no ombro.

Apesar de a parede ter desviado o caminho de grande parte das vespas, muitas delas ainda conseguiram transpassar o obstáculo e chegar ao grupo. Estas começaram "ferroar" os dose sendo o choque que sua infortunada vitima recebia uma descarga elétrica equivalente ao tamanho das vespas que também variavam.

Uma das ferroadas atirou Rafael a três metros deixando-o atordoado, realmente o garoto só não morreu por causa de seu elemento base, por ser tecnicamente de metal o corpo funcionou como uma espécie de condutor, que serviu para descarregar boa parte da eletricidade para a terra. O desespero era intenso entre o grupo o que fez com que corressem ainda mais, alguns conseguiram se abrigar dentro do castelo porem Thiago saiu para socorrer Rafael sendo interrompido por um gesto do amigo para voltar, pois estava bem e já se levantava. Eduardo por sua vez ainda carregava José que estava exausto, por isso não conseguia se mover rapidamente, passando em frente à antiga estufa decidiu se esconder lá dentro, não era o local mais seguro, mas as trepadeiras que cobriam o lugar daria maior segurança que ficar exposto no jardim, acomodou José em um canto e sentou-se para se esconder também, acabou levando um choque pois haviam algumas vespas no lugar, começou a lançar dardos de água nas criaturas, sua mira era excelente e conseguiu derrubar praticamente todas as vespas dentro da estufa, que felizmente não eram muitas, graças ao tamanho elevado, e por estas estarem meio atordoadas não foi tão difícil de acertar.

O palácio também não ficou seguro por muito tempo, pelas janelas expostas algumas vespas conseguiram entrar e as ferroadas também aconteceram ali. Desesperados os presentes tentavam mata-las, Andreia tentou tostá-las com rajadas de fogo, mas como eram muitas seus esforços eram em vão.

Uma vespa grande avistou Daniela e partiu para ataca-a, que tentando se salvar lançou uma esfera de energia em direção ao céu, infelizmente errou seu alvo, todavia notou uma coisa curiosa, a vespa desviou seu caminho e passou a seguir a energia lançada até desaparecer, uma ideia passou pela cabeça da menina, criou um manto de energia ao redor de seu corpo, e saiu correndo porta a fora, Raquel gritou tentando impedi-la, mas não teve resultado pois a garota não estava fugindo, estava salvando seus amigos, as vespas no interior do castelo passaram a segui-la, o mesmo para as que ainda estavam no quintal e na estufa, e sendo seguida pelos insetos ela desapareceu se embrenhou floresta adentro.

Paladinos - Crônicas da história impossívelOnde histórias criam vida. Descubra agora