RUN 2 - Harry Styles horror fanfic- EM PAUSA

Boom

Algo estava muito, muito errado. Nenhum de nós dois conseguia dormir. Tudo estava pesado demais. Tinha uma... energia, uma sensação ruim no ar, e Harry também sentia isso.

Ele sentou ao meu lado no sofá, esfregando o rosto com as mãos enquanto resmungava. O sol já tinha se posto, e o frio já dominava nossa casa, mas em um segundo, a temperatura caiu muito rápido. Tão rápido que em um piscar de olhos, nossas respirações já saiam de nossas bocas em fumaça. 

A nossa frente, na pequena mesa, estava a caixa. Eu a encarava fixamente. Algo nela me puxava para perto, algo queria que eu a abrisse...

-Porra! - eu gritei quando senti um grande choque em minha mão, afastando ela da caixa imediatamente. A palma da minha mão estava com um grande corte.

-Está tudo bem? - Harry imediatamente pediu, pegando minha mão e olhando o corte, tentando levantar, sendo impedido por mim, que olhava para frente, para ela.

Alea estava ali. Me olhando fixamente, e agora olhava para Harry,  que virou o rosto lentamente para ela, retesando todo seu corpo. 

-por favor... - ela sussurrava. Marcas estavam por todo o seu corpo, e ela estava molhada, seus olhos vermelhos, seu pescoço com uma fina linha vermelha.- por favor...- ela disse com a voz embargada. - eles estão vindo... - ela disse e na mesma hora as portas e janelas da casa  se fecharam com um estrondo, e logo se abriram, quase voando das dobradiças, assustando eu e Harry, logo batidas começaram a soar das paredes. 

-Harry a caixa! - eu disse rápido, mas quando suas mãos tocaram a caixa, seu corpo foi arremessado para trás, e ele ficou preso a parede atrás de mim, me fazendo gritar.

Um homem apareceu no canto da sala; estendendo a mão para Harry, fazendo ele se contorcer e gritar de dor. Quando eu tentei tocá-lo para ajudar, me senti sendo jogada de encontro ao chão, sentindo minha cabeça bater com força no chão, e então eu não conseguia me mover.

A mão do homem escondido no escuro se direcionou à Harry e o mesmo caiu no chão ao meu lado. Ele forçava o corpo para cima, fazia tanto esforço que as veias de seus braços estavam tão grossas quanto meus dedos.  Mas o homem estava nos prendendo.

Eu não conseguia virar minha cabeça, por isso eu penas ouvia os passos, passos molhados e lentos, junto com aquele frio cortante na minha nuca.

O som de algo sendo derramado  no chão chamou minha atenção..  e eu ouvia a respiração dele, eu ouvia as ameaças de seus movimentos, e em um piscar de olhos a casa estava ardendo em chamas.

Ouvi um longo grito vindo de Harry, e ouvi seus passos pesados, sons da madeira estalando e ainda mais gritos agonizantes.. ele estava de pé, mas sentia muita dor ao fazê-lo.

-April, temos que correr! - Harry apareceu em meu campo de visão, agora embassado, e agarrou meus braços, me colocando de pé com esforço e eu logo acompanhei seus passos.

Tinha fogo para todo lado, e eu sentia as farpas explodindo da madeira velha e colando em minha pele, queimando pedacinho por pedacinho.

Harry apenas teve tempo de agarrar o facão que guardamos em cima da prateleira antes de corrermos como doidos para fora da casa, que em instantes simplesmente foi pelos ares.

Agora tudo estava acabado.

O choque da explosão impulsionou nossos corpos para frente, nos fazendo cair na grama e na terra, ralando ambos os meus joelhos e as palmas de minhas mãos, me fazendo gritar pelo corte em minha mão.

Senti minhas costas arderem, mas assim que o barulho parou nós apenas nos levantamos e corremos para longe, pelo menos nos escondendo em meio ao mato, precisávamos nos afastar da cabana, porque aquilo atrairia alguém.

Carrik havia chegado, ele destruiu nossa casa e agora não tínhamos nada a não ser um facão e a caixa, que estava no bolso de Harry. Nós só poderíamos libertar Alea, porque ela conseguiria dar um fim a ele e todo o mal que ele fez. 

Agora que seríamos obrigados a retornar, eu sentia que isso não era bom. Eu estava com medo. Medo de enfrentar meus maiores pesadelos.

Infelizmente, ou felizmente, teríamos de fazê-lo,  se quiséssemos viver, mas nada nos daria garantia de que sairíamos de lá outra vez.

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Estou atolada em trabalho, por isso demorei. Me perdoem e, por favor, não me abandonem.

Continuo?