"Télamon - Témalon, Témalon!"

3 0 0
                                    


Por sua vez, Xanto ordenou que soltassem Onze e resmungou antes de partiu para a sua carruagem:

-Estou satisfeito, por hora. Contudo, nos reencontraremos em breve, garoto.

O menino foi jogado no chão e a criatura trevosa se juntou às outras que investiam em Télamon.

Onze chorava abismado e paralisado de terror, até que Cindy arrastou-se para o seu lado. Ele agarrou-a num abraço e fechou os olhos.

Uma aura esverdeada surgiu dentre os dois e começou a se expandir, irradiando primeiro suaves fios luminosos, depois cada vez mais fortes. Na medida em que a cúpula de energia crescia, as criaturas eram afugentadas, praguejando contra Onze. Enfurecidas queriam ataca-los, mas não conseguiam penetrar o campo energético.

Finalmente, livre das feras trevosas, Télamon caiu inerte no chão, mal podia respirar. Estava com toda a roupa em fiapos, o corpo coberto de cortes profundos e muito sangue jorrava, empapando o solo.

-Témalon! Témalon! – Onze soltou a cachorrinha e ambos foram vê-lo. Não haviam percebido, mas Cindy tinha se recuperado. Onze o chacoalhava e ela lambia-lhe as orelhas.

-É TE-LA-MON...

O garoto sorriu ainda coberto pela intensa luz.

-Que... Que poder é esse... Agradável como um... Um abraço... Reconfortante – murmurava.

Onze não respondeu, afinal, nem ele mesmo tinha uma explicação. Simplesmente aconteceu.

,\Kq

Crônicas de St. YóriaOnde histórias criam vida. Descubra agora