Capitulo 6

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- Lucas com certeza é falso! Quem garante que essa pessoa está com nossos pais?

- Isso – ele pegou sua câmera e me entregou. – Eu estava trabalhando na cidade e acabei vendo algo estranho de longe, só depois que ampliei a foto acabei percebendo o que era. – ele apontou para um casal que parecia... Não... que na verdade era nossos pais. Eles estavam algemados um no outro com uma péssima feição – E o que você fez? O que eu tenho a ver com isso? É claro, são nossos pais - não que eu me importasse muito- mas por que eles me querem?

- Depois que vi, eles tinham desaparecido. Tentei segui-los, mas o problema é que não sabia nem por onde começar, e quando voltei pro hotel apareceu a carta. Olha Amelia o que quero dizer é que não custa nada ficar atenta. Não sei por que querem você. Sério! - Não consegui acreditar, mas também estava cansada de discutir.

- Tudo bem Lucas. Obrigado por se preocupar – por mais chatinho que fosse, era um bom irmão.

- Você é minha irmã, e sempre vou estar aqui pra você.

- Awn! – dei um abraço nele. – Agora vou ficar na Lydia até seus amigos vazarem.

- Ah! De novo ela!

- Pensei que gostasse dela.

- Até essa menina tomar todo o seu tempo.

- Te amo maninho. Tchauzinho! Depois eu volto! – dei um beijo em sua bochecha e fui embora. Infelizmente não conseguindo escapar de Colin.

- Liah, será que agora a gente pode conversar? – ele só sabia falar a mesma coisa.

- Me deixa em paz! – eu o empurrei, mas ele segurou meu braço.

- Por favor me ouve. Eu... eu sinto muito Liah. Eu mudei. Não sou mais aquela pessoa. - Ai como aquilo me cansava.

- Não foi o que me mostrou ontem.

- Mas seu amigo lá me provocou!

- Ele só me defendeu de você!

- Mas eu não preciso que te protejam de mim!

- Me deixa ir por favor – estava ficando impaciente.

- Liah eu...

- Por favor! – gritei e só assim ele me soltou. Fui embora depressa, e o ouvi falando com os meninos, tenho certeza que escutaram toda a conversa.

Acabei ficando a manhã inteira na casa da Lyds, não percebi ninguém saindo de casa então preferi ficar lá.

Nós chamamos Jack para começarmos logo o trabalho.

- Então, como foi com os meninos? – ele disse assim que chegou.

- Estamos bem também que bom que perguntou! Pra sua informação aconteceu mais do que imagina – Lydia disse e começou a contar tudo com detalhe sobre esses dois dias.

- Caramba! A partir de agora eu sempre estarei com vocês. Meninas, vocês são adrenalina pura hein! – Jack disse.

- Não exagera menino, vamos começar logo com...

- Espera ai! Primeiro de tudo, não estou exagerando. Segundo, nem pensar, amanhã começam as aulas na escola e eu quero descansar um pouco. Nós nos encontramos depois da aula e cada dia fazemos sobre um – Jack me interrompeu e disse isso.

- Você não tem jeito mesmo, te chamamos so para isso. Então, o que vamos fazer agora? – eu perguntei.

- Vamos fazer uma comidinha e comer lá em cima – Lyds sugeriu.

- Comida da Lydia? Agora eu vi vantagem. Vamos logo! – ele começou a nos empurrar e fomos fazer a comida. 

Eu ainda nem tinha parado pra pensar que amanhã as aulas iam voltar. Eu teria que ficar sem Lydia e Jack, e aguentar Colin que repetiu de ano, ainda bem que era um ano acima do meu. Como tinhamos terminado o namoro depois que acabaram as aulas eu não sabia o que esperar. Os meninos da banda estudavam no mesmo ano, mas depois do que aconteceu esses dois dias não acho que me querem por perto.

No dia seguinte...

Levantar da cama foi bem difícil, e ir para a escola mais ainda, sorte que Lucas estava de bom humor e me levou.

Quando cheguei fui pegar meu horário, e enquanto arrumava meus livros no armário fui surpreendida com a batida da porta do armário ao lado.

- Amelia! Você vem sempre aqui? – respirei aliviada quando vi Johnny, estava com medo que fosse Colin.

- Infelizmente. E você? Nunca te vi por aqui, na verdade também nem sei de quem é o outro armário do lado.

- Eu sou o alfa aqui, e fiquei ofendido por você nunca ter reparado em mim – ele fez um charme que chegou a ser engraçado. Fechei o armário e fui andando com Johnny do lado – bom, já que eu sou o alfa tenho o direito de saber – ele parou na minha frente – o que aconteceu na sua casa?

- Como assim?

- Você sabe... – ele pegou meu braço – cicatrizes se formam por alguma razão.

- Connor não te contou?

- Ele contou, mas sabe, eu estou com uma pulga atrás da orelha – revirei os olhos – ele exatamente te defendeu de quem?

- Do amigo do meu irmão.

- Ah nossa, muito esclarecedor. E o que o senhor amigo do seu irmão queria com você?

- Johnny aqui não é um bom lugar – eu voltei a andar.

- E que lugar é bom?

- Por enquanto nenhum – eu olhei para ele, e vi decepção em seus olhos – Johnny eu mal te conheço e essa historia é diferente dos meus pais – dessa vez eu parei na frente dele – eu prometo que vou te contar depois. Aposto que tem tanta menina que quer te contar segredos que você vai até esquecer.

- Elas só contam segredos com segundas intenções isso não vale. Não vou esquecer Amelia. E não esquece que você prometeu.

- Claro – eu respondi com o máximo de compreensão na voz – Agora, o senhor alfa podia me contar umas historias.

- Tipo?

- Qualquer historia, boa ou ruim que você não tenha me contado ainda – olhei pro relógio – temos 20 minutos – nós fomos sentar e ele me contou umas coisas de quando era criança e a melhor foi de quando ele se escondeu em uma arvore em uma brincadeira, mas acabou ficando tonto por causa da altura e caiu sendo zoado pelos amigos. Foi aí que ele descobriu que tem pavor de altura.

- Não acredito! Eu amo alturas! Mas deve ter alguma coisa que aconteceu antes disso para você ter medo.

- Tem sim, mas não é um bom lugar para isso – ele me imitou – mas serio, Liah isso é segredo tá? Eu...

- O que é segredo? – Brad nos pegou de surpresa. Ele estava com Matt e Connor atrás. Olhei pra Johnny e percebi que os meninos não sabiam, e que eu precisava pensar rápido.

- Você sabe muito bem Bradley, eu ainda quero conversar com você depois – olhei pra ele e ainda bem que tinha entendido – eu tenho aula de biologia agora então...

- Eu também! – Connor disse. Justo ele.

- Ok – eu tentei soar o mais animada possível. Mas não estava pronta pra falar com ele – tchau meninos – eu lancei um olhar feio pra Brad e depois vi Johnny olhar agradecido para mim.

Connor veio atrás de mim, e não falamos nada durante todo o caminho, e o pior, sentamos juntos na aula. O máximo que fizemos foi falar sobre a matéria, e tenho certeza que isso incomodou ambos.

Risking it All (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora