6. Cameron

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A reação de vocês foi tão positiva ao capítulo anterior que resolvi postar mais um! Não se esqueçam de comentar. Amo ler os comentários de vocês

Quando Andrea disse aquilo, senti uma pontada de dor na cabeça. Fechei os olhos e apertei a ponte do nariz. Nós havíamos trabalhado muito tempo naquela música...

- Por que você não gostou? - perguntei, olhando para o teto.

- É muito fraca para ser single. E não acho que um feat seja legal para sua primeira música. Para com essa mania de querer cantar tudo com alguém, Katherine - ela disse, visivelmente frustrada - Você é uma cantora solo ou não?

Apoiei o celular entre o ouvido e o ombro, cruzando os braços. Eu odiava quando alguém criticava o meu trabalho daquela maneira. Aquilo era como estudar muito para uma prova e, no final, descobrir que ficou com a nota vermelha.

- Tudo bem...

- Agora, ignorando essa tragédia... - senti uma mudança de humor repentina em sua voz. - Eu já tenho o seu primeiro single! Fechei com um compositor fantasma. Vou te mandar a letra, fique de olho no seu email.

- Compositor fantasma? - franzi a testa.

- Sim. É uma pessoa que escreve a música inteira e no final aceita colocar o seu nome na composição ao lado do dele.

Aquilo era nojento. Eu receberia créditos pelo trabalho de outra pessoa?! Apenas pedi para que ela me mandasse a canção o mais rápido o possível e desliguei a chamada. Olhei para trás. Shawn ainda dormia, o rosto pressionado contra o travesseiro. Prendi o cabelo em um coque e peguei meu notebook, junto com os meus óculos de leitura. Abri a porta delicadamente e comecei a subir até o estúdio. Porém, quando cheguei no pequeno espaço, levei um susto. Algo havia agarrado meu pé. Sem acender a luz, levei o computador à cima da cabeça, pronta para abater o invasor.

- Mumumumu... - balbuciou, segurando minha perna mais forte.

Coloquei o dedo sob o interruptor e contei até três. Um... dois... três!

Assim que tudo ficou claro,fechei os olhos e bati com o MacBook em algo sólido.

- Aiiiii!

- Por favor, não me mate! - implorei, ainda com os olhos cerrados.

Como tudo ficou em silêncio, abri-os lentamente. Ali, no chão, Ed me encarava com a cabeça inclinada para o lado. Ele passava a mão entre os fios ruivos, visivelmente dolorido.

- O que você está fazendo aqui? - ele perguntou.

- O que você está fazendo aqui? É a minha casa.

- Dormindo!? - respondeu como se fosse algo óbvio. - Eu não consegui chegar até a portaria ontem, então subi e montei um acampamento aqui.

Revirei os olhos e passei pisando duro pelos seus lençóis. Eu não estava com humor para aquilo. Sentei-me e abri o notebook sob a mesa de som, ligando-o. Coloquei o meu óculos e apoiei o queixo em meu punho cerrado.

- Vejo que alguém não está tendo um bom dia - comentou, voltando a deitar na sua cama improvisada.

Suspirei, olhando para o meu amigo.

- Andrea acabou de me ligar. Ela não gostou de Two In A Million e contratou um compositor fantasma, que escreveu uma nova música - anunciei, desviando os olhos para a tela. - Ela acabou de me mandar um email com a letra e a melodia.

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