He was here with me

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Eu não sabia explicar oque havia acabado de sentir. Meu coração estava batendo rápido, minha cabeça um tanto confusa, mas meus dedos formigavam como se eu tivesse encontrado em uma cerca elétrica.

Algo dentro de mim, em meu ventre havia se mexido. Levantei, um pouco dolorida, meu pescoço, olhando para minha barriga entre o pano rasgado que me cobria. Ela estava protuberante, quase impossível de se notar. Mas eu sabia agora, que ali estava meu filho. Ali estava uma parte de Harry.

Fechei meus olhos suspirando e mordi meus lábios com força. Eu havia acabado de senti-lo. Uma paz, uma luz havia passado por mim. Um anjo, um milagre.

Porra, eu finalmente, finalmente pude ver minha barriga maior. Eu finalmente havia gerado uma vida, após tantos abortos que sofri sem querer, desejando tanto para sermos felizes... Logo agora que ele se fora...

Sequei as lágrimas de meus olhos, sorrindo. Harry sempre disse que iria para o inferno, mas eu sempre soube que esse não era seu destino. Ele era uma pessoa boa. Ele era meu herói.

Em um piscar de olhos minha atenção foi atraída para o filho da puta que havia me prendido aqui. E agora, com as amarras soltas eu me sentei, vendo meu macacão fedorento e cheio de sangue podre se amontoar sobre mim, e a enorme cicatriz vermelha em cima de minha perna doer levemente, me fazendo franzir o cenho.

-o... Oque... - o homem preso a parede tossiu, todo o seu corpo estava sendo atravessado por alguma coisa, oque me fez sorrir para ele, sabendo que ele estava sentindo muita, muita dor.

Me levantei da mesa, andando em passos muito lentos até ele, vendo o desespero em seus olhos enquanto eu pegava o cabo de uma tesoura fincada em sua barriga e a torcia antes de arrancá-la, fazendo o sangue sair ainda mais rápido.

-gosta de fazer experiências, não é? Seu filho da puta.- eu disse entre dentes. Meu bem... April estava de volta.

Minha mão, segurando a tesoura, se moveu para os cabelos nojentos do homem, enquanto eu pensei bem no que ia fazer, sorrindo, por fim, quando tive uma ótima ideia.

-você sabe, por acaso... Em quantos pedaços conseguimos cortar o rosto de um homem sem que ele morra?

Seus olhos se arregalaram e ele começou a gritar, eram gritos moribundos e deprimentes, que me fizeram rir.

-vamos descobrir, doutor? - eu sorri e cortei de uma vez só sua orelha, o fazendo gritar. - Woow! Tesoura boa... Mas... Acho que posso fazer bem melhor...

Eu cortei sua orelha em treze pedacinhos enquanto ele chorava e gritava, sem conseguir se mexer, e eu ria de seu desespero, enquanto movia a tesoura para suas sobrancelhas, cortando a carne debaixo dos pelos em tiras, fazendo o sangue escorrer para seus olhos, agora fechados.

-oh doutor. Você não sabe brincar?

Dois de meus dedos agarraram uma de suas pálpebras pelos cílios, sorrindo e cortando uma após a outra, deixando o sangue inundar seus olhos, enquanto o mesmo tentava fechá-los inutilmente, dizendo palavrões e gritando.

-não vai ficar quieto, doutor? Eu gostaria de me concentrar...

Eu olhei ao redor e vi em uma bancada um espaçador. Sorri maliciosa e abri sua boca com o mesmo enquanto ele grunhia.

Primeiro cortei sua língua nojenta verticalmente, deixando-a em três tiras. Para depois cortá-la fora e empurrar a mesma por sua garganta, o deixando sufocar com o próprio sangue. Enquanto morria, de olhos abertos, desfigurado.

Larguei a tesoura ensanguentada no chão e estudei a sala ao meu redor. Vendo em um dos armários um machado.

Sorri, tirando uma faca grande e desenhada do ombro do morto e a colocando em um de meus bolsos, arregalando os olhos ao lembrar que abaixa de Alea caira de mim horas antes.

Me apressei a segurar o machado em minhas mãos, saindo daquela sala horrível e seguindo o rastro que havia deixado antes com meu corpo sendo arrastado no chão, encontrando um corredor comprido logo a minha frente, e no meio dele, estava o louco que quase me matara antes.

Ele estava ajoelhado no chão, mexendo curiosamente na caixa de Alea, sorri maldosamente e continuei andando. Fazendo todo o silêncio possível até estar a dois passos de suas costas.

-psiu- eu o chamei. E quando ele virou sua cabeça para trás, surpreso, eu finquei o machado no meio de seu rosto, fazendo um talho enorme e rachando sua cabeça em duas.

Me abaixei, chutando seu corpo nojento e pegando a caixa. Sentindo-a fria, colocando-a logo em meu bolso vazio. E tirando o machado da cabeça daquele desgraçado.

Enquanto acariciava minha barriga com uma de minhas mãos, em minha cabeça eu fiz um plano, uma lista de tarefas.

Provavelmente a entrada para os esgotos estava trancada. Por isso eu teria de achar o palhaço das chaves, e provavelmente matar mais alguns de seus amiguinhos até achá-lo.

Eu adoraria fazer isso.

RUN 2 - Harry Styles horror fanfic-  EM PAUSA Onde histórias criam vida. Descubra agora