Capítulo 45 - Lançamento

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Tempo igual ao que levaram para desaparecer em Pandora foi o de aparecerem em Theia, ainda assim não foi exatamente o que esperavam, não foram parar no meio do deserto como o planejado, muito pelo contrário, estavam no meio da cidade de São Paulo, ao lado de uma velha mansão, no meio de uma pequena mata, apesar de o lugar estar abandonado muitos carros estavam estacionados ali.

Indiferente a isso, pelo menos por enquanto, os tripulantes a bordo, ainda atordoados não pensavam claramente, devido ao ocorrido minutos antes.

– Alguém pode explicar o que aconteceu lá? – esbravejou Camila tentando soltar desesperadamente os cintos de sua cadeira, depois de tudo, estar presa daquele jeito na vertical era incomodo.

– Por que estavam atrás de nós? Por que não queriam que destruíssemos o asteroide? E principalmente, como alguém que é imortal luta com alguém que já morreu? – indagou Eduardo confuso.

– E afinal por que estamos em São Paulo? Como conseguimos vir pra cá? – completou Andréia reparando na cidade a sua volta, como estavam a mais de quarenta metros de altura, tinham uma bela visão da cidade.

– O diagrama foi acionado e o foguete teletransportado – disse Thiago se ajoelhando sobre sua cadeira para ver os amigos, que estavam nos acentos atrás, Carlos e Daniela que estavam ao seu lado fizeram o mesmo.

– Mas como? Pensei que precisasse ser acionada por uma terceira pessoa.

– E foi – respondeu ele com uma expressão triste – o fantasma o acionou.

– Como? Ele não estava lutando? – lembrou Daniela.

– Exatamente...

– Pera ai, você não quer dizer...

– Sim exatamente.

– Afinal o que vocês estão falando?

– O fantasma se sacrificou por nós – explicou Carlos.

– Co... como assim? – perguntou Andréia perplexa, apesar de tudo ela, assim como os outros já estava se afeiçoando ao espirito.

– Eu vi tudo, ele lançou um daqueles sei lá "aldebarãs", para completar a magia, e Ares aproveitou o momento para acerta-lo.

– Aldebarã?

– Foi assim que Ares chamou aqueles seres que se transformam em armas.

– Tá, voltando ao fantasma, como assim ele se sacrificou? Ele já estava morto é impossível matar alguém duas vezes, não é? – opinou Raquel incrédula derramando lagrimas.

– Sinceramente não sei, só sei o que eu vi.

– Mas por que São Paulo? – lembrou Rafael – não devíamos ir para um deserto?

– Deve ter ocorrido algum erro no diagrama – explicou Thiago – mas agora não tem volta, ou decolamos daqui ou não decolamos, não vou conseguir muda-lo novamente, é uma estrutura muito grande, leva um tempo para poder ser teleportado novamente, e uma estrutura dessas no meio da cidade não vai tardar em chamar atenção.

– Errou feio em! – comentou Anderson.

– Muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo não me culpe – resmungou o garoto se justificando.

"Muitas coisas" as palavras de Thiago ecoaram aos ouvidos de todos, fazendo com que começassem a refletir sobre tudo que havia acontecido até o momento, um exército os caçando, deuses, um asteroide prestes a destruir Theia, dragões de estimação, um fantasma morrendo, coisas de mais para qualquer um, principalmente para os doze que, um mês atrás, tinham de se preocupar apenas com suas notas na escola.

Paladinos - Crônicas da história impossívelOnde histórias criam vida. Descubra agora