Capitulo 24: os escolhidos

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Como foi sugerido por Thiago, o pequeno grupo de onze adolescentes aguardou do lado de fora da mansão, porém não resistiram em esperar pela meia hora recomendada e acabaram por entrar alguns minutos antes, ao ingressarem no interior da casa abandonada se depararam com o hall do local, lá estava o corpo do amigo inconsciente no chão, e ao lado dele o fantasma com a mão dentro de seu peito, o espírito olhou para eles e depois desapareceu, espantados correram para ver o que havia acontecido, rapidamente Carlos se aproximou do amigo para ouvir seus batimentos, estavam lentos, mas normais, o que foi um alivio para todos, como Thiago já os havia alertado ele ficaria inconsciente então agora a única coisa a fazer era esperar.

As horas passavam lentamente e o ócio era entediante, cada um fazia seu melhor para passar o tempo, as baterias de seus celulares foram as primeiras a desistir, seguidas por Gabriel, Eduardo e Lucas que resolveram explorar o lugar, no fundo eles queriam encontrar algum outro colar idêntico ao de Thiago, ou ao menos similar para si, porém não encontraram nada, nem mesmo alguma anormalidade, era apenas uma casa velha e abandonada.

Quando o relógio marcava 6h30min decidiram fazer um lanche, José então pegou sua bicicleta e se dirigiu a rua em frente à mata onde entrou em uma padaria, e comprou alguns Pães, presunto e mozarela. De volta a mansão todos começaram a se deliciar com o lanche, e vamos admitir, apreciaram bem mais que o almoço de mais cedo.

Algumas horas depois Thiago acordou.

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– Você tá bem? – perguntou Daniela carinhosamente assim que Thiago abriu os olhos.

– To sim – respondeu o garoto se levantando lentamente, com um pouco de dificuldade, os amigos o haviam colocado em cima de alguns trapos velhos, para que seu corpo não ficasse no chão frio – quanto tempo fiquei apagado?

– Só umas quatro horas – explicou Carlos o ajudando a levantar.

– Odeio o tempo do mundo espiritual, passei menos de meia hora fazendo o pacto – disse Thiago já conseguindo se sustentar sozinho – vocês ficaram aqui o tempo todo?

– Sim todos ficamos aqui, fizemos até um lanchinho – explicou Andreia.

– Guardaram alguma coisa pra mim? To morrendo de fome – riu o garoto esfregando a barriga.

– Deu azar comemos tudo – proferiu Gabriel mentindo, na verdade eles haviam guardado dois pães franceses e algumas fatias de presunto e mozarela para o amigo.

– Valeu pela consideração – resmungou Thiago em um desapontamento fictício.

– To brincando, tem uns sanduiches ali na escada – retrucou Gabriel apontando para um pequeno saco de papel levemente amassado.

– Então o que descobriu? – perguntou Lucas curioso.

– Posso dizer que descobri algumas coisas interessantes e outras, digamos, perturbadoras – comentou Thiago sentando-se na escada e desembrulhando o saco de papel.

– Para de fazer suspense e diz logo – reclamou Eduardo.

– Tudo bem – disse em um suspiro ao mesmo tempo que enfiava umas fatias de presunto em um dos pães – como vocês sabem o motivo de eu ter feito o pacto, foi buscar respostas referente iminente destruição de Theia?

– Isso nós sabemos – disse Rafael tenso – a pergunta é, existe um meio de evitar a destruição de tudo?

– Bem...– começou a argumentar Thiago dando uma mordida em seu sanduiche, mero ato de enrolação diante do receio em contar o que descobriu.

Paladinos - Crônicas da história impossívelOnde histórias criam vida. Descubra agora