O relato do pequeno Onze atingiu Télamon em cheio, que foi acometido por um forte aperto no peito.
-Ela mesma me ameaçou me abandonar uma vez, furiosa, quando retruquei com o babaca por causa das bebidas. Os filhos dela me deram uns socos.
Ele afagou a cabeça peluda de Cyndi em troca recebeu uma lambidas carinhosas.
-Bom... Não temos muita opção. Preciso te levar de volta. Não há nada aqui para vocês. Vão passar fome e frio. Se ao menos tivesse algum parente.
- Não se preocupe. Já achamos a solução.
-Que solução?
Onze abriu um grande e ousada sorriso e respondeu:
- Ficaremos com você!!!
Télamon caiu para trás e retrucou:
-Impossível! Tá maluco, moleque?!
-Ora, por que não?!
- Nem eu tenho casa! Vivo vagando sem rumo! Vou te oferecer o que?!
-Ótimo! Preferimos andar por aí a continuar naquelas ruas de concreto! Você usa roupas legais, pode nos arranjar umas e assim andaremos combinando!
-Hahahah!Que hilário você, baixinho! Minhas roupas estão piores do que já eram. Sou quase um pedinte.
- Ainda assim! Né, Cyndi? Ficaremos com você e assunto encerrado!
Onze levantou-se decidido, colocou as mãos na cintura e cobrou:
-Muito bem, então! Para onde iremos agora? Gavinus, nem pensar! Céladon? Hmmm – ele pôs a mão no queixo – já ouvi muitas coisas boas sobre lá. Ou quem sabe... A cidade portuária de Optagonos??? Seria tão legal viajar de barco! Não é, Cyndi???
Acachorrinha deu um animado latido. Télamon apenas assistia tudo, espantado, comos olhos esbugalhados.h
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Crônicas de St. Yória
FantasyAs "Crônicas de St. Yória" ocorrem num mundo em decadência, regido pela orbe vermelha de Marte, onde imperam os deuses do bronze e ferro das guerras. Endureceram os conflitos entre povos, as pessoas estão mais irritadiças, a violência multiplica-se...