Capítulo 38 - o cemitério de aviões

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Thiago levou Carlos para o meio de um deserto, o chão era fervente é a falta de umidade no ar logo fez com que os dois começassem a suar, nem uma viva alma podia ser vista, porém não muito longe podia se ver algumas construções, o vento era constante, mas este era quente e seco então não ajudava muito com o calor, no maior estilo de abandono uma bola de poeira passa rolando por eles, Carlos parecia não entender o que faziam naquele lugar.

– Onde estamos? – perguntou ele.

– É incrível o clima do deserto não é – suspirou Thiago olhando o horizonte, durante o dia um calor que passa facilmente dos trinta graus, à noite as temperaturas caem a baixo de zero, a quantidade de agua é mínima e a comida escassa, é um dos piores lugares do mundo para se viver, e apesar disso a lutadores que vão contra todas as adversidades – perto deles uma cobra acabara de pegar um lagarto e o estava comendo.

– O que você está falando?

– Não vê? Apesar de todas as chances dizerem o contrário, de parecer impossível, esses sobreviventes lutam e vencem todos os dias, seguindo suas vidas. Esses animais que lutam para sobreviver, os povos nômades do desertos, que vão de um lugar ao outros a procura de agua e alimentos fartos, os arbustos de cresoto que mesmo em uma terra árida insiste em florescer, são todos exemplos perfeitos de que o impossível pode ser superado, e que a recompensa sempre será grandiosa – disse o omine com uma voz calma e tranquila que inspirava sabedoria.

– Vai me dizer que você me trouxe pro meio do deserto, só pra me dar uma lição de moral?! – esbravejou Carlos revoltado – eu poderia estar trabalhando no foguete pra salvar a porcaria do mundo, mas não, estou aqui aprendendo que o arbustos de cresoto floresce no deserto.

– Calma, eu trouxe pra você pegar peças do cemitério ali atrás para nosso foguete – disse Thiago sorrindo enquanto apontava com o polegar por cima do ombro.

– O que? – proferiu Carlos subindo a duna apressado para ver do que se tratava – não pode ser! Thiago eu te adoro – exclamou ele comemorando enquanto escorregava pelo outro lado da duna.

Diante deles estava uma extensa planície, recoberta por milhares de peças metálicas, que variavam de tamanhos insignificantes, até proporções gigantescas, em sua maioria aviões enferrujados, inutilizados e abandonados ao tempo. Cruzando-os algumas estradas quase encobertas pelas tempestades de areia.

– Que lugar é esse? – perguntou Carlos assim que o amigo desceu a duna.

– Um cemitério de aviões perto de Tucson, no Arizona, também é usado como deposito de foguetes e naves falhas da NASA, achei que se você achasse alguma coisa interessante nesse lugar poderia nos ajudar com o foguete.

– Você é um gênio garoto – disse Carlos o abraçando empolgado – podemos pegar o que quisermos?

– É claro que não, se trata de um crime nacional.

– Então por que nos trouxe aqui? – o garoto já se desanimara.

– Quem vai nos prender em Pandora? – sorriu Thiago criminosamente.

– Verdade – exclamou Carlos extremamente empolgado – vamos ver o que encontramos.

Os dois se puseram em movimento e em pouco tempo já estavam diante das enormes aeronaves, bom primeiramente quero aquela turbina – disse Carlos apontando para o objeto ainda preso ao avião.

– Ta certo – exclamou Thiago com o indicador da mão esquerda esticado e o polegar da mesma para cima, com a outra mão segurando-a como se fosse uma arma, mirou na turbina e imitou o som de um tiro – ptsouuuuuu – um X vermelho saiu de seu dedo e acertou em cheio a turbina, ficando marcado em sua estrutura.

Paladinos - Crônicas da história impossívelOnde histórias criam vida. Descubra agora