22. One last time

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Anteriormente em Love Assistant 2...

Nesse exato momento, Tay apareceu atrás de nós sorrindo. Porém, ao ver o amigo, seu sorriso esmoreceu. Ele endireitou as costas e, gentilmente, convidou Cam para se juntar a nós.

- Não - ele disse, encarando-o. E então seus olhos voltaram-se para nós. - Peguem as suas coisas. Nós estamos indo de volta para casa agora.

•••••

Eu queria gritar com Cameron e lhe dizer que ele não poderia mandar nos lugares onde eu ficava ou deixava de ficar. Eu queria puxar o meu celular da sua mão e dizer que iria cantar outra música, pois ele não tinha controle nenhum sob mim. E, quando estava prestes a explodir, ele me abraçou.

- Eu sei que você quer me matar - ele disse, acariciando as minhas costas - Mas tem uma dezena de paparazzis lá fora, desesperados para te flagrarem em um momento ruim.

Ele me soltou e colocou o seu polegar em minha bochecha.

- Eu só quero evitar que você passe por algo assim - continuou - Como já passa da meia noite, significa que hoje é o último dia dos meninos. Então é melhor irmos todos nos deitar para que possamos nos despedirmos mais tarde. O que acha? Vamos para casa?

Olhei para Taylor, procurando por apoio, mas ele já havia caído no discurso de Cameron.

Suspirei e assenti, deixando-me levar pelas suas palavras. Ele estava certo. Em um mísero segundo de fragilidade, aqueles fotógrafos teriam más histórias para contar sobre mim por anos. Eu estava no começo da carreira como cantora e não podia vacilar. Talvez outro dia, mas não naquele.

Ele nos contou que sairia com o seu carro e que nós deveríamos ir até a porta dos fundos, onde Bart nos aguardava na minivan. Segurei a mão de Taylor novamente, como no momento em que fugimos pelo corredor de casa, e fomos em direção a saída com Colby e Willie em nosso encalço.

Era difícil dizer quem estava mais bêbado.

- Eu realmente não esperava isso de você, Taylor – disse o criador da Magcon, assim que deixamos o karaokê.

- Me desculpa – respondeu, soando sincero.

Apesar de não me dizer nada, Bart lançou-me um olhar reprovador, o que significava que eu havia quebrado a sua confiança.

Entramos no veículo e ele deu a partida, deixando a nossa noite de diversões para trás. A noite onde o único objetivo era que eu esquecesse Shawn. E eu havia falhado. Encostei a cabeça no vidro e ouvi Drunk Tonight tocando no rádio.

Não me lembro da hora em que dormi e nem quem me levou ao quarto, mas no dia seguinte, acordei na cama. Me espreguicei e senti uma forte dor na cabeça. Fechei os olhos; tudo aparentava estar mais claro do que o normal, e aquilo doía.

- Bom dia – disse Cam, entrando no quarto.

Fiz de tudo para focar em seu rosto, mas não conseguia. Eu sentia como se a minha cabeça fosse explodir a qualquer momento.

- Estou com dor de cabeça – anunciei, embora não fosse novidade.

- Eu sei. Por isso, lhe trouxe um remédio.

Ele me entregou uma pílula de Advil e um copo de água. Tomei-o rapidamente, sentindo o líquido refrescar a minha garganta. Eu não deveria ter bebido tanto.

- Obrigada por me salvar ontem à noite – agradeci. – Os fotógrafos provavelmente teriam feito ótimas fotos da minha miséria.

Ele riu.

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