Pandora – ruínas do palácio real – 01 de dezembro 07h30min.
Passar a noite em Pandora, não foi muito diferente de uma noite em Theia, o choque inicial de estar em outro mundo já havia passado, e o céu noturno em ambos os planetas eram semelhantes, Pandora também tinha seu satélite natural de quase mesmo tamanho que a lua, porem seu brilho era levemente amarelado e não branco, provavelmente devido à atmosfera do outro planeta, ou alguma coisa com os três sóis. Outra coincidência é que o dia em ambos os planetas se difere em poucos minutos, tanto que o primeiro grupo de humanos a pisar ali em 700 anos nem sentiu a diferença.
– Aha – balbuciou Thiago acordando com uma leve dor no pescoço.
– Torcicolo? – perguntou Carlos que já estava acordado.
– Sim, dormi de mau jeito – respondeu o garoto com a mão no pescoço curando sua dor – ainda bem que sou um curandeiro também.
– Sorte sua – riu Carlos.
– Mas e você? – continuou Thiago tomando um gole de água do córrego próximo a eles – faz tempo que acordou?
– Faz uns quinze minutos – respondeu o garoto meio avulso.
– Aconteceu alguma coisa.
– Nada, só não consegui dormir direito, um misto de ansiedade com preocupação sabe, não tenho certeza se conseguiremos fazer isso – explicou Carlos.
– Se você continuar pensando assim não vamos conseguir mesmo – disse Thiago em uma tentativa de incentivar o amigo – vai por mim, tudo vai dar certo.
– Eu sei, mas fazer um foguete em três semanas, para destruir um asteroide, que segundo uma deusa vai destruir Theia, há! E sendo auxiliado por um fantasma. É loucura demais pra minha cabeça – Carlos estava realmente aflito diante de tudo.
– Você tem razão é muita loucura, porem se não fizermos loucuras de vez em quando à vida fica chata, não é verdade?
– Sim – respondeu Carlos meio sem jeito – também pelo menos podemos dizer que tentamos.
– Não, nós diremos que conseguimos.
– É que... começar do zero é sempre difícil
– E se não precisasse começar do zero – exclamou Thiago pensativo.
– O que tem em mente?
– É só uma ideia, depois te conto, tenho que checar umas coisas antes, aliás esse povo não vai acordar não? – disse o garoto reparando que os outros ainda dormiam.
– Tá pensando o mesmo que eu – disse Carlos sedo apossado por um desejo de aprontar, e se livrando um pouco de temor de minutos atrás.
– Com certeza, no três a gente faz – disse Thiago começando a contar com voz baixa – um, dois, três...
– Acordaaaaaaa!!! – gritaram os dois ao mesmo tempo.
Os dez que ainda dormiam despertaram imediatamente, completamente apavorados, possivelmente lembrando-se do sonho de dias atrás, Gabriel acordou tão rápido que acabou derrubando sua barraca.
– Corre Carlos, rápido! – berrou Thiago se virando e começando a correr.
– Que foi? – gritou Carlos para o amigo que já estava a uma boa distância.
– A fera despertou!!
Carlos se virou e viu Andreia, cabelos desgrenhados e uma cara zangada, labaredas saiam de seus olhos e boca, um dragão encarnado literalmente, vendo o estado da amiga o garoto começou gritar e também desatou a correr.
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Paladinos - Crônicas da história impossível
Fantasía(Completa) O que se iniciou como uma simples viagem à Grécia acabou por acarretar uma série de acontecimentos inacreditáveis, e capazes de mudar para sempre a vida de um grupo de jovens que, sem entender o porquê, se veem envolvidos em uma trama par...