Capitulo 35: criogenia temporal

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Os quatros requisitados ao serviço se puseram a erguer a rede elétrica, desenrolaram os fios e foram os arrastado em direção à colmeia, Anderson em cada arvore fazia brotar um pequeno galho, onde colocava as roldanas e passava os fios, Como estavam em um bosque encontrar arvores não foi um problema. Levaram cerca de uma hora para chegarem perto da colmeia, quando já estavam a uns cem metros do objetivo algumas das vespas já os rondavam.

– Já estamos perto da colmeia e melhor fazer a magia – sugeriu Thiago – agora é com a gente vocês dois devem voltar para o acampamento.

– Não podemos prosseguir? – perguntou Anderson descendo de uma arvore que tinha acabado de passar os fios.

– Vocês não vão ajudar em nada, estarão paralisados de qualquer maneira.

– E além do mais temos que ajeitar um poste para o transformador – comentou Carlos.

– Bem vou transportar vocês – disse Thiago os enviando de volta sem dizer mais nem uma palavra – agora é com você Gabriel.

– Tá certo – disse o garoto se preparando para fazer a magia.

– Bom aqui está a combotita – continuou Thiago lhe entregando o colar – só uma coisa, assim que terminar coloque o colar na minha mão, certo?

– Tudo bem – disse Gabriel – mas por quê?

– Se colocá-lo em minha mão eu conseguirei me libertar da magia, e ai vou conseguir te ajudar.

– Ok, mas não estará paralisado?

– A única coisa que a magia não paralisa é o pensamento, aliás é por isso que ela é considerada uma magia cruel...

– Não entendo o que uma coisa tem a ver com a outra.

– Pense que você está em uma batalha, ai tudo fica parado e você vê todos os seus amigos sendo mortos, um a um, sabendo que você vai ter o mesmo destino, e o pior não pode correr, gritar nem mesmo chorar.

– Ta bom entendi – respondeu Gabriel meio horrorizado tentando esquecer a cena que imaginou, então se preparou para realizar a magia, espaçou os pés e juntou as mãos com os polegares e os indicadores levantados, depois disse em voz alta – sigillum elementorum, idest cryogenics – em um instante um diagrama nasceu de seus pés, e foi aumentando até ficar com cerca de um quilometro de comprimento, uma cúpula de luz azul claro começou a se erguer, e atingiu trezentos metros de altura o que cobria completamente a colmeia\montanha. As paredes translucidas se encheram de runas e num instante tudo que estava em seu interior ficou paralisado, exceto o invocador da magia, as vespas pararam de voar, as folhas caindo pararam em pleno ar, o vento sessou, um grupo de pombas que sobrevoaram o local pararam assim que entraram na cúpula, o que demonstrava que mesmo que alguma coisa não estivesse ali no horário da realização da magia, se adentrasse posteriormente também ficaria paralisado.

Gabriel ficou admirado olhando o que tinha feito, virou-se e viu Thiago com uma mão estendida esperando o colar, como o amigo havia pedido colocou-o em sua mão e imediatamente este começou a emitir uma leve luz alaranjada, de seu corpo uma pequena quantidade de calor começou a ser emitido, segundos depois o garoto passou a se mover.

– Incrível! Como fez isso – perguntou Gabriel admirado – até as folhas parara de cair e você aqui, se mexendo.

– Simples, como a magia desacelera as moléculas eu as acelerei novamente, como acha que te fiz se mexer de novo mais sedo, nas 175 vezes que você se congelou?

– Não foram tantas vezes, mas foi esperto em achar uma escapatória – disse Gabriel pegando o fio do chão – bom vamos pois não temos muito tempo.

Paladinos - Crônicas da história impossívelOnde histórias criam vida. Descubra agora