What?

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A dor em minha perna era algo sem explicação, ela sangrava muito, e pular por cima das coisas caídas no corredor já não estava sendo fácil. Ele corria atrás de mim, sem parar de gritar, e estava cada vez mais perto.

Meus olhos já queimavam embaçados com lágrimas quando, sem aviso nenhum o chão sumiu de meus pés, e eu ouvi uma gargalhada longa ecoar por todo corredor, eu havia acabado de notar que iria cair de uma escadaria, e enquanto eu rolava pelos degraus, pontos pretos invadiam meus olhos, minhas costas estalavam e eu soltava curtos gritos de dor.

Parei com um baque, de costas no chão, vendo que ele descia as escadas calmamente. E logo que chegou ao meu lado ergueu o facão, me fazendo fechar os olhos..

Então é assim que acaba.

-pare com isso. - uma voz de um homem bem velho, aparentemente, chegou a meus ouvidos. - que coisa mais mal educada tratar meus pacientes assim, Adam, que coisa feia.

-d.. Desculpe doutor. - abri meus olhos e vi que o homem ao meu lado já baixara o facão, me fazendo respirar fundo. -eu levo ela para o senhor, pode deixar que eu levo... - ele disse abobalhado, pegando um de meus pés e começando a me arrastar por um corredor com luzes piscando, mas assim que eu olhei ao meu redor eu vi em um canto, arregalando meus olhos, a caixa de Alea.

Merda

Tentei chutá-lo, tentei fugir, mas eu estava acabada, enjoada e me sentindo com muita, mas muita dor, então eu não pude fazer nada, a não ser gritar e espernear em vão. Fechando meus olhos enquanto chorava, pedindo por força... Eu precisava de ajuda. Precisava dele.

Após minhas costas estarem ardendo pelo contato direto com o chão, vi que o chão ao meu redor estava molhado, completamente cheio de sangue, e que esta sala era cheia de macas e um armário gigante no final, provavelmente de remédios.

O homem me levantou do chão e me jogou sobre uma mesa dura e fria, em fazendo estremecer de dor e ter um sentimento ruim crescendo dentro de meu peito.

-Pode ir agora, Adam. - o "doutor" disse enquanto andava de um lado para outro pegando coisas das gavetas para depois colocá-las em uma pia logo ao meu lado.

-Então, tenho aqui uma nova paciente... Como é seu nome docinho? - ele falou enquanto agarrava meu queixo com a mão suja e áspera, me fazendo tirar meu rosto de perto dela com brutalidade.

O homem deu uma risada e agarrou um de meus pulsos, me fazendo tentar fugir sem sucesso, e acabando amarrada na mesa por fivelas de couro.

-sabe, eu nunca vi um rostinho tão bonit...- ele parou de falar quando mordi sua mão com toda a minha força. Fazendo ele socar o lado de meu rosto com a outra mão enquanto gemia de dor. - sua vadia suja.

Ele estava realmente muito irritado, isso eu podia ver. Pois se virou e andou até a pia.

-acho que vai precisar de um tratamento de choque.- eu o ouvi dizer em ecos. Minha cabeça estava girando, é uma dor subia em minhas costas, me enjoando aos poucos.

Ele andou até o outro lado de minha cabeça, parando em frente a um armário de madeira branca.

-olhe pra cá ratinha. Estes são os trabalhos de minha vida... Sempre gostei de experiências sabe? Ah é ótimo.

Virei minha cabeça latejante para ele, arregalando meus olhos ao ver centenas de moscas saindo do armário em disparada e logo um cheiro horrível de carne em decomposição varrer todo o lugar, tudo isso junto com a imagem diante de mim

Cabeças, braços, pernas, órgãos, um intestino inteiro enrolado em um cabide, estômagos, olhos... Podres, fedendo e cheio de vermes.

Não pude controlar a confusão dentro de meu estômago, vomitando na mesa e em mim mesma, o fazendo rir e andar até mim, deixando as portas do armário abertas enquanto a nuvem de moscas era atraída na minha direção, começando a me fazer entrar em pânico.

-tenho algo especial pra você. - ele disse e tirou de trás das costas uma lâmina fina e comprida, vindo até mais perto até encostar a lâmina do lado de meu rosto e a arrastar até meu queixo, me fazendo gritar de dor.

Ele riu, e passou a lâmina por meu ombro, abrindo um corte de clavícula a clavícula, e pude perceber que não queria me matar ainda, queria me ver com dor.

Um brilho doentio apareceu nos olhos dele quando viu a mancha enorme de sangue em minha perna.

-oque temos aqui, hum?

Três de seus dedos entraram na ferida com força, fazendo-a arder e sangrar novamente. Tirando a dor torturante que se apossou de mim

-FILHO DA PUTA!- Eu gritei com todas as minhas forças. Enquanto ele brincava com a faca em minha perna - PARA! PARA COM ISSO! - gritos e choro, a risada dele, era torturante, agonizante. Mas eu estava esperando. Esperando pelo momento certo. Eu mataria esse filho da puta e continuaria. Nada me faria parar agora, não depois de tudo que passei.

-me diga, docinho. Quantos litros de sangue uma pessoa pode perder antes de morrer? - ele sorriu com dentes podres. - não sabe? Bom, eu sei...

Ele se afastou novamente e pegou em uma bancada fora de meu campo de visão um grande pote de vidro cheio de um líquido preto gosmento, com um cheiro de... Morte.

-você deve estar se perguntando, então vou logo contar... Isso são 4 litros de sangue. Fascinante não é? Mesmo que esteja um pouco velho... Faz alguns meses que está aqui, sem nenhum propósito... Então... Que tal nos divertirmos um pouquinho?

Eu engoli em seco.

-quanto tempo leva para... Uma pessoa... Se afogar, com quatro litros de sangue sendo derramados dentro de sua boca?

Não não não não não

Ele pegou um espaçador e com muita força colocou em minha boca, deixando-a aberta, e agarrou o pote com as duas mãos, sorrindo doentio.

Em segundos eu estava cheia de sangue podre, me afogando com ele e meu próprio vômito, sentindo aquela gosma por todo meu rosto, já não conseguindo mais respirar quando houve uma pausa.

-calma garotinha.- ele riu e tirou o maldito negócio da minha boca e eu me curvei, vomitando até sentir dor. Enquanto ele assistia tudo com prazer.

Ele era completamente louco.

-Sabe de uma coisa? - ele disse. -OLHE PRA MIM! - ele puxou meu rosto ensanguentado e sorriu, colando os lábios em minha orelha, me enjoando novamente. -responda como uma boa menina.

-o que?- eu disse fraca e rouca, com dor  em minha garganta e meu estômago tremendo.

-eu nunca havia cuidado de uma mulher g...

Arregalei meus olhos com o susto quando ele voou até o outro lado da sala, derrubando dezenas de bandejas e ferramentas, caindo desacordado no chão.

Oque?

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Oque será?
Continuo?

RUN 2 - Harry Styles horror fanfic-  EM PAUSA Onde histórias criam vida. Descubra agora