Era horário de pico, e na área comercial as pessoas apressavam-se a afim de pegar suas respectivas linhas de trem e regressarem a suas casas. Onze e Cindy esquivavam-se para não serem pisoteados ou atropelados, mas ora lhes golpeavam com cotovelo ou os empurravam sem dó nem piedade.
-Bem, Cindy, vamos embora deste lugar horroroso, bem longe dessa gente ruim e do Télamon também! Vamos viver sozinhos e seremos felizes assim mesmo! - Cindy respondeu com um latido e assim seguiram por entre a multidão estressada, rumo a qualquer lugar fora daquela cidade.
Logo a noite caiu e os pequenos ainda caminhavam pela cidade. Algumas lojas e restaurantes estavam abertos e cheios de clientes.
-Bah, estou com fome, Cindy.
-Au!Au!
-Você também? Hihihi. Quem sabe alguém nos dá algo para comer?Fica aqui e eu já volto.
Onze deixou sua cachorrinha numa esquina e atravessou a avenida. Na primeira lancheria ao alcance, aproximou-se de um casal e perguntou:
- Com licença, eu e minha cachorrinha estamos com muita fome, poderiam nos dar algo para comer?
-Onde estão seus pais, garoto? – pergunta o homem.
-Sou apenas eu e minha cadelinha, a Cindy. Ela está me esperando lá, olha. – e aponta para o outro lado da rua.
-Claro, sente-se conosco e peça o que quiser,menino. – disse a mulher.
-Sério??? Posso chamar minha amiga também?
-Ah, mas aí o dono do bar vai reclamar. – disse o homem, com uma careta.
-Se ele reclamar eu falo com ele. Ora, não pode abrir uma exceção?! Pode chamá-la, sim. – protestou a mulher.
Contente, Onze faz um sinal e Cindy atravessa a rua e juntos com o casal jantam como nunca antes.
-Ufa, finalmente os encontrei! Ora... Hahaha! Ele realmente sabe se virar sozinho! – disse Télamon ao vê-los de longe .
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Crônicas de St. Yória
FantasiAs "Crônicas de St. Yória" ocorrem num mundo em decadência, regido pela orbe vermelha de Marte, onde imperam os deuses do bronze e ferro das guerras. Endureceram os conflitos entre povos, as pessoas estão mais irritadiças, a violência multiplica-se...