Eu atenderia seu chamado.
Eu iria até ela.
Eu estou indo Alea, estou indo pra livrar você dessa dor.Desci as escadas em passos cautelosos, até encontrar uma porta de ferro redonda, de onde escapavam ramos de limo e ao seu redor pairava, ao invés das paredes sujas, pedras brutas, das quais escorriam pequenos feixes de água.
E metros em frente a essa porta, me impedindo de toca-la, estava uma grande e grossa grade de barras de ferro, com uma grande fechadura.
Peguei as chaves em meu bolso e testei até encontrar a certa.
O toque desse ferro era estranho, me dava uma sensação ruim, uma queimação no fundo da barriga.
Na hora em que toquei aquele metal, eu senti uma contração forte. Que me fez curvar e tocar minha barriga.
-calma, bebê. Tudo vai ficar bem. - eu sussurrei, sentindo aquela agitação suavizar.
Olhando pra mim agora eu via que minha barriga já estava proeminente. Não muito grande, mas eu já sentia os chutes dele dentro de mim.
O que será que seria?
Ele, ela...
Se pareceria com Harry?
Respirei fundo, acariciando minha barriga e sorri triste.
Queria que ele pudesse sentir isso comigo. Que pudesse me tocar de verdade, compartilhar os momentos comigo.
Mas isso não era mais possível, e mesmo assim... Eu sabia que ele estava comigo.
Sempre estaria.
Tirei chave após abrir a grade e guardei, andando pra dentro e ouvindo o ranger de ferro enferrujado enquanto, em um estrondo a porta fechava e se trancava.
Novamente não haveria volta.
Olhei para a porta, limo, água...
Eu sentia o frio que vinha daquela porta.
Humidade, frescor.
E o cheio, nada agradável.
Com certeza esses eram os túneis do esgoto.
Olhei para a pesada porta de ferro, me perguntado como eu iria abrir aquela coisa imensa.
Aproximei minha mão da porta, sentindo o ferro húmido na palma, e com ele, uma certa eletricidade.
Era uma sensação estranha, eu estava sendo atraída pra lá.
Respirei fundo e peguei na maçaneta redonda e enferrujada como um timão de barco, e fiz força para girá-la, sem sucesso.
Merda
Suspirei, limpando em meu macacão o suor e a água de minhas mãos.
A porta nem sequer se mexeu, nem um milímetro.
Firmei novamente minhas mãos na maçaneta e usei toda a minha força para gira-la. Tanto que minhas mãos, após a porta nem se mexer, escaparam com a força e eu me lancei à porta.
Minha mão tinha agora um corte, e meu sangue estava sobre a porta.
Então eu ouvi sons no ferro.
Meu sangue começou a penetrar nela, espalhando pelo ferro gelado até dominar toda a porta.
Me afastei e em segundos a maçaneta girou rápido e a porta se abriu.
Se abriu por causa do meu sangue.
Engoli em seco, olhando a palma de minha mão direita, cortada e com pequenos ramos de ferrugem se espalhando por ela.
Rasguei um pedaço de pano de meu macacão e enrolei nela, para estancar o sangue, apertando bem enquanto sentia a ardência do corte.
Não era um ferimento comum, disso eu tinha certeza.
Toquei meus bolsos, sentindo a caixa e as chaves, para ter certeza que tudo estava aqui.
Minha lanterna seria útil agora, eu pensei, lamentando por te-la perdido.
E pra completar eu não tinha nenhuma arma.
Andei passos decididos e toquei a porta, a empurrando.
A minha frente se estendeu um túnel em penumbra, do qual eu não conseguia ver o fim.
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RUN 2 - Harry Styles horror fanfic- EM PAUSA
FanfictionTRAILER https://www.youtube.com/watch?v=v04KyAs0O8Q "Morte outra vez" "Alea está pedindo ajuda" "Eles não querem que Alea saia" "Você faz perguntas demais Rose" "Me deixe sair" "Eles estão vindo" "Nós soltamos os da ala C, eles soltaram o resto" Se...