RUN 2 - Harry Styles horror fanfic- EM PAUSA

Guardian Angel

Desde que April ficou sozinha houve uma mudança nela. Ao seu redor estava sempre uma aura negra como breu, é muito muito forte. Alguém a estava usando, guiando para algo, e eu não conseguia ajudá-la o suficiente para livrá-la  daquela sombra.

Doía profundamente em mim vê-la sofrendo daquela forma. Eu sentia tanto a sua falta, e eu nem ao menos pude me despedir dela antes de... Morrer. Partia meu coração não poder falar com ela, tê-la ao meu lado mais uma vez.

Eu a amava muito, como parte de mim, porque foi ela que me fez suportar tudo que passei. Tudo o que fizeram comigo desde que cheguei nesse lugar maldito.

Eu conseguia apenas dar uma pequena ajuda, de tempos em tempos, mas, se eu não interferisse agora, aquele louco a mataria.

Pedindo forças a Deus e aos anjos eu acumulei tudo que pude dentro de mim, para então perfurar a camada de sombras ao redor dela, deitada naquela mesa, definhando moribunda, os dois estavam à beira da morte.

Assim que pude colocar minhas mãos no pescoço daquele filho da puta eu o arremessei na parede a minha frente. E ele foi jogado em meio a vidros e metais, que o fizeram gemer de dor.

Oque o aguardava era muito pior. Eu tinha tanta raiva dele, por ele machucá-la, que eu não pensei em meus atos, em nenhum deles. Lancei uma das bandejas de bordas afiadas em sua direção, e ela cravou-se em sua barriga e em um de seus braços, o fazendo gritar, enquanto estava preso a parede por minhas forças.

Ele devia estar bastante confuso. Eu sabia que ninguém aqui podia me ver, a não ser o pequeno, mas isso não vem ao caso agora.

Com muita satisfação eu o furei com centenas de ferramentas, tesouras, facas, martelos... Todas que pude imaginar, até vê-lo gritando em agonia. Mas eu não terminaria assim. Deixaria ela terminar por mim, porque eu sabia que ela desejava isso mais do que eu.

Virei as costas para ele, agora pregado a parede e me virei para ela, completamente suja e ferida, fazendo meu coração doer.

Meus dedos tocaram seu rosto com delicadeza, enquanto eu via seus olhos confusos e arregalados girarem a minha procura, tentando entender oque estava sentindo.

Com meu toque, parte do sangue em seu rosto desapareceu, e as feridas pequenas em suas bochechas fecharam em segundos.

Desci minha mão até o meio de seu peito, sobre seu coração que batia tão fraco, desistindo. E na mesma hora ele voltou a bater em seu ritmo normal.

Todas as feridas e faturas em seus braços foram curadas, porém doeriam um pouco, pois eu estava fraco.

Coloquei minhas duas mãos sobre a enorme ferida em sua perna, fechando-a e deixando para tas apenas uma cicatriz, entre as rendas desenhadas em sua pele.

Mais uma marca para as mil que ela já tinha em si.

Olhando para seu rosto agora, ela parecia em choque. Mas seus lábios estavam suavizados e levemente arqueados para cima. Como se ela soubesse que ficaria bem. Que se sentisse sem tanta dor.

Sorri, desejando com todas as minhas forças para que eu pudesse ao menos me despedir, dizer apenas algumas palavras, para finalmente conseguir ficar em paz. Mas eu sabia que esse não era o momento.

Eu precisava ir. Sabia disso. Então, por fim, coloquei minha mão sobre sua barriga, sentindo a vida nova, lá dentro ainda tão pequena, me reconhecer. Pude ver que com isso ela deu um salto. Piscando os olhos com lágrimas, finalmente descobrindo oque havia de novo nela, sentindo a vida que eu a ajudei a criar.

Sua mão moveu-se para sua barriga, tocando rapidamente com seus dedos nos meus, fazendo um choque se espalhar por mim. Isso não era permitido ainda, por isso eu afastei-me dela, deixando-a pensando oque havia acabado de acontecer.

-preciso ir. - eu disse. Sabendo que ela não ouviria minha voz, mas sim um sussurro sem dono. E eu não me importava no que ela imaginasse, eu estava fazendo meu dever. Estava a protegendo, retribuindo o que ela fez por mim, retribuindo o amor que senti em todas as suas palavras.

Eu era seu anjo da guarda.

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Bomba de leve pra vocês
Acho que agora as dúvidas foram esclarecidas.